A ansiedade infantil vai além do nervosismo e pode afetar o desenvolvimento, a saúde e o bem-estar dos pequenos. Reconhecer os sinais comuns e entender o que influencia esse transtorno ajuda pais e professores a oferecerem apoio e tratamento adequado.
Já reparou como é difícil saber quando a ansiedade em crianças deixa de ser normal? Essa dúvida é comum para muitos pais e professores — afinal, a ansiedade é um estado prevalente no cotidiano da população, inclusive dos mais novos.
Segundo o Relatório Mundial de Saúde Mental, cerca de 8% das crianças de 5 a 9 anos e 14% dos adolescentes entre 10 e 19 anos convivem com algum transtorno mental.
No Brasil, a situação é preocupante: em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou o país como líder global em número de pessoas ansiosas, com 18,6 milhões afetadas.
Este texto explica o que caracteriza os quadros ansiosos, os principais sintomas emocionais em crianças e os aspectos que podem desencadeá-los.
Também orienta pais e professores sobre como ajudar e oferece informações relacionadas aos métodos para tratar a ansiedade em crianças. Saiba o que observar e descubra a melhor maneira de intervir!
A ansiedade em crianças é uma reação intensa de medo ou preocupação que atrapalha a rotina. Mesmo sem um motivo real, o cérebro entende que há um perigo por perto e reage como se algo ruim estivesse prestes a acontecer.
Há diferentes tipos de transtornos de ansiedade: generalizada, fobia social, ansiedade de separação, pânico e agorafobia. Se não tratado, o quadro pode evoluir para depressão, abuso de substâncias ou dificuldades na escola e nos relacionamentos.
Crianças ansiosas costumam reagir com intensidade a situações cotidianas. Frequentemente, acontece de esses indícios passarem despercebidos ou serem confundidos com birra, timidez ou falta de atenção.
Veja abaixo os sinais de ansiedade infantil:
Cada criança manifesta os sintomas da ansiedade infantil de um jeito. Algumas ficam quietas, outras, agressivas. Monitorar essas características é indispensável para reconhecer a patologia logo no início.
A ansiedade normal é uma resposta do corpo diante de circunstâncias que exigem atenção.
Geralmente, ela surge durante uma apresentação no colégio ou ao fazer uma prova importante. O corpo do pequenino entra em estado de alerta e se prepara para lidar com o desafio.
Esse processo, conhecido como “luta ou fuga”, provoca alterações físicas que ajudam a manter o foco e reagir com rapidez:
O problema começa quando esse estado deixa de ser pontual e vira uma constância. Nessas situações, falamos em transtorno de ansiedade em crianças.
A seguir, veja os fatores de risco que, sozinhos ou combinados, podem causar quadros de ansiedade na infância:
Pais e professores devem escutar a criança sem minimizar seus sentimentos. Mesmo que o desconforto pareça mínimo para um adulto, ele faz sentido para ela e precisa ser acolhido.
Confira algumas práticas simples que contribuem bastante com o bem-estar dos pequenos:
A hora de buscar apoio psicológico para crianças é quando elas começam a experimentar prejuízos em sua rotina. A família e os educadores têm um papel central nessa percepção, pois são eles que acompanham os comportamentos no dia a dia.
O primeiro passo é conversar com o pediatra, com a escola e, sobretudo, com profissionais da psicologia infantil.
O diagnóstico não se baseia em um episódio isolado. Ele é feito por especialistas após uma avaliação cuidadosa. Se a patologia for confirmada, o tratamento para ansiedade em crianças envolverá terapias estruturadas.
A mais recomendada é a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Essa vertente trabalha os pensamentos e propõe formas saudáveis de lidar com eles.
Outras abordagens, como a terapia interpessoal (TPI) e a terapia baseada em mindfulness (MBCT), também são indicadas eventualmente.
Há cenários em que a manipulação de medicamentos para ansiedade infantil é necessária. Isso ocorre principalmente se os sintomas são graves. Também acontece quando as terapias e técnicas de relaxamento não trazem resultados satisfatórios.
A decisão pelo uso deve ser feita por um médico, com base em uma anamnese detalhada.
Os medicamentos padrão são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), indicados para tratar a ansiedade persistente. Dependendo do contexto, a buspirona pode ser considerada.
As prescrições são feitas com cautela, levando em conta o histórico da criança, seus sintomas e possíveis efeitos adversos.
Diante das dúvidas e receios que envolvem o tratamento de um ser tão frágil, é essencial que a família acompanhe cada etapa, certo?
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