A enxaqueca é uma condição de saúde debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela é caracterizada por dores de cabeça intensas, muitas vezes acompanhadas de sintomas como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som
A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça intensa, pulsátil e recorrente, que pode impactar profundamente a qualidade de vida. Ao contrário de uma dor de cabeça comum, a enxaqueca vem acompanhada de outros sintomas debilitantes e pode durar horas ou até dias.
Neste artigo, você vai entender o que causa a enxaqueca, quais são os tratamentos disponíveis e como o autocuidado pode ajudar a controlar as crises.
A enxaqueca é uma condição neurológica caracterizada por crises de dor intensa, normalmente em um dos lados da cabeça, muitas vezes acompanhadas de:
Náuseas e vômitos
Sensibilidade à luz (fotofobia)
Sensibilidade a sons (fonofobia)
Tontura
Distúrbios visuais (aura, em alguns casos)
As crises podem durar de 4 a 72 horas e variar em intensidade. Algumas pessoas têm crises esporádicas, enquanto outras enfrentam enxaqueca crônica, com dores em mais de 15 dias por mês.
As causas da enxaqueca ainda não são totalmente compreendidas, mas sabe-se que envolvem alterações na atividade cerebral e nos vasos sanguíneos, influenciadas por fatores genéticos e ambientais.
Estresse emocional
Alterações hormonais (ex.: TPM, gravidez)
Jejum prolongado
Excesso ou falta de sono
Consumo de álcool (especialmente vinho tinto)
Alimentos como queijos curados, embutidos, chocolate, cafeína
Luzes fortes ou barulhos intensos
Mudanças climáticas
Cheiros fortes (perfumes, fumaça)
Cada pessoa pode ter gatilhos específicos, por isso é importante identificá-los.
Os sintomas podem ser divididos em fases:
Pródromo (horas ou dias antes da dor)
Irritabilidade, fome, bocejos, alterações de humor
Aura (em alguns casos)
Distúrbios visuais: luzes, linhas em zigue-zague, perda temporária da visão
Crise (fase da dor)
Dor pulsátil, normalmente em um lado da cabeça
Náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e som
Pósdromo (após a crise)
Cansaço, confusão mental, dificuldade de concentração
O tratamento pode ser abortivo (alivia a crise) ou preventivo (reduz frequência e intensidade das crises).
Analgésicos comuns (paracetamol, dipirona)
Anti-inflamatórios (ibuprofeno, naproxeno)
Triptanos (ex.: sumatriptana) — usados sob prescrição para crises moderadas a graves
Antieméticos — para aliviar náuseas e vômitos
Importante: O uso frequente de analgésicos pode causar cefaleia por uso excessivo de medicação. Sempre siga orientação médica.
Indicado para quem tem enxaqueca frequente ou severa:
Betabloqueadores (propranolol)
Antidepressivos (amitriptilina)
Anticonvulsivantes (topiramato, valproato)
Toxina botulínica (Botox®) — em casos crônicos
Novos medicamentos biológicos (anti-CGRP) — específicos para enxaqueca
O autocuidado é uma peça-chave no controle da enxaqueca. Algumas estratégias ajudam a prevenir crises ou a reduzir sua intensidade:
Mantenha horários regulares de sono
Alimente-se em intervalos regulares, evitando jejum prolongado
Hidrate-se bem
Anote os sintomas, gatilhos, alimentação e horário das crises
Ajuda o médico a definir o melhor tratamento
Meditação, ioga, exercícios físicos leves e técnicas de respiração
Psicoterapia pode ser útil em alguns casos
Identifique alimentos e situações que provocam crises
Adapte o ambiente (luz, som, odores)
Procure um neurologista se:
As dores forem intensas e frequentes
Os analgésicos não fizerem efeito
A dor vier acompanhada de sintomas neurológicos (fraqueza, dificuldade de fala, confusão)
Surgirem crises diferentes do padrão habitual
O diagnóstico correto e o tratamento personalizado podem melhorar significativamente a vida de quem sofre com enxaqueca.
A enxaqueca vai muito além de uma simples dor de cabeça. É uma condição complexa, que exige diagnóstico preciso, acompanhamento médico e cuidados diários. Com o tratamento adequado e estratégias de autocuidado, é possível viver com mais conforto, menos crises e mais bem-estar.