A vitamina B3 atua na produção de energia, renovação celular e funcionamento do sistema nervoso. Presente em diversas reações metabólicas, ela contribui para a saúde da pele e do organismo como um todo. Entender sua função ajuda a manter uma rotina nutricional mais equilibrada.
A primeira vez que a vitamina B3 chamou a atenção de pesquisadores foi quando perceberam que algumas comunidades inteiras adoeciam devido a uma mesma falta nutricional. Conforme os estudos avançaram, ficou evidente que a B3 não era apenas “mais uma vitamina”, mas um nutriente chave para o funcionamento do corpo humano.
Hoje sabemos que ela está envolvida em mais de 400 reações metabólicas, sustentando processos básicos como a produção de energia, a comunicação entre células e a manutenção da pele e do sistema nervoso.
Quando a ingestão é adequada, o funcionamento das partes do organismo pelas quais ela é responsável flui com naturalidade. Mas quando a vitamina falta, o corpo dá sinais claros de que algo está errado com o metabolismo energético.
Neste conteúdo, você vai entender quais as funções da vitamina B3, seus benefícios, onde encontrá-la na alimentação e quais são os riscos associados à sua deficiência.
A vitamina B3 é uma vitamina hidrossolúvel, o que significa que não fica armazenada em grandes quantidades no organismo, por isso, precisa ser consumida regularmente.
Pertencente ao complexo B, ela desempenha um papel importante no organismo por ser componente central das coenzimas NAD e NADP, que participam de mais de 400 reações bioquímicas. Especialmente, naquelas envolvidas no metabolismo energético, na reparação celular e na produção de hormônios.
A B3 aparece principalmente em duas formas:
Entre as principais funções da vitamina B3 temos:
A atuação dessa vitamina no corpo traz uma série de vantagens.
A nicotinamida participa da reparação de danos no DNA, modula a inflamação cutânea e melhora a produção de ceramidas, fundamentais para a barreira protetora da pele. Por isso, é usada em dermatologia para auxiliar em dermatites, acne e danos causados por UV.
O sistema nervoso depende de NAD para síntese de neurotransmissores e para manter processos neuronais que envolvem plasticidade e comunicação celular.
A deficiência de B3 pode gerar irritabilidade, perda de memória, alterações de humor e, em casos graves, demência, quadro característico da Pelagra.
As formas reduzidas das coenzimas (NADH e NADPH) são essenciais na regeneração de antioxidantes celulares (como glutationa). Isso protege as células contra radicais livres e contribui para processos como reparo celular, síntese de ácidos graxos e resposta imune.
A Pelagra é causada por deficiência de niacina ou de triptofano (aminoácido precursor da vitamina B3). Os sintomas característicos, como dermatite, diarreia e demência, são revertidos com reposição adequada de B3.
Desde 1950, a niacina é usada no tratamento do colesterol alto. Ela pode reduzir os níveis de colesterol LDL (o colesterol "ruim"). No entanto, a substância não é o tratamento de primeira linha para o colesterol alto devido aos seus potenciais efeitos colaterais.
Em vez disso, é considerada uma opção de segunda linha para indivíduos que não toleram estatinas.
Entenda quais os grupos alimentares são fonte dessa vitamina:
Esse grupo é de fontes indiretas, pois contribuem com triptofano que pode virar niacina.
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A deficiência da vitamina pode acontecer não apenas pela baixa ingestão do nutriente, mas também pela carência de proteínas, tendo em vista que o triptofano é utilizado para produzir B3 no organismo.
Esse quadro também surge devido a alterações metabólicas, como na doença de Hartnup, que compromete o metabolismo do triptofano, ou por problemas de absorção intestinal.
O uso prolongado de certos medicamentos, como isoniazida, imunossupressores, anticancerígenos e carbidopa também aumenta o risco de deficiência. Além disso, indivíduos em diálise, pessoas vivendo com HIV e aqueles com alcoolismo crônico têm maior probabilidade de desenvolver níveis insuficientes de niacina.
Casos de deficiência severa levam à Pelagra, uma condição clássica conhecida como a “doença dos 3 Ds”: dermatite, diarreia e demência, que representam a progressão dos danos causados pela falta prolongada da vitamina no organismo.
Os sintomas mais comuns são:
Embora a Pelagra seja rara em dietas equilibradas, ela ainda pode ocorrer em situações de desnutrição grave, alcoolismo crônico, má absorção intestinal ou doenças que comprometem o metabolismo de triptofano e outras vias nutricionais.
Você deve procurar orientação médica sempre que surgirem sinais que indiquem a deficiência grave de vitamina B3, como lesões de pele, diarreia persistente ou alterações cognitivas. Nesses casos, a suplementação de niacina é necessária para tratar a Pelagra.
De maneira geral, a maioria das pessoas não precisa se preocupar com a deficiência, pois ela é rara em dietas equilibradas. As recomendações diárias são de 16mg para homens adultos e 14mg para mulheres. Para efeitos de comparação, um filé de peito de frango de 100g pode fornecer cerca de 13mg de niacina.
Lembrando que a alimentação saudável deve ser sempre a principal fonte de vitamina B3. A suplementação só é indicada quando há confirmação de déficit ou prescrição profissional.
Como visto, a vitamina B3 desempenha um papel fundamental em processos que vão da produção de energia ao equilíbrio do sistema nervoso. Garantir que ela esteja inserida na ingestão por meio da alimentação, ajuda a manter o organismo funcionando de forma saudável.
Se você tem dúvidas sobre suplementos, sintomas ou ingestão diária, converse com um profissional de saúde para receber orientação individualizada.Para saber mais sobre medicamentos e vitaminas não deixe de acompanhar o nosso blog e consultar as nossas bulas digitais completas e atualizadas.
