Conheça os principais aspectos da úlcera e seus sinais no organismo
A úlcera é uma lesão que surge na pele ou nas membranas mucosas, como na boca ou no estômago, caracterizando-se por ser uma ferida aberta que pode causar dor, desconforto e exigir acompanhamento médico adequado.

É comum que as úlceras sejam associadas a formações dolorosas e incômodas, levando a desconfortos constantes para quem as possui. Quando localizada no estômago, recebe o nome de úlcera gástrica, enquanto no duodeno é chamada de úlcera péptica.
Existem também as úlceras de pele, que surgem em pessoas com circulação comprometida ou em pacientes acamados, refletindo a gravidade das alterações no organismo.
Entender esse problema ajuda a reconhecer suas causas, identificar os sinais de alerta e adotar os cuidados necessários. Saiba como os sintomas podem se manifestar e descubra estratégias importantes para prevenir o surgimento da úlcera.
O que é uma úlcera?
A úlcera é uma espécie de ferida aberta que pode aparecer no estômago, no intestino delgado, no esôfago e até mesmo na pele.
Essa ferida se forma porque há uma perda na camada protetora da mucosa, deixando a região vulnerável. Sem essa barreira de defesa, o local fica exposto à ação de ácidos, microrganismos ou até ao atrito, o que pode causar inflamação, dor e, em alguns casos, complicações mais sérias.
Tipos de úlceras
Existem 6 tipos de úlceras:
- Úlcera gástrica;
- Úlcera duodenal;
- Úlcera esofágica;
- Úlceras de pressão;
- Úlceras nas pernas;
- Úlceras de estresse.
A úlcera gástrica, também chamada de úlcera no estômago, é uma das mais conhecidas e está ligada à ação da acidez excessiva ou da bactéria Helicobacter pylori, enquanto a úlcera esofágica aparece no tubo digestivo superior, muitas vezes associada ao refluxo.
Já a úlcera duodenal, que também faz parte do grupo das úlceras pépticas, provoca dor geralmente em períodos de jejum, sendo aliviada quando você se alimenta.
Saindo do trato gastrointestinal, existem as úlceras de pressão, que ocorrem na pele, principalmente em pessoas acamadas, como resultado da falta de circulação adequada nos tecidos.
Nas pernas, as úlceras estão relacionadas a problemas de circulação, como insuficiência venosa e arterial. No caso das chamadas úlceras de estresse, elas podem surgir após traumas físicos graves ou queimaduras.
Sintomas comuns de quem tem úlcera
Os sintomas da úlcera variam de acordo com o tipo e a gravidade, mas geralmente envolvem dor abdominal, sensação de queimação e desconforto digestivo.
Na úlcera no estômago, a dor costuma aparecer logo após as refeições, acompanhada de náuseas, inchaço abdominal e até episódios de vômito. Já nas úlceras duodenais, a dor tende a surgir em jejum, muitas vezes durante a noite, sendo temporariamente aliviada após se alimentar.
Em alguns casos, os sinais podem incluir perda de apetite, fadiga e mudanças no ritmo intestinal, mas é fundamental lembrar que somente o médico pode avaliar os sintomas e confirmar o diagnóstico.
Nos quadros mais avançados, pode haver sangramento gastrointestinal, que se manifesta por vômitos com sangue ou fezes escuras. Essa situação exige atenção imediata em pronto atendimento.
Como fica a barriga de quem tem úlcera?
Quando você tem uma úlcera no estômago, é comum perceber alterações na região abdominal. A barriga pode ficar mais sensível, com episódios de dor localizada, geralmente na parte superior. Esse desconforto pode ser descrito como queimação ou pressão interna, que se intensifica após comer ou quando o estômago está vazio.
Além da dor, a presença de gases e a distensão abdominal podem dar a sensação de inchaço frequente. Em alguns casos, surgem náuseas e uma sensação de peso constante, como se a digestão não estivesse completa.
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O que causa uma úlcera?
A úlcera pode ser causada por diferentes fatores, mas a principal razão está no desequilíbrio entre a agressão ácida e as defesas da mucosa.
Entre as principais causas está a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que enfraquece a proteção natural do estômago e do duodeno. Outra situação comum é o uso frequente de anti-inflamatórios, já que esses medicamentos reduzem a produção de substâncias que ajudam a proteger a parede do estômago.
Além disso, hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool e níveis elevados de estresse contribuem para o enfraquecimento da barreira protetora do trato digestivo.
Outro ponto importante é diferenciar a úlcera péptica de condições como gastrite e refluxo, que também provocam dor abdominal, mas não envolvem a formação de feridas abertas.
Qual é o perigo de uma úlcera?
O maior risco da úlcera está nas complicações que podem surgir quando não há diagnóstico e tratamento adequados. Lesões mais profundas podem causar sangramento gastrointestinal, que se manifesta por fezes escuras ou vômitos com sangue, sinais que exigem atendimento imediato.
Outro perigo é a perfuração da parede do estômago ou do duodeno, uma situação rara, mas que coloca a vida em risco e demanda cirurgia de emergência. Em quadros crônicos, a cicatrização inadequada pode levar a estreitamentos que dificultam a passagem dos alimentos, comprometendo a nutrição e a qualidade de vida.
Apesar desses riscos, você não precisa encarar o problema com alarmismo. Se tiver algum dos sintomas da úlcera, busque ajuda médica, garantindo diagnóstico precoce e um tratamento adequado, o que reduz significativamente as chances de complicações.
Diagnóstico da úlcera
O diagnóstico geralmente começa com a avaliação clínica e pode ser confirmado por exames que mostram como está a mucosa do aparelho digestivo.
O mais utilizado é a endoscopia digestiva alta, que permite identificar exatamente onde está a lesão e, se necessário, coletar amostras para investigar a presença da bactéria Helicobacter pylori. Já quando há suspeita de sangramento, exames de sangue e fezes ajudam a verificar se houve perda significativa de sangue no organismo.
Quais os tratamentos disponíveis?
O tratamento da úlcera depende do tipo e da causa da úlcera.
Para úlceras gástricas, o tratamento pode incluir o uso de antibióticos para tratar a infecção bacteriana que causa a úlcera, medicamentos que reduzem a quantidade de ácido no estômago e estilos de vida saudáveis.
Já para úlceras de pele, o tratamento geralmente envolve pomadas ou medicamentos de uso local, limpeza da ferida e, em alguns casos, o desbridamento, que remove tecidos danificados para facilitar a cicatrização. Esse cuidado reduz o risco de infecção e ajuda na regeneração do tecido saudável.
O que é bom para curar a úlcera?
O tratamento da úlcera depende sempre da orientação médica, mas geralmente envolve medicamentos que reduzem a acidez do estômago, como os inibidores de bomba de prótons e antagonistas H2. Quando há infecção por Helicobacter pylori, antibióticos específicos são indicados para eliminar a bactéria.
Prevenção e hábitos saudáveis
A prevenção da úlcera está diretamente ligada ao estilo de vida e aos cuidados com a saúde digestiva.
Manter uma alimentação equilibrada, com baixo consumo de alimentos muito gordurosos ou condimentados, ajuda a reduzir a irritação da mucosa gástrica. Você deve evitar o excesso de álcool e cigarro, já que ambos enfraquecem as barreiras naturais do organismo contra a acidez.
Outro ponto importante é o controle do estresse, que pode intensificar a produção de ácido no estômago e contribuir para a formação da úlcera.
Esses hábitos não descartam o acompanhamento médico regular, que garante que você tenha acesso a orientações individualizadas, especialmente em situações de risco, como o uso crônico de medicamentos.
Ao conhecer as causas, sintomas e fatores de risco, torna-se possível adotar medidas preventivas e buscar atendimento médico no momento certo. Somar cuidados pessoais à orientação profissional é essencial para reduzir riscos e garantir mais saúde e bem-estar.
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