
Uma rápida pesquisa na internet sobre o ácido hialurônico revela uma infinidade de produtos cosméticos, suplementos e procedimentos estéticos que utilizam o ativo. Não é à toa: essa substância, que o próprio corpo produz, ganhou destaque por seus efeitos comprovados na hidratação e na regeneração dos tecidos.
Neste artigo, vamos explicar por que o ácido hialurônico natural é tão importante, quais são suas principais funções no organismo, as diferentes formas de uso, seus benefícios e tudo o que você precisa saber sobre ele.
Comumente utilizado para rejuvenescimento facial, o ácido hialurônico é uma substância naturalmente produzida pelo nosso organismo e está presente em todos os tecidos corporais, principalmente na pele.
No entanto, sua concentração vai diminuindo à medida que envelhecemos, o que resulta no surgimento de rugas, linhas de expressão e demais sinais característicos do envelhecimento cutâneo.
Contribui para a hidratação profunda da pele, uma vez que é capaz de absorver até 1000 vezes seu peso em água.
É utilizado em procedimentos estéticos para preenchimento facial, pois consegue preencher espaços entre as células e produzir volume.
Além disso, estimula a produção de colágeno, proteína responsável pela firmeza e elasticidade da pele.
Sua principal característica é a alta capacidade de reter água, o que faz dele um elemento essencial para manter a hidratação e a estrutura dos tecidos.
Na pele, ele atua preenchendo os espaços entre as células, mantendo-a firme, elástica e hidratada. Além disso, participa dos processos de reparação de tecidos, ajudando na cicatrização de feridas e na regeneração da epiderme. Quando ocorre uma lesão, o ácido hialurônico é liberado para ajudar a controlar a inflamação e acelerar a recuperação celular.
Nas articulações, o ativo está presente no líquido sinovial, onde exerce uma função lubrificante e amortecedora. Isso reduz o atrito entre os ossos e protege as cartilagens durante o movimento.
Sua presença contribui para a mobilidade e flexibilidade articular, e a diminuição dessa substância está relacionada a dores e rigidez, como ocorre na osteoartrite.
Nos olhos, especialmente no humor vítreo e no filme lacrimal, o elemento ajuda a manter a forma, a transparência e a lubrificação ocular, sendo essencial para o conforto e a proteção da córnea.
No sistema cardiovascular, ele contribui para a manutenção da integridade dos vasos sanguíneos, ajudando na troca de nutrientes entre as células e o sangue.
Também participa da formação da matriz extracelular, um tipo de “rede de sustentação” que dá estrutura aos tecidos e influencia processos como crescimento, diferenciação e migração celular.
A substância pode ser usada de diferentes formas, tanto na área médica quanto estética, dependendo do objetivo e da forma de aplicação.
Essa é a forma mais comum e acessível de aplicação para cuidados dermatológicos. O produto é aplicado sobre a pele, atuando principalmente na hidratação das camadas superficiais. A principal função é melhorar a textura, o viço e a elasticidade, ajudando a manter a aparência saudável e firme.
Devido às suas grandes moléculas, a penetração é limitada às camadas mais externas da pele. Isso significa que ele não atua de forma profunda, mas é eficaz em reforçar a barreira cutânea, reduzindo a perda de água e mantendo a pele hidratada por mais tempo.
O uso injetável, conhecido como preenchimento dérmico, é feito por profissionais de saúde, como dermatologistas ou cirurgiões plásticos. Nesse caso, a substância é aplicada em camadas mais profundas da pele para preencher rugas e sulcos, restaurar o volume de áreas como lábios e maçãs do rosto e melhorar o contorno facial.
O principal benefício é o efeito imediato e natural, já que o ácido hialurônico é biocompatível, ou seja, o corpo o reconhece e o absorve de forma segura ao longo do tempo.
Os suplementos orais são usados como complemento alimentar para estimular a produção natural do ativo no organismo.
Eles ajudam a melhorar a hidratação e a elasticidade da pele “de dentro para fora” e também atuam na lubrificação das articulações, favorecendo a mobilidade. A eficácia varia conforme a formulação e o metabolismo de cada pessoa.
O ácido hialurônico em pó, por exemplo, tem a mesma função das versões em cápsulas ou comprimidos: auxiliar na hidratação da pele e na saúde das articulações. Ele pode ser diluído em água ou misturado a alimento.
Ao ser ingerido, o ácido hialurônico é absorvido pelo trato digestivo e distribuído pelo corpo, estimulando a produção natural nos tecidos. Com o uso contínuo, pode haver melhora na hidratação da pele, redução da rigidez articular e aumento da sensação de bem-estar físico.
O uso médico intra-articular é indicado para o tratamento de doenças articulares, como a osteoartrite. Nessa aplicação, o ativo é injetada diretamente nas articulações, geralmente nos joelhos, com o objetivo de melhorar a lubrificação, reduzir a dor e facilitar os movimentos, substituindo parcialmente o líquido sinovial natural.
Esse procedimento ajuda a melhorar a mobilidade e, em muitos casos, diminui a necessidade de uso contínuo de anti-inflamatórios.
O uso oftálmico está presente em colírios e em soluções utilizadas durante cirurgias oculares. Sua principal função é lubrificar os olhos, aliviar o ressecamento e proteger a superfície ocular, contribuindo para o conforto e a saúde da visão.
Em procedimentos médicos, como as cirurgias de catarata, a substância também auxilia na cicatrização e na manutenção da forma do olho, favorecendo uma recuperação mais segura e estável.
Mais recente, o ácido hialurônico tem sido adicionado a shampoos, condicionadores e máscaras capilares. Sua principal função é hidratar os fios e o couro cabeludo, reduzindo o ressecamento e melhorando o brilho e a maciez.
Mesmo sendo um ativo naturalmente produzido pelo nosso organismo, a aplicação do elemento pode, sim, causar efeitos colaterais. O inchaço e vermelhidão no local da aplicação são os mais comuns.
Casos de reações alérgicas são raros, mas podem ocorrer. Por isso, é importante fazer um teste cutâneo antes de iniciar qualquer tratamento.
Se o ácido for mal aplicado ou em grande quantidade, pode haver formação de nódulos ou irregularidades na pele.
A aplicação inadequada pode causar infecção, especialmente se a pele não foi bem higienizada antes do procedimento.
A substância também é importante para a renovação celular. Ela ajuda a atrair água para as células da pele, auxiliando na hidratação profunda e no processo de cicatrização. Além disso, ao estimular a produção de colágeno, contribui para a prevenção do envelhecimento precoce.
De modo geral, o uso tópico (cremes, séruns, loções, géis) é considerado seguro para a maioria das pessoas, inclusive para pele sensível.
Também costuma ser seguro para gestantes, quando usado topicamente. Já se o uso for por meio de suplementos orais ou injeções (“preenchimentos” ou aplicações intra-articulares) é preciso precaução, dependendo das condições de saúde da pessoa e de orientação profissional.
Há situações em que o uso precisa de avaliação médica ou deve ser evitado:
Existem diversos benefícios do uso do ácido, como:
O ativo é um dos principais componentes do líquido sinovial, responsável por lubrificar as articulações e reduzir o atrito entre os ossos. Seu uso alivia dores, melhora a mobilidade e reduz o desgaste das cartilagens.
Presente naturalmente no humor vítreo e no filme lacrimal, o ácido mantém os olhos hidratados e protegidos, evitando o ressecamento ocular, melhorando o conforto em pessoas que usam lentes de contato e auxiliando na recuperação após cirurgias oculares.
Ele participa do processo de reparação tecidual, promovendo a migração e proliferação de células necessárias à regeneração da pele, mucosas e outros tecidos. Dessa forma, acelera a cicatrização de feridas, queimaduras e úlceras.
O ácido hialurônico para pele atua como uma esponja natural, atraindo e retendo moléculas de água. Além de manter a firmeza, elasticidade e luminosidade, também reduz o aspecto de linhas finas, contribuindo para a saúde da pele.
A substância é reconhecida pela sua segurança e benefícios comprovados, mas o consumo excessivo ou inadequado pode não trazer resultados adicionais e, em alguns casos, leva a efeitos indesejados.
Apesar de ser biocompatível e reabsorvível, o uso incorreto pode trazer complicações como inflamações locais, infecções e obstruções vasculares. Isso reforça a importância da avaliação médica e do acompanhamento pós-procedimento.
Outro ponto importante do uso consciente é compreender que o ácido hialurônico não substitui hábitos de cuidado diários, como hidratação adequada, alimentação equilibrada e proteção solar.
A ação dessa molécula depende diretamente da disponibilidade de água no organismo. Portanto, produtos ou procedimentos só terão efeito satisfatório se o corpo estiver em equilíbrio.
O ácido hialurônico é muito mais do que um componente de cosméticos: trata-se de uma substância essencial para o bom funcionamento do corpo, atuando na hidratação, regeneração e lubrificação dos tecidos.
Seja em cremes, suplementos, colírios ou aplicações médicas, seu uso consciente e orientado pode trazer benefícios reais para a pele, articulações e olhos.
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