O mioma uterino é uma condição comum que afeta muitas mulheres durante a fase reprodutiva. Embora, na maioria das vezes, seja uma condição benigna, o mioma pode causar sintomas que interferem significativamente na qualidade de vida. Saber o que é, quais especialistas consultar e quais tratamentos existem é essencial para um cuidado adequado.
Miomas uterinos, também chamados de fibromas ou leiomiomas, são tumores benignos formados por tecido muscular e fibroso que se desenvolvem na parede do útero.
Eles não são câncer e, na maioria dos casos, crescem lentamente ou até param de crescer com o tempo.
O local onde o mioma cresce no útero define seu tipo:
Subseroso: cresce na parte externa do útero
Intramural: cresce na parede muscular do útero
Submucoso: cresce na parte interna do útero, podendo afetar o endométrio
Pediculado: mioma preso ao útero por uma haste (pedículo), podendo estar dentro ou fora da cavidade uterina
Nem toda mulher com mioma apresenta sintomas, mas quando presentes, os mais comuns são:
Menstruação intensa e prolongada
Cólicas fortes
Sangramentos fora do período menstrual
Sensação de peso ou pressão no abdômen
Aumento do volume abdominal
Dificuldade para engravidar
Dor durante a relação sexual
Urgência urinária (quando o mioma pressiona a bexiga)
O principal especialista no diagnóstico e tratamento de miomas uterinos é o:
É o médico que acompanha a saúde da mulher
Realiza exames clínicos e de imagem
Indica o tratamento adequado conforme os sintomas e o tamanho do mioma
Em casos mais complexos, podem ser envolvidos outros especialistas:
Ginecologista especialista em reprodução humana – quando há desejo de engravidar
Ginecologista cirurgião – para avaliar necessidade de miomectomia ou histerectomia
Radiologista intervencionista – em tratamentos como embolização do mioma
O diagnóstico é feito por meio de:
Exame ginecológico
Ultrassonografia transvaginal (principal exame de imagem)
Ressonância magnética (em casos mais complexos)
Histeroscopia (exame que observa o interior do útero)
O tratamento depende de fatores como tamanho, quantidade, localização dos miomas, sintomas, idade da paciente e desejo de engravidar.
Quando o mioma é pequeno e assintomático, o médico pode apenas acompanhar com exames periódicos.
Anticoncepcionais hormonais: ajudam a controlar o sangramento e a dor
Análogos do GnRH: promovem uma “menopausa temporária” e podem reduzir o tamanho do mioma
Antifibrinolíticos e anti-inflamatórios: aliviam sintomas menstruais
Miomectomia: remoção dos miomas preservando o útero. Indicado para quem deseja engravidar.
Pode ser feita por laparoscopia, histeroscopia ou cirurgia aberta.
Histerectomia: remoção total do útero. Indicada quando há múltiplos miomas ou falha nos tratamentos anteriores, especialmente em mulheres que não desejam mais engravidar.
Embolização das artérias uterinas: bloqueia o fluxo sanguíneo que alimenta o mioma, fazendo com que ele reduza de tamanho.
Ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética (HIFU): técnica moderna ainda pouco acessível no Brasil.
Nem todo mioma impede a gravidez, mas pode interferir na implantação do embrião, no crescimento do bebêou aumentar o risco de abortos espontâneos.
Mulheres com mioma e desejo de engravidar devem ser acompanhadas por um especialista em reprodução humana.
Acompanhamento regular com o ginecologista é essencial
Estilo de vida saudável e controle do peso ajudam a evitar crescimento dos miomas
Relatar sintomas com clareza ajuda no melhor direcionamento do tratamento
O mioma uterino é uma condição comum e, na maioria dos casos, benigna. Com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado, é possível controlar os sintomas e preservar a qualidade de vida — inclusive a fertilidade. O ginecologista é o profissional indicado para orientar cada paciente sobre o melhor caminho a seguir.