A deficiência de vitamina B2 pode passar despercebida no início, mas afeta funções importantes do corpo. Entender seus sinais, identificar quem tem maior risco e garantir boas fontes na alimentação ajuda a manter o organismo funcionando de forma adequada.

É comum ouvir que o segredo para ter pele e cabelo saudáveis vem de dentro para fora. E de fato é verdade, pois dependemos dos nutrientes que atuam silenciosamente no nosso organismo todos os dias. A vitamina B2 é um deles.
Ela participa da produção de energia, mantém tecidos como pele e mucosas funcionando, além de apoiar processos que influenciam desde a visão até o metabolismo de outros nutrientes.
Neste artigo, você vai entender para que serve a vitamina B2, onde encontrá-la na alimentação, quais sinais o corpo pode dar quando há deficiência e quais os grupos têm maior risco de apresentar baixos níveis desse nutriente
A vitamina B2, também conhecida como riboflavina, é uma das vitaminas do complexo B e tem caráter hidrossolúvel. Ela está presente na composição de alguns alimentos, é adicionada a certos produtos e também pode ser consumida como suplemento.
Seu papel é fundamental na formação de duas coenzimas importantes: o mononucleotídeo de flavina (FMN) e o dinucleotídeo de flavina e adenina (FAD). Ambas atuam na produção de energia, no funcionamento das células, no crescimento, no desenvolvimento e no metabolismo de gorduras, medicamentos e esteróides.
Grande parte da riboflavina é utilizada quase instantaneamente e não é armazenada no organismo, sendo o excesso excretado pela urina.
Entenda como a vitamina atua no organismo.
O nutriente participa de processos celulares que auxiliam na renovação e preservação das mucosas do trato gastrointestinal, importantes para digestão, absorção de nutrientes e proteção contra agentes externos.
O fígado depende de reações metabólicas que usam as coenzimas derivadas da vitamina B2 (FMN e FAD). Elas participam da metabolização de gorduras, medicamentos e outras substâncias que passam pelo órgão.
A sua atuação também abrange processos que sustentam a integridade dos tecidos e o funcionamento do sistema nervoso. Além disso, participa de reações ligadas ao uso de oxigênio nas células, importantes para músculos e pele.
A vitamina B2 auxilia na conversão do ácido fólico em formas utilizáveis pelo organismo e favorece a absorção e utilização do ferro, processos importantes para a formação de glóbulos vermelhos.
A riboflavina também contribui para o equilíbrio oxidativo dos olhos, ajudando a proteger estruturas oculares contra danos causados por processos metabólicos e pela exposição à luz.
Para obter todos os benefícios da vitamina B2, o consumo de alguns alimentos é muito importante, entre os quais estão:
A deficiência de vitamina B2 costuma acometer pessoas em situações específicas, por exemplo, quando existem outras carências nutricionais associadas.
Distúrbios da tireoide, dietas muito restritivas e estados de desnutrição aumentam o risco de falta de vitamina B2, que causam:
Vale a pena destacar que ao perceber qualquer um desses sintomas, procure um médico ou nutricionista para avaliação e diagnóstico adequado. Isso porque esses sinais podem estar associados a outras condições de saúde e apenas um profissional poderá indicar o tratamento correto.
Conheça os grupos mais suscetíveis à falta de vitamina B2:
Pessoas que não consomem carnes, leite, queijos ou ovos tendem a ingerir menos riboflavina, já que muitos alimentos de origem animal são fontes relevantes dessa vitamina.
Isso inclui também indivíduos que consomem pouco leite ou evitam laticínios por intolerância à lactose, alergias ou preferência pessoal.
A prática esportiva aumenta a demanda metabólica de riboflavina, pois o exercício intensifica vias energéticas que dependem das coenzimas FMN e FAD. Atletas vegetarianos podem ter risco maior de deficiência por unirem maior necessidade fisiológica a uma ingestão reduzida.
Mulheres grávidas ou em fase de amamentação que têm baixo consumo de carnes e laticínios também podem apresentar deficiência. Nesses casos, a falta de riboflavina impacta tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento do bebê.
A deficiência da vitamina pode aumentar o risco de pré-eclâmpsia. Além disso, os bebês de mães com ingestão insuficiente do nutriente têm risco maior de deficiência e apresentam maiores chances de alguns defeitos cardíacos congênitos.
Com o avançar da idade, alguns fatores podem reduzir os níveis de riboflavina, como menor ingestão de alimentos variados, alterações na absorção e uso de múltiplos medicamentos que interferem no metabolismo de vitaminas do complexo B.
Alterações na tireoide podem interferir no metabolismo da riboflavina e aumentar o risco de níveis insuficientes, especialmente quando associadas a dietas restritas.
Homens e mulheres com idade igual ou superior a 19 anos precisam consumir 1,3 mg e 1,1 mg/dia de vitamina B2. No caso de gestantes, esse valor aumenta para 1,4 mg/dia.
Para crianças, bebês e adolescentes as recomendações variam conforme a idade, por exemplo: cerca de 0,3 mg/dia para bebês, 0,9 mg/dia para crianças e até 1,3 mg/dia para adolescentes do sexo masculino.
Em pessoas com absorção comprometida, seja por doenças crônicas, dietas restritivas ou demandas aumentadas, a dose considerada “adequada” pode não ser suficiente.
Essas recomendações são referências gerais. A quantidade ideal para uma pessoa variar conforme histórico clínico, dieta, condições de saúde ou uso de medicamentos.
Só um médico ou nutricionista poderá avaliar os níveis individuais, indicar exames (se necessário) e orientar a ingestão correta, seja por meio da alimentação ou, eventualmente, suplementação.
A vitamina B2 faz parte de diferentes funções no organismo, desde a produção de energia até o cuidado com pele, olhos e tecidos internos. Seus benefícios aparecem no cotidiano, e as principais fontes estão em alimentos simples e variados, o que torna a dieta balanceada o caminho mais direto para manter bons níveis da vitamina.
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