O que é fimose: sintomas e tratamentos mais indicados
Entender o que é fimose é essencial para identificar sintomas, diferenciar entre tipos fisiológica e patológica e buscar o tratamento adequado, que pode envolver pomadas, acompanhamento médico ou até cirurgia em casos mais graves.

A fimose é uma condição comum, especialmente na infância, que pode causar preocupação entre pais e adultos. Embora na maioria dos casos não represente um problema grave, em algumas situações pode exigir atenção médica e até cirurgia.
Neste artigo, você vai entender o que é a fimose, como identificar os sintomas e quais são os tratamentos disponíveis.
O que é fimose?
A fimose ocorre quando o prepúcio (pele que cobre a cabeça do pênis) não consegue ser retraído completamente. Isso impede que a glande (cabeça do pênis) fique exposta, o que pode dificultar a higiene, causar desconforto ou até infecções.
Em bebês e crianças pequenas, a fimose é considerada fisiológica até aproximadamente os 3 anos, pois o prepúcio ainda está em processo de desenvolvimento natural. Em grande parte dos meninos, a pele se solta progressivamente até os 5 a 7 anos, sem necessidade de intervenção médica.
Quais são os tipos de fimose?
Fisiológica
- Presente desde o nascimento.
- Normal em crianças pequenas.
- Geralmente desaparece naturalmente até os 5-7 anos.
Patológica
- Quando a fimose persiste ou se desenvolve por causa de cicatrizes ou inflamações.
- Pode causar dor, infecções e outros problemas.
- Requer acompanhamento médico.
Quais os sintomas da fimose?
Em muitos casos, a fimose não gera sintomas perceptíveis. Porém, quando presentes, os sinais incluem:
- Dificuldade ou incapacidade de expor a glande
- Dor ou desconforto ao urinar ou durante ereções (em adolescentes ou adultos)
- Inchaço do prepúcio ao tentar puxá-lo
- Infecções frequentes na glande (balanite) ou no prepúcio (postite)
- Mau odor ou acúmulo de secreção branca (esmegma)
Em casos mais graves, pode ocorrer parafimose, quando o prepúcio fica preso atrás da glande e não retorna à posição normal, o que é uma emergência médica.
Como é feito o diagnóstico da fimose?
O diagnóstico da fimose é clínico, feito por um urologista ou pediatra, através do exame físico. Em geral, não são necessários exames complementares, exceto em casos de complicações.
Tratamentos para fimose
O tratamento da fimose varia conforme a idade, a gravidade do quadro e a presença de sintomas.
1. Acompanhamento e orientação (fimose fisiológica)
- A maioria dos meninos com fimose fisiológica não precisa de tratamento.
- Os pais devem evitar forçar a retração do prepúcio.
- A higiene correta e o tempo costumam resolver o problema até os 7 anos.
2. Pomadas com corticoide (tratamento tópico)
- Indicadas quando a retração não ocorre até os 5 anos ou se há sintomas leves.
- A aplicação diária da pomada por 4 a 8 semanas pode facilitar a abertura do prepúcio.
- Tratamento simples e eficaz na maioria dos casos.
3. Cirurgia (postectomia ou circuncisão)
- Indicada quando o tratamento com pomadas não funciona, há infecções recorrentes ou complicações como parafimose.
- A cirurgia consiste na remoção parcial ou total do prepúcio.
- Procedimento simples, com recuperação rápida e poucas complicações.
Cuidados pós-cirurgia de fimose
Após a cirurgia, os cuidados básicos incluem:
- Higiene adequada com água e sabão
- Uso de analgésicos e anti-inflamatórios, se necessário
- Evitar atividades físicas intensas por alguns dias
- Usar roupas leves e confortáveis
A cicatrização ocorre normalmente em 7 a 15 dias.
Fimose em Adultos
A fimose também pode surgir ou persistir na vida adulta. Nesses casos, pode causar:
- Dor nas relações sexuais
- Dificuldade de higienização
- Infecções urinárias
- Risco aumentado de câncer de pênis
O tratamento em adultos geralmente é cirúrgico, com bons resultados e melhora significativa da qualidade de vida.
Fimose: quando procurar um médico?
A fimose é uma condição comum, especialmente na infância, e em grande parte dos casos se resolve naturalmente. No entanto, é importante estar atento aos sinais de alerta e procurar um médico se houver dor, infecções frequentes ou dificuldade de retração do prepúcio.
Com o acompanhamento adequado, o tratamento é seguro, eficaz e pode prevenir complicações futuras.