Entenda os riscos do Saxenda antes de usar
O Saxenda é um medicamento injetável usado para emagrecer e auxiliar no controle do diabetes tipo 2, atuando na redução do apetite e no controle da glicose. No entanto, é importante conhecer os riscos do Saxenda e seguir cuidados adequados para minimizar complicações e acompanhar os resultados com segurança.

Você já tentou emagrecer e percebeu que, mesmo seguindo uma dieta e praticando exercícios, os resultados parecem não acompanhar o esforço? Nessas situações, alguns médicos podem indicar o uso de medicamentos como o Saxenda, mas é comum surgirem dúvidas sobre a sua segurança e, principalmente, sobre os riscos do Saxenda durante o tratamento.
Essas preocupações fazem sentido, já que a obesidade está ligada a problemas sérios, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Por isso, entender como o medicamento age e conhecer os possíveis efeitos adversos é fundamental para decidir com segurança, junto ao médico.
Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF), mais de 90% das pessoas diagnosticadas com diabetes têm o tipo 2, associado a fatores como:
- Urbanização
- População envelhecida
- Menor nível de atividade física
- Maior prevalência de sobrepeso e obesidade
Diante desse cenário, muitas pessoas recorrem ao Saxenda para emagrecer, mesmo cientes dos riscos envolvidos. A seguir, você vai entender como ele funciona, quando é indicado e quais cuidados são necessários para um uso mais seguro.
O que é o Saxenda e como ele age no corpo?
O Saxenda é um remédio injetável empregado no tratamento do diabetes tipo 2. Sua fórmula contém liraglutida, uma substância que age em áreas do cérebro ligadas ao controle da fome.
Esse efeito reduz a vontade de comer, fazendo com que a ingestão de calorias seja menor ao longo do dia e, com isso, favorece o emagrecimento.
O uso correto é feito por meio de canetas injetáveis, vendidas somente com receita médica. O tratamento deve seguir as doses e a duração indicadas pelo profissional de saúde.
Para quem é indicado?
O Saxenda é indicado para adolescentes com mais de 12 anos que pesem pelo menos 60 kg. Também é recomendado para adultos com IMC igual ou superior a 30 kg/m², caracterizando obesidade.
Ainda, pode ser útil para quem tem IMC a partir de 27 kg/m². Isso vale quando o sobrepeso vem acompanhado de diabetes tipo 2, pressão alta, variações nos níveis de gordura no sangue ou apneia do sono.
Principais riscos e efeitos colaterais do Saxenda
Os efeitos colaterais variam de reações leves até situações que exigem atenção médica imediata. Por isso, você deve conhecer todos os riscos do Saxenda antes de iniciar o tratamento.
Entre as ocorrências mais graves, estão os tumores na tireoide, incluindo câncer. Em animais, medicamentos com a mesma ação provocaram esse tipo de alteração.
Em humanos, não há comprovação direta, mas quem tem histórico familiar de carcinoma medular da tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 não deve tomar a medicação.
Outro perigo é a pancreatite, caracterizada por dor intensa no abdômen que pode irradiar para as costas.
Além disso, há registros de hipoglicemia, aumento da frequência cardíaca, desidratação causada por náuseas, vômitos ou diarreia, além de reações alérgicas graves.
Problemas na vesícula biliar, implicações gástricas e impactos na saúde mental, como depressão ou pensamentos suicidas, também foram observados.
Contraindicações do Saxenda
Saber quais são as contraindicações do Saxenda ajuda a evitar complicações associadas ao tratamento. Ele é contraindicado em casos de:
- Histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular da tireoide (CMT)
- Presença da síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (MEN 2)
- Reação alérgica grave à liraglutida ou a outros componentes da fórmula
- Pancreatite e demais condições no pâncreas
- Gastroparesia ou outras dificuldades digestivas importantes
- Cirurgias programadas que incluam anestesia geral ou sedação profunda
- Histórico de depressão ou pensamentos suicidas
- Mulheres em fase de amamentação, sem orientação médica adequada
- Uso concomitante de medicações para diabetes, como insulina e sulfonilureias, sem ajuste e acompanhamento médico
Saxenda e a interação com o diabetes
O Saxenda atua como agonista do receptor GLP-1, ajudando a controlar o açúcar no sangue de forma dependente da própria glicose.
Isso significa que a substância estimula a liberação de insulina quando os níveis do carboidrato estão altos e minimiza as chances de quedas bruscas.
Estudos clínicos mostraram reduções consistentes na hemoglobina glicada (HbA1c) entre 0,8% e 1,5%.
Esse resultado ocorreu tanto quando o remédio foi usado sozinho quanto em combinação com outros fármacos, como metformina, glimepirida, rosiglitazona ou insulina. Associado a isso, o tratamento apresentou baixas taxas de hipoglicemia.
Impactos do uso do Saxenda em grupos específicos da população
Fatores como peso, idade, sexo, etnia e condições de saúde — inclusive distúrbios nos rins ou no fígado — podem impactar a resposta ao tratamento. A seguir, confira os principais aspectos identificados em cada grupo da população.
Pessoas com maior peso corporal
Indivíduos com peso mais elevado apresentam menor exposição ao Saxenda. Mesmo assim, não há indicação de ajustar a dose apenas devido ao IMC.
A recomendação é acompanhar a resposta clínica de cada paciente para decidir a manutenção ou o aumento da dosagem.
Mulheres
Mulheres costumam ter maior concentração do fármaco no organismo em comparação aos homens. Apesar disso, essa diferença não exige mudanças na posologia, já que a variação individual é ampla.
Idosos
O avanço da idade não altera como o Saxenda é absorvido ou metabolizado. Estudos mostram que adultos jovens e mais velhos têm respostas semelhantes à droga.
Adolescentes
Em adolescentes com diabetes tipo 2, a absorção e os níveis de exposição são parecidos com aqueles notados em adultos.
Diferentes etnias
A origem racial ou étnica não determina o impacto e a segurança do Saxenda. Pesquisas realizadas em grupos caucasianos, afro-americanos e asiáticos demonstraram perfis semelhantes de resposta e absorção.
Indivíduos com insuficiência renal
Quem apresenta insuficiência renal leve ou moderada pode ingerir a medicação. Em casos de insuficiência grave ou doença renal terminal, há maior chance de acúmulo do fármaco. Isso torna a aplicação desaconselhada ou requer cautela médica.
Pessoas com insuficiência hepática
Em quadros leves e moderados de insuficiência hepática, não foram observadas mudanças relevantes na ação do princípio ativo. Mesmo assim, como a experiência clínica é restrita, recomenda-se cautela. Em casos críticos, a indicação é evitá-lo.
Precauções e cuidados ao usar Saxenda
Algumas precauções durante o uso do Saxenda são indispensáveis.
Principais cuidados na terapia com o fármaco:
- Informe o médico sobre qualquer variação no peso ou hábitos alimentares.
- Não altere a dose e evite suspendê-lo sem orientação médica.
- Se tiver diabetes, monitore a glicose regularmente para evitar hipoglicemia.
- Relate qualquer sintoma de depressão ou pensamentos suicidas ao médico.
- Não misture a aplicação de Saxenda com outros fármacos injetáveis.
- Não injete o medicamento em veias ou músculos.
- Alterne os locais de aplicação para evitar irritação na pele: barriga, coxa ou parte superior do braço.
Essa vigilância contribui para reduzir as reações adversas e ajuda a acompanhar melhor os resultados.
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Os riscos do Saxenda devem ser avaliados com cuidado antes de iniciar o tratamento. Como vimos ao longo do texto, seus efeitos podem variar desde alterações leves até complicações mais graves, como pancreatite e problemas na tireoide.
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