Veja o que são remédios naturais, quais funcionam de verdade e como consultar suas informações com segurança pela bula digital da Sara.
Nos últimos anos, os remédios naturais ganharam destaque como alternativa ou complemento aos tratamentos químicos tradicionais.
Diante da busca crescente por opções mais suaves, com menos efeitos colaterais e mais alinhadas a um estilo de vida saudável, muitos consumidores passaram a investir em chás, extratos de plantas, suplementos e outras formas de medicamentos não sintéticos.
Mas entre a tradição popular e a ciência moderna, surge uma pergunta essencial: quais desses remédios realmente funcionam, segundo a evidência científica?
Neste texto, você confere o que são os remédios naturais, quais deles têm comprovação científica e como consultar a bula digital para tomá-los com segurança.
Remédios naturais são substâncias derivadas de fontes vegetais, minerais ou animais utilizadas para tratar, aliviar ou prevenir sintomas e doenças. Eles incluem chás medicinais, extratos de ervas, óleos essenciais, suplementos alimentares e outros produtos de origem natural que prometem benefícios terapêuticos.
Ao contrário dos medicamentos sintéticos, esses compostos não passam necessariamente pelos mesmos processos industriais ou químicos. No entanto, isso não significa que eles são isentos de etapas ‘artificiais’. Um exemplo são os fitoterápicos, medicamentos derivados de plantas, mas que passam por um processo de industrialização.
Sim, são três categorias diferentes, e é importante não confundir esses termos. Os remédios naturais são uma categoria ampla que inclui qualquer substância de origem natural com potencial terapêutico.
Dentro dessa categoria, temos os fitoterápicos, que são medicamentos produzidos a partir de vegetais, mas que passam por um processo de industrialização para garantir padronizações na quantidade e na forma de uso. Inclusive, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta e exige registro para este tipo de medicamento.
Já os homeopáticos são baseados em uma filosofia diferente, com o uso de doses extremamente diluídas de substâncias que, em concentrações maiores, provocariam sintomas semelhantes aos da doença. A proposta é justamente estimular o organismo a reagir.
A eficácia da homeopatia é amplamente debatida pela comunidade científica e muitos estudos apontam que seus efeitos não são superiores ao placebo.
Diversos produtos são amplamente usados por populações de diferentes culturas.
O alho, por exemplo, tem a alicina como seu principal ingrediente. Esse componente é responsável pela ação antibacteriana, e que relaxa os vasos sanguíneos, o que torna o alimento famoso para redução da pressão arterial, além de suas propriedades antioxidantes e antibacterianas.
A ajoene é outro componente do alho. Ela melhora a passagem do sangue pelas veias, ajudando a tratar o colesterol ruim.
O própolis é mais um remédio natural bastante conhecido e difundido na comunidade médica. Ele funciona como um antibiótico natural e impede a proliferação de micro-organismos. Para nós, a principal vantagem está nas propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, além de ajudar a melhorar a imunidade.
O limão é outro ingrediente presente no dia a dia dos brasileiros que têm respaldo da ciência. A fruta é rica em vitamina C e promove o aumento da imunidade, funcionando como um medicamento natural para combater gripes e resfriados. Ele também pode ser usado no tratamento da anemia, já que melhora a absorção de ferro.
O açafrão também está nesta lista. A curcumina, principal substância presente no açafrão, tem ação antioxidante, anti-inflamatória, antibacteriana e antifúngica (e outras). Com tudo isso, o alimento é um verdadeiro medicamento natural, além de ajudar na prevenção de doenças.
Veja outros remédios naturais presentes no nosso dia a dia:
Já entre os remédios fitoterápicos populares, destacam-se:
No caso dos alimentos e plantas presentes no dia a dia, basta comprar no mercado ou na feira. A ciência tem investigado a eficiência desses remédios naturais, já tendo obtido resultados variados. No entanto, nem todos têm respaldo científico comprovado. Em alguns casos, a cultura popular e o senso comum fala mais alto, mas pode funcionar
Já os medicamentos fitoterápicos precisam obter regulação da Anvisa, o que exige um processo de testes para segurança e eficácia. Nesse caso, eles têm benefícios comprovados cientificamente.
Em ambos os casos, é essencial buscar informações em fontes confiáveis (como médicos) antes de iniciar qualquer tratamento com base em produtos naturais.
Existe uma crença equivocada de que produtos naturais são sempre seguros. No entanto, o uso indiscriminado pode causar efeitos adversos com interações medicamentosas ou mascarar sintomas de doenças mais graves. Por exemplo, a valeriana pode potencializar o efeito de sedativos, enquanto o alho pode aumentar o risco de sangramentos em pacientes que usam anticoagulantes.
Outro risco frequente é a contaminação ou adulteração de suplementos e extratos vendidos sem controle de qualidade. A falta de padronização nos ingredientes pode levar a variações de dose e, consequentemente, comprometer sua eficácia ou segurança.
É por isso que a orientação médica ou farmacêutica deve nortear todos os tratamentos.
A bula digital tem se tornado uma aliada valiosa para quem deseja conhecer melhor os remédios naturais (e químicos) que consome. Ao contrário da bula impressa, que pode ser facilmente perdida ou ilegível, a versão digital oferece acesso rápido, atualizado e interativo das informações essenciais de um produto: composição, modo de uso, indicações, contraindicações, efeitos adversos e interações.
Com a popularização dos QR codes nas embalagens, o acesso à bula digital está cada vez mais simples e democratizado. Sites especializados também oferecem conteúdo educativo, facilitando a compreensão do público comum e reforçando a segurança no uso dos produtos.
A Sara é um deles. No nosso site, você encontra bulas digitais dos medicamentos de forma rápida e com recursos tecnológicos que facilitam a leitura.
Os remédios naturais podem ser aliados valiosos na promoção da saúde e na prevenção de doenças, desde que utilizados com responsabilidade e informação. Embora muitos tenham respaldo da tradição popular, é importante verificar o que a ciência diz sobre sua eficácia e segurança - ou usar com moderação.
Quando possível, consulte sempre a bula digital e converse com um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento.