Mioma uterino é uma massa composta por um aglomerado de células do útero que se desenvolve como uma tumor benigno, também conhecido como leiomioma.
O mioma uterino é um tumor benigno muito comum que afeta mulheres, especialmente entre os 30 e 50 anos. Embora muitas vezes passe despercebido, ele pode causar sintomas incômodos e, em alguns casos, dificultar a gravidez. Entender as causas, sintomas e opções de tratamento é essencial para um diagnóstico precoce e manejo adequado.
Mioma uterino, também chamado de fibroma ou leiomioma, é um tumor benigno formado por tecido muscular e fibroso que se desenvolve na parede do útero. Ele não é câncer e, na maioria das vezes, cresce lentamente ou permanece estável por muitos anos.
Embora as causas exatas ainda não sejam totalmente compreendidas, os principais fatores associados ao desenvolvimento de miomas incluem:
Genética: histórico familiar de mioma aumenta o risco
Hormônios: estrogênio e progesterona estimulam o crescimento do mioma
Idade: mais comum entre os 30 e 50 anos
Raça: mulheres negras têm maior risco e costumam desenvolver miomas mais cedo
Obesidade: o excesso de gordura pode influenciar os níveis hormonais
Menarca precoce: início precoce da menstruação pode estar associado ao risco aumentado
Muitas mulheres com mioma não apresentam sintomas. Quando os sintomas aparecem, variam conforme o tamanho, localização e número de miomas:
Menstruação abundante ou prolongada (menorragia)
Sangramentos fora do período menstrual
Cólicas intensas
Sensação de pressão ou peso no baixo ventre
Aumento do volume abdominal
Dor durante a relação sexual
Vontade frequente de urinar (se o mioma pressiona a bexiga)
Dificuldade para engravidar ou abortos recorrentes
Intramural: dentro da parede muscular do útero
Submucoso: próximo ao revestimento interno do útero (endométrio)
Subseroso: na parte externa do útero
Pediculado: ligado ao útero por uma haste (pedículo)
O diagnóstico é feito pelo ginecologista, por meio de:
Exame ginecológico
Ultrassonografia transvaginal (principal exame de imagem)
Ressonância magnética (em casos mais complexos ou pré-operatórios)
Histeroscopia (para visualizar miomas dentro da cavidade uterina)
O tratamento depende de fatores como:
Tamanho e localização do mioma
Intensidade dos sintomas
Desejo de engravidar
Idade e estado de saúde da paciente
Quando os miomas são pequenos e assintomáticos, o médico pode apenas acompanhar com exames periódicos.
Anticoncepcionais hormonais: regulam o ciclo e reduzem o sangramento
Análogos do GnRH: reduzem temporariamente o tamanho dos miomas
Antifibrinolíticos e anti-inflamatórios: aliviam dor e reduzem sangramentos
Miomectomia: remoção dos miomas com preservação do útero; indicada para mulheres que desejam engravidar
Histerectomia: remoção total do útero; indicada quando há múltiplos miomas ou sintomas severos e não há desejo de engravidar
Embolização das artérias uterinas: bloqueia o fluxo de sangue para os miomas, fazendo com que encolham
Ultrassom focalizado por ressonância magnética (HIFU): técnica moderna e não invasiva, ainda pouco disponível
Sim, muitas mulheres engravidam mesmo com miomas. No entanto, dependendo do tamanho e da localização, o mioma pode dificultar a fertilização, implantação do embrião ou causar complicações na gestação. Por isso, é essencial acompanhamento médico individualizado.
O mioma uterino é uma condição frequente e geralmente benigna. Com acompanhamento médico adequado, é possível controlar os sintomas e manter a qualidade de vida. Em casos de desejo de gestação, o tratamento pode ser ajustado para preservar a fertilidade.
Se você apresenta sintomas sugestivos, procure um ginecologista para avaliação.