O levetiracetam é um medicamento essencial no tratamento das crises epilépticas, mas é comum que você queira entender melhor os efeitos colaterais do levetiracetam e como eles podem aparecer no dia a dia.

Esse antiepiléptico faz parte dos tratamentos mais utilizados atualmente pela segurança, pela eficácia e por causar menos interações medicamentosas do que outras opções mais antigas.
Ainda assim, como qualquer medicação que atua diretamente no sistema nervoso, ele pode provocar reações que variam de pessoa para pessoa. Algumas são leves e temporárias, outras merecem observação e acompanhamento médico mais próximo.
Quando você compreende como o medicamento funciona, por que certos efeitos podem surgir e em que momento deve procurar o profissional de saúde, o tratamento se torna mais seguro.
Ao longo deste guia, você encontra explicações claras, conectadas e realistas sobre o levetiracetam, seus efeitos, indicações e cuidados.
O levetiracetam é um medicamento da classe dos antiepilépticos, criado para controlar crises convulsivas em diferentes tipos de epilepsia. Ele atua no cérebro reduzindo a atividade elétrica anormal que desencadeia as crises, oferecendo ao paciente mais estabilidade e segurança no dia a dia.
Esse remédio pode ser indicado tanto para adultos quanto para crianças, dependendo da avaliação médica. Seu uso também pode ser feito sozinho ou em conjunto com outros antiepilépticos, dependendo da gravidade das crises e da resposta individual ao tratamento.
Por esse motivo, o levetiracetam faz parte do que, hoje, é chamado de terapia personalizada: a dose ideal para você pode não ser a mesma para outra pessoa com o mesmo diagnóstico. Ou seja, você deve seguir a risca a prescrição médica e não se basear nas dosagens de outras pessoas, garantindo assim um bom resultado durante o tratamento.
Outro ponto importante é que o medicamento possui diferentes apresentações, incluindo comprimidos de 250mg e 750mg, solução oral de 100 mg/mL e formulações de liberação imediata ou prolongada. Isso permite que o médico adeque o tipo de levetiracetam ao seu estilo de vida e às necessidades do tratamento.
O levetiracetam é utilizado principalmente para prevenir e controlar crises epilépticas, agindo de forma direta nos neurônios para reduzir a excitabilidade elétrica excessiva. Essa ação ajuda o cérebro a manter uma atividade mais estável, diminuindo o risco de convulsões e outros tipos de manifestações epilépticas.
Em muitos casos, ele também é usado para reduzir crises parciais, crises tônico-clônicas e, em algumas situações, episódios convulsivos associados a outras condições neurológicas.
Por trabalhar de forma contínua, o levetiracetam precisa ser tomado todos os dias, no mesmo horário, para manter seus níveis estáveis no organismo.
Você pode se perguntar se o levetiracetam dá sono, engorda ou causa outros efeitos. Esses pontos serão explicados agora mesmo:
Os 6 principais efeitos colaterais do levetiracetam são:
Os efeitos colaterais do levetiracetam costumam aparecer nas primeiras semanas de uso, quando o organismo ainda está se adaptando ao medicamento. A sonolência é um dos sintomas mais mencionados, especialmente em doses iniciais ou em pacientes sensíveis ao remédio. Com o tempo, o corpo tende a se ajustar e esse efeito diminui.
Já a tontura também é comum e costuma ocorrer nos primeiros dias de tratamento, principalmente ao levantar rápido ou ao fazer movimentos bruscos. Esse efeito geralmente é temporário, mas é importante que você tome cuidado ao dirigir ou realizar atividades que exijam atenção caso perceba esse sintoma.
Alterações emocionais, como irritabilidade e mudanças de humor, podem surgir porque o levetiracetam atua diretamente no sistema nervoso central. Em muitas pessoas, essas mudanças são leves e passageiras, mas é importante observar se elas interferem na sua rotina ou nas suas relações pessoais.
A dor de cabeça e o cansaço são outras reações relatadas, ligadas principalmente ao período de adaptação. Esses sintomas tendem a melhorar com o ajuste da dose ou com o uso contínuo, seguindo sempre a orientação médica.
Como qualquer medicamento que atua diretamente no sistema nervoso, o levetiracetam exige atenção aos sinais que fogem do esperado. Eles incluem mudanças comportamentais intensas, piora súbita da irritabilidade ou episódios de agressividade que interferem na rotina.
Outro cuidado importante está relacionado ao aparecimento de pensamentos suicidas, sintomas psiquiátricos graves ou confusão mental. Embora sejam reações incomuns, a possibilidade existe, especialmente nas primeiras semanas ou após aumento de dose.
Por isso, qualquer mudança abrupta no seu comportamento ou na forma como você percebe o mundo deve ser comunicada com urgência ao seu médico.
Alterações físicas também merecem atenção, especialmente quando aparecem de forma persistente ou intensa. Sintomas como tontura incapacitante, perda de coordenação, febre sem causa aparente ou crises convulsivas mais frequentes indicam que o medicamento pode não estar ajustado corretamente.
Evite interromper o tratamento por conta própria, pois a retirada abrupta pode aumentar a frequência das crises.
Lembre-se de que somente o profissional que acompanha você pode ajustar a dose, orientar um desmame seguro ou decidir se é necessário substituir o medicamento.
O levetiracetam não é indicado para pessoas que tenham:
Mas, tenha atenção e sempre converse com seu médico! Isso porque, por exemplo, pessoas com função renal comprometida podem utilizar o medicamento, mas apenas com ajuste de dose e acompanhamento rigoroso. Isso evita acúmulo excessivo no organismo e reduz o risco de efeitos adversos importantes.
Ao longo deste conteúdo, você viu que o levetiracetam é um medicamento eficaz, seguro e amplamente utilizado no tratamento de diferentes tipos de epilepsia.
Os efeitos colaterais do levetiracetam existem e podem surgir principalmente no início do tratamento, mas a maioria deles é manejável e tende a diminuir conforme o corpo se adapta ao remédio.
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O antiepiléptico levetiracetam pode gerar outras dúvidas, por isso confira algumas perguntas e respostas que podem te ajudar:
Uma superdosagem de levetiracetam pode causar sonolência intensa, agitação, dificuldade para respirar e até aumento das crises convulsivas.
Se houver suspeita de ingestão acima da dose recomendada, você deve procurar atendimento médico imediatamente. Um profissional precisará avaliar seus sinais vitais, monitorar suas funções neurológicas e orientar a melhor conduta.
A ação do levetiracetam acontece já nas primeiras horas após a ingestão, mas o efeito clínico mais consistente costuma aparecer em alguns dias. O medicamento precisa atingir níveis estáveis no organismo para controlar as crises.
O levetiracetam não é classificado como estabilizador de humor, embora possa causar alterações emocionais em algumas pessoas. Seu objetivo principal é o controle das crises epilépticas.
O levetiracetam pode reduzir o apetite em algumas pessoas, mas esse efeito não é universal. A mudança costuma ser temporária e não afeta todos os usuários.
Se a perda de apetite vier acompanhada de perda de peso significativa ou mal-estar, procure seu médico.
O efeito do levetiracetam pode ser prejudicado quando há falhas nas doses, consumo excessivo de álcool ou interação com medicamentos que interferem na função renal.
O levetiracetam não é um calmante, embora possa causar sonolência no início do tratamento. Seu efeito não tem relação com sedação, mas com a redução da atividade excessiva dos neurônios.
A queda de cabelo não é um efeito colateral comum do levetiracetam, mas pode acontecer em alguns casos.
Se você notar queda acentuada, avise seu médico. Ele poderá solicitar exames, avaliar outras causas e orientar o melhor caminho, evitando suspender a medicação por conta própria.