Descubra os principais sintomas e causas da testosterona baixa, além das formas mais eficazes de tratar esse problema de saúde.
A testosterona baixa tem ganhado cada vez mais atenção da comunidade médica. Um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism analisou mais de 2.000 homens com idade entre 40 e 79 anos em oito países europeus e revelou que cerca de 20% deles apresentavam níveis hormonais abaixo do ideal.
Mais do que um simples marcador, a baixa hormonal esteve associada a sintomas físicos, emocionais e sexuais, além de um aumento no risco de doenças crônicas, como diabete tipo 2, obesidade e depressão.
Esse dado evidencia que a deficiência androgênica não é somente uma questão de envelhecimento, mas um problema de saúde pública que pode afetar significativamente a qualidade de vida de homens e mulheres.
Neste artigo, vamos entender os principais impactos dessa queda, seus sintomas, causas, formas de diagnóstico e tratamento, além de estratégias naturais que ajudam a equilibrar os níveis hormonais.
Nos homens, os sinais mais comuns incluem:
Já nas mulheres, a queda do andrógeno pode causar:
Em ambos os casos, também podem ocorrer distúrbios do sono e sensação de desânimo.
Diversos fatores podem levar à queda nos níveis hormonais. O envelhecimento é a causa mais comum, especialmente nos homens, que passam por um declínio gradual a partir dos 30 anos.
Outras causas incluem obesidade, sedentarismo, estresse crônico, uso excessivo de álcool ou drogas, distúrbios hormonais, doenças crônicas (como diabete tipo 2, doenças hepáticas e renais), além do uso de certos medicamentos, como corticoides e antidepressivos.
Em casos mais raros, alterações genéticas ou tumores na hipófise também podem afetar a produção do hormônio.
Nos homens, esse regulador desempenha um papel central na masculinidade e na fertilidade. Nesse sentido, a queda pode afetar a qualidade de vida significativamente.
Além dos sintomas físicos, como perda de massa muscular e força, ocorrem impactos psicológicos, como depressão, baixa autoestima e dificuldade de manter relacionamentos.
Também existe um aumento do risco de osteoporose e resistência à insulina, o que pode favorecer o surgimento de doenças metabólicas e cardiovasculares.
Apesar de produzirem quantidades menores desse andrógeno, as mulheres também podem ser afetadas pela deficiência hormonal. Isso costuma ocorrer com mais frequência durante ou após a menopausa, mas também pode acontecer antes.
Este regulador, nas mulheres, influencia a libido, o tônus muscular, o humor e a energia diária. Sua queda pode provocar apatia, enfraquecimento dos ossos e redução do desempenho físico e sexual. Além disso, a queda intensifica os sintomas da menopausa, como ondas de calor, insônia e alterações emocionais.
O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, que medem os níveis hormonais totais e livres no sangue.
É importante que a coleta seja feita pela manhã, horário em que os níveis hormonais estão mais altos. Além disso, é essencial que o médico avalie os sintomas clínicos e o histórico de saúde para interpretar os resultados corretamente.
Exames complementares podem ser solicitados para investigar a causa da queda, como dosagens de outros hormônios, exames de imagem e avaliação da função da hipófise.
O tratamento depende da causa e da gravidade da deficiência. Em alguns casos, mudanças no estilo de vida, como emagrecimento, prática de atividades físicas e controle do estresse, já podem ser suficientes para melhorar os níveis hormonais.
Em outros, especialmente quando há sintomas intensos ou queda acentuada dos níveis, pode ser necessária a reposição.
A terapia de reposição (TRT) consiste na administração do hormônio sintético por meio de géis, adesivos, injeções ou implantes subcutâneos.
É indicada para homens com deficiência confirmada e sintomas relevantes, e deve ser personalizada e monitorada com atenção, ao trazer efeitos colaterais como acne, retenção de líquidos, aumento dos glóbulos vermelhos e, em casos raros, alterações na próstata.
Em mulheres, a reposição é mais delicada e feita em doses muito pequenas, quando há indicação específica, como perda acentuada da libido.
Manter hábitos saudáveis é a melhor forma de prevenir a queda hormonal.
Uma alimentação equilibrada, rica em zinco, magnésio, vitaminas D e B6, associada à prática regular de exercícios físicos (especialmente os de resistência, como musculação), ajuda na regulação hormonal.
Dormir bem, evitar o consumo excessivo de álcool e controlar o estresse também são fatores importantes. Não se esqueça de que a prevenção também envolve consultas regulares ao médico e atenção aos sinais do corpo.
Algumas estratégias naturais podem auxiliar no aumento do hormônio masculino, sem a necessidade de medicamentos. Além da prática de exercícios, o controle do peso corporal é essencial, já que a gordura em excesso favorece a conversão do hormônio masculino em estrogênio.
Alimentos como ovos, carnes magras, castanhas, vegetais crucíferos (como brócolis e couve) e frutas vermelhas contribuem para o equilíbrio hormonal. Reduzir o consumo de açúcar e alimentos ultraprocessados também ajuda.
Técnicas de relaxamento, como meditação e ioga, podem melhorar os níveis hormonais ao diminuir o estresse e o cortisol, que inibe a produção de testosterona.
Como vimos, é possível tratar a testosterona baixa com medicamentos, o que só deve ser feito com orientação médica, pois podem ocorrer efeitos colaterais e contraindicações, especialmente em pessoas com histórico de câncer de próstata, apneia do sono ou doenças cardiovasculares.
Antes de usar qualquer medicamento à base de testosterona, leia atentamente a bula digital no site da Sara. Ela traz informações importantes sobre a posologia, os efeitos adversos, as interações medicamentosas e os cuidados específicos com o uso.