A anemia falciforme é uma doença genética hereditária, onde os glóbulos vermelhos do sangue assumem uma forma de foice e a sua função é comprometida
A anemia falciforme é uma doença hereditária crônica e genética, que afeta a forma e a função das hemácias (glóbulos vermelhos do sangue). Ela é mais comum em pessoas de ascendência africana, mediterrânea e latino-americana, mas pode afetar qualquer grupo étnico.
Embora seja uma condição grave, com acompanhamento médico adequado e hábitos saudáveis, os pacientes podem levar uma vida ativa e produtiva.
É uma doença genética causada por uma alteração no gene que produz a hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue.
Nessa condição, as hemácias, que normalmente são redondas e flexíveis, assumem uma forma de foice (falciforme). Essa forma anormal dificulta a circulação sanguínea, pode entupir vasos pequenos e levar à falta de oxigenação nos tecidos, além de aumentar a destruição das células do sangue.
A anemia falciforme é hereditária, ou seja, passada dos pais para os filhos. Ela ocorre quando a criança herda dois genes alterados (um de cada pai).
Se herdar um gene falciforme e outro normal → Traço falciforme (não é a doença, mas pode transmitir aos filhos).
Se herdar dois genes falciformes → Desenvolve a anemia falciforme.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem aparecer já nos primeiros meses de vida. Entre os mais comuns:
As crises de dor podem ser desencadeadas por:
O diagnóstico é feito por exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, que detecta o tipo de hemoglobina presente.
No Brasil, a triagem neonatal (teste do pezinho) identifica a doença já nos primeiros dias de vida, permitindo o início precoce do acompanhamento.
Não há cura definitiva para a maioria dos casos (exceto em situações específicas com transplante de medula), mas o tratamento contínuo ajuda a controlar os sintomas e prevenir complicações.
O acompanhamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar (hematologista, clínico, pediatra, entre outros).
A cura só é possível em alguns casos por meio de transplante de medula óssea, geralmente indicado em pacientes com formas graves e com doador compatível. É um procedimento complexo e com riscos, por isso nem sempre é recomendado.
Não. Pessoas com traço falciforme geralmente não apresentam sintomas da doença, mas podem transmiti-la aos filhos. Por isso, é importante fazer aconselhamento genético.
Não. Trata-se de uma doença genética, ou seja, não é transmissível de pessoa para pessoa.
Sim, com orientação médica e respeitando os limites do corpo. É importante manter uma boa hidratação e evitar exercícios em excesso ou em ambientes frios.
Com tratamento adequado e acesso à saúde, a expectativa de vida das pessoas com anemia falciforme tem aumentado significativamente. O acompanhamento desde a infância é fundamental para prevenir complicações.
Viver com anemia falciforme exige:
A anemia falciforme é uma condição crônica que exige cuidados contínuos, mas com o tratamento certo, é possível ter qualidade de vida e longevidade. O diagnóstico precoce, a informação e o apoio da rede de saúde fazem toda a diferença no enfrentamento da doença.