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Riscos do Metanol: Entenda os Perigos para a Saúde e Como se Proteger

O metanol é um álcool simples, usado em solventes, combustíveis e produtos químicos diversos, mas absolutamente inadequado para consumo humano.

Por Redação Sara
03/10/2025 Atualizado há 3 horas
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Riscos do Metanol: Entenda os Perigos para a Saúde e Como se Proteger

Seu perigo reside nos compostos que se transformam dentro do organismo — formaldeído e ácido fórmico — que atacam cérebros, fígados, rins e nervos ópticos, gerando efeitos irreversíveis.

Você provavelmente já ouviu falar de casos de envenenamento por bebida “batizada”, mas talvez não conheça todos os detalhes sobre os riscos do metanol. Ainda que seja uma substância utilizada na indústria, sua presença em produtos de consumo humano representa uma ameaça grave à saúde.

Diante dos casos recentes de intoxicação, é fundamental ter informações confiáveis para agir de forma responsável. Por isso, a Sara preparou este conteúdo, explicando o que é o metanol, suas diferenças em relação ao etanol, as principais formas de exposição, os sinais de intoxicação e algumas orientações para se proteger.

O que é o metanol?

Com fórmula química CH₃OH, o metanol é um tipo de álcool simples, usado principalmente em solventes, combustíveis e produtos industriais. 

Dentro do corpo, o metanol é metabolizado pelo fígado em substâncias ainda mais tóxicas, como formaldeído e ácido fórmico. Esse processo desencadeia efeitos nocivos em células e tecidos, especialmente na visão, nos rins e no sistema nervoso.

Diferença entre metanol e etanol

A principal diferença entre metanol e etanol está na maneira como o organismo processa cada um deles. 

O etanol (álcool que consumimos em bebidas lícitas) é metabolizado em acetaldeído e depois em acetato, compostos menos tóxicos quando ingeridos em quantidades moderadas. Já o metanol se converte em formaldeído e ácido fórmico, substâncias altamente tóxicas.

Formas de exposição ao metanol

Você pode ser exposto ao metanol de várias maneiras, nem sempre perceptíveis. A via mais grave é a ingestão, especialmente pelo consumo de bebidas adulteradas.

Outra forma ocorre por inalação de vapores, em ambientes industriais que manipulam solventes ou hidrocarbonetos. A pele também pode ser uma via, especialmente se houver contato direto com líquidos contendo metanol ou uso de produtos sem barreira protetora.

Sintomas da intoxicação por metanol

Quando há intoxicação por metanol, alguns sinais costumam surgir de forma progressiva e requerem atenção imediata:

  1. Náuseas e vômitos;
  2. Dor abdominal intensa;
  3. Cefaleia (dor de cabeça);
  4. Visão turva ou perda visual;
  5. Confusão mental ou alterações neurológicas.

A intoxicação por metanol se manifesta de maneira gradual, e os primeiros sinais podem ser confundidos com os efeitos do álcool comum. 

Impactos do metanol no corpo

Os efeitos do metanol no corpo são amplos e atingem diferentes órgãos e sistemas. 

No fígado, ele é metabolizado em formaldeído e ácido fórmico, compostos responsáveis pela maior parte dos danos. Esse processo provoca uma sobrecarga no órgão, podendo levar à necrose celular e ao comprometimento da sua função.

Os rins também sofrem com a toxicidade do metanol, já que são responsáveis por filtrar essas substâncias. A presença do ácido fórmico em excesso compromete a função renal e pode desencadear insuficiência aguda, dificultando a eliminação de resíduos do organismo.

Na visão, o impacto é ainda mais delicado. O nervo óptico é extremamente sensível ao acúmulo do ácido fórmico, e por isso a exposição ao metanol está associada a neuropatia óptica, que pode evoluir para cegueira irreversível se o tratamento não for iniciado rapidamente.

O sistema nervoso central também é alvo dos efeitos tóxicos. Alterações neurológicas, como perda de coordenação, convulsões e até depressão respiratória, ocorrem porque as células nervosas são diretamente afetadas pelo desequilíbrio metabólico. 

Como se prevenir da intoxicação por metanol?

A melhor forma de prevenção contra a intoxicação por metanol é evitar o consumo de bebidas com metanol, que pode ocorrer em casos de adulteração. 

Você deve sempre adquirir bebidas em locais de confiança e observar selos de qualidade e embalagens originais. Quando há suspeita de irregularidade, o risco de contaminação aumenta e pode trazer consequências graves.

Além da compra consciente, é importante conhecer os sinais de adulteração. Cheiros muito fortes, gosto diferente do habitual e embalagens com lacres rompidos devem ser encarados como alerta. 

Além da questão das bebidas adulteradas, evitar o contato com solventes industriais sem proteção adequada também é essencial, já que a exposição a produtos químicos contendo metanol pode acontecer no ambiente de trabalho ou em situações de uso indevido.

Tratamentos médicos para intoxicação por metanol

Em caso de suspeita de intoxicação por metanol, o tratamento deve ser imediato, com medidas para reduzir a produção das substâncias tóxicas no organismo. 

Entre os medicamentos utilizados, estão o etanol intravenoso e o fomepizol, ambos capazes de inibir a enzima que transforma o metanol em compostos ainda mais nocivos.

O uso de bicarbonato pode corrigir a acidose metabólica, enquanto vitaminas, como o ácido fólico, ajudam a metabolizar o ácido fórmico de forma menos agressiva. Em situações graves, a hemodiálise é indicada para remover rapidamente o metanol e seus metabólitos do sangue.

Legislação e controle do metanol no Brasil

No Brasil, o metanol e a saúde pública são temas regulados por leis que proíbem seu uso em bebidas destinadas ao consumo humano. 

A Anvisa e o Ministério da Agricultura fiscalizam a produção e a distribuição de bebidas alcoólicas, estabelecendo limites claros para garantir a segurança. Já a legislação brasileira também prevê penalidades severas para quem comercializa ou distribui bebidas contendo metanol, já que se trata de crime contra a saúde coletiva. 

Casos recentes de intoxicação por metanol no Brasil

Em 2025, surtos de intoxicação por metanol foram noticiados em diferentes regiões do país. 

De acordo com reportagens da BBC News Brasil e do G1, jovens foram hospitalizados após consumir destilados adulterados em festas e bares clandestinos. Alguns casos evoluíram para cegueira e falência de órgãos, mostrando a gravidade da toxicidade por metanol.

Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, até 02 de outubro de 2025, foram notificadas 43 suspeitas de intoxicação por metanol, sendo 39 em São Paulo (5 confirmados, 29 em investigação) e 4 em Pernambuco. 

Como resposta, o governo federal criou uma Sala de Situação, com coordenação entre Anvisa, Ministério da Saúde, Justiça, Polícia Federal e Segurança Pública, bem como orientações para todos os estados notificarem imediatamente casos suspeitos. 

Identificando bebidas adulteradas

Uma das formas mais seguras de reconhecer uma bebida adulterada é observar a procedência: garrafas sem rótulo original, com lacres danificados ou com preço muito abaixo do mercado são sinais de alerta. 

A coloração e o odor também ajudam, já que o metanol e o etanol não são facilmente diferenciados pelo paladar, mas a adulteração pode alterar o aroma e o sabor.

Evite produtos de origem duvidosa, desconfie de promoções exageradas e, em caso de suspeita, denuncie às autoridades de saúde. 

Os riscos do metanol são reais e não podem ser ignorados. Em caso de suspeita de intoxicação, buscar ajuda médica imediata é a única forma de garantir um tratamento eficaz e aumentar as chances de recuperação.

Na Sara, você encontra conteúdos claros e acessíveis sobre medicamentos, tratamento da intoxicação e práticas seguras de saúde. 

Se quiser entender melhor sobre medicamentos usados nesses tratamentos ou outras condições de saúde, acesse nossa bula digital e conte com informações confiáveis que transformam cuidado em prática diária.

FAQ – tire suas dúvidas aqui!

Confira mais informações sobre os riscos do metanol:

Por que o metanol é perigoso?

O metanol é perigoso porque se transforma em substâncias tóxicas dentro do corpo, como formaldeído e ácido fórmico. 

Esses compostos afetam órgãos vitais e podem causar cegueira ou falência de órgãos mesmo em pequenas quantidades. É por isso que a toxicidade do metanol é considerada alta e exige atenção redobrada.

Qual é a reação do metanol?

A reação do metanol no organismo ocorre quando o fígado o metaboliza em formaldeído e ácido fórmico. Essas substâncias desencadeiam sintomas de intoxicação química, como náuseas, dor abdominal, alterações visuais e neurológicas

O que é metanol na bebida?

O metanol na bebida é resultado de adulteração ilegal. Ele pode ser adicionado a destilados para aumentar o lucro, mas o consumo representa alto risco. 

Quais bebidas adulteradas contêm metanol?

O consumo de bebidas com metanol geralmente ocorre em destilados clandestinos, como cachaças, vodcas e uísques falsificados. 

Essas versões adulteradas circulam fora do controle oficial e não passam por fiscalização, o que explica o alto risco de intoxicação por metanol nesses produtos.

Tem risco de ter metanol em cerveja?

A produção de cerveja segue outro processo e não utiliza metanol. Por isso, o risco está concentrado em destilados falsificados.

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