Febre oropouche: sintomas e como tratar?

Veja os principais sintomas da febre Oropouche, uma infecção viral emergente no Brasil. Entenda os riscos, como identificar e quando procurar um médico.

Por Redação Sara
09/06/2025 Atualizado há 19 horas
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Febre oropouche: sintomas e como tratar?

Os principais sintomas da febre oropouche são febre alta repentina, acompanhada de dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, e cansaço extremo. Eles costumam aparecer após o quarto dia de infecção, mas podem ser confundidos aos de outras arboviroses como dengue e chikungunya.

Cada vez mais comum em centros urbanos, a febre oropouche é uma arbovirose causada por um mosquito transmissor chamado Culicoides paraensis, e popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. 

O vírus Oropouche, causador da doença, foi encontrado e isolado no Brasil pela primeira vez na década de 1960, na região Amazônica, mas de lá para cá tem sido encontrado com mais frequência em outros estados devido ao desmatamento, devastação ambiental, mudanças climáticas, e poluição causada pelo próprio ser humano.

É por esse motivo que ela é considerada uma das principais doenças tropicais emergentes, o que quer dizer doenças infecciosas que surgiram recentemente em uma população ou, cuja incidência ou alcance geográfico está aumentando rapidamente.

Entenda melhor sobre o assunto e saiba como identificar a doença, quais os principais sintomas da febre oropouche e o que fazer se for contaminado.

Como ocorre a transmissão?

A febre Oropouche é uma das principais arboviroses no Brasil,  transmitida principalmente pela picada do mosquito conhecido popularmente como mosquito-pólvora, encontrado em áreas tropicais e subtropicais da América Latina. 

Esse mosquito se reproduz em ambientes úmidos e sombreados, como áreas com matéria orgânica em decomposição, e se alimenta principalmente do sangue humano.

Além disso, no ciclo do vírus, animais silvestres, como pequenos mamíferos e aves servem como hospedeiros temporários, que funcionam como reservatórios naturais da doença. Quando um mosquito infectado pica uma pessoa, o vírus é transmitido para o organismo humano, causando a infecção.

É importante ter em mente que além do Culicoides paraensis, outros mosquitos, como espécies do gênero Culex, podem atuar como vetores em determinadas regiões, ampliando o risco de transmissão da febre oropouche

Outro ponto importante é que a circulação do vírus tende a aumentar em épocas chuvosas e em áreas onde há maior proximidade entre humanos e ambientes naturais — como florestas, matas ciliares, áreas de vegetação densa, cachoeiras, matas próximas a rios e lagos — facilitando o contato com o vetor. 

Principais sintomas da febre oropouche

O vírus oropouche causa sintomas que se assemelham com os da dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos. Entre os principais estão:

  • Febre alta e súbita, que pode durar de 2 a 7 dias;
  • Dores de cabeça intensas;
  • Dor muscular e nas articulações;
  • Tontura e fraqueza;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor retro-orbitária (atrás dos olhos).

É importante lembrar que os sintomas mais leves da doença se assemelham aos sinais de virose com febre e dor no corpo. No entanto, quando se trata da febre oropouche os indícios da contaminação geralmente surgem de 4 a 8 dias após a infecção.

Em alguns casos mais graves, podem ocorrer erupções cutâneas e sintomas neurológicos, como meningite viral, embora sejam raros.

Para identificar corretamente a doença, o médico pode solicitar exames laboratoriais e de imagem.

Oropouche vírus: entenda o diagnóstico

Por falar em exames, é importante saber que o diagnóstico da febre oropouche baseia-se principalmente na avaliação clínica associada a exames laboratoriais específicos que podem ser:

PCR (Reação em Cadeia da Polimerase)

É o exame mais preciso para identificar a presença do Oropouche no sangue durante a fase aguda da infecção.

Sorologia

Testes que detectam anticorpos específicos contra o vírus Oropouche, como IgM (indicando infecção recente) e IgG (indicando infecção passada). Esses exames são úteis para confirmar o diagnóstico em fases mais tardias da doença.

Exames clínicos e laboratoriais gerais

Embora não específicos, podem ajudar no diagnóstico diferencial, avaliando parâmetros como contagem de células sanguíneas e sinais inflamatórios, para distinguir a febre Oropouche de outras arboviroses.

Febre oropouche: tratamento e manejo dos sintomas

Atualmente, não existe um tratamento para a febre Oropouche, por isso, faz-se o manejo dos sintomas, para garantir que o paciente se sinta mais confortável até a doença sarar completamente. Para isso, é recomendado:

  • Uso de analgésicos e antitérmicos como o paracetamol para controlar dores e febre;
  • Hidratação adequada para evitar desidratação, principalmente em casos com vômitos e febre alta;
  • Repouso e monitoramento constante dos sintomas, estando alerta aos sinais de agravamento, como sangramentos repentinos ou início de convulsões.

Assim como na dengue, é importante evitar medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como aspirina e ibuprofeno, devido ao risco aumentado de sangramento.

Prevenção e cuidados

Como você viu, a prevenção da febre oropouche está diretamente relacionada ao controle do mosquito vetor. Por isso, assim como nas demais arboviroses, é preciso tomar uma série de prevenções para impedir a reprodução dos mosquitos transmissores. Veja:

  • Uso de repelentes e roupas que cubram a maioria do corpo, especialmente em áreas de risco;
  • Instalação de telas em portas e janelas para impedir a entrada de mosquitos;
  • Eliminação de criadouros do mosquito, como locais com água parada;
  • Educação comunitária para conscientizar sobre os cuidados necessários e o combate ao vetor.

Além disso, a vigilância epidemiológica feita pela prefeitura e o SUS é fundamental para identificar e controlar possíveis surtos da doença.

Deixe a Sara te ajudar a cuidar da sua saúde!

Conhecer os sintomas da febre oropouche e entender como sua transmissão acontece é fundamental para conseguir se prevenir e se cuidar caso seja contaminado.

Lembre-se que embora não exista tratamento específico para a doença, é possível amenizar os sintomas, para ter uma qualidade de vida melhor enquanto espera se recuperar completamente dela, evitando assim possíveis complicações.

Também é importante procurar um médico assim que os primeiros indícios da contaminação surgirem. Apenas um profissional adequado poderá recomendar a medicação correta.

E por falar em remédios, não se esqueça de sempre ler a bula digital dos medicamentos. Desse modo, você evita a superdosagem e contraindicações. 

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