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Intolerância à lactose: como identificar, tratar e melhorar sua qualidade de vida

Descubra o que é intolerância à lactose, seus sintomas, como fazer o diagnóstico e as melhores opções de tratamento e alimentação.

Por Redação Sara
03/06/2025 Atualizado há 5 meses
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Intolerância à lactose: como identificar, tratar e melhorar sua qualidade de vida

Algumas pessoas têm dificuldade para digerir o leite e seus derivados. Isso ocorre por conta da intolerância à lactose, uma condição provocada pela produção insuficiente da enzima lactase, que é responsável por decompor o açúcar do leite durante a digestão. A boa notícia é que há alternativas seguras para lidar com esse problema.

A intolerância à lactose pode ser definida como uma condição frequente que impacta milhões de pessoas ao redor do planeta. Ela acontece quando o organismo tem dificuldade para digerir o açúcar natural do leite e seus derivados, causando sintomas desconfortáveis, como gases, inchaço, cólicas e episódios de diarreia. 

Existem diferentes tipos de sensibilidade, cada um com causas e características específicas. Conhecer essas variações é fundamental para identificar o problema corretamente e buscar o tratamento ou adaptação alimentar mais adequada.

Os 3 principais tipos de intolerância à lactose

A sensibilidade às bebidas e comidas lácteas estão classificadas em três modalidades, que vão desde os fatores genéticos até a manifestação congênita rara. Veja cada um deles a seguir.

1. Intolerância primária (ou hipolactasia do adulto)

É o tipo mais comum e está relacionado a fatores genéticos. Com o passar do tempo, especialmente após a infância, muitas pessoas diminuem naturalmente a produção da enzima lactase, responsável por digerir o açúcar presente nos lácteos e seus derivados. 

Essa redução é frequente em populações que, historicamente, não mantiveram o hábito de consumir leite na fase adulta, como em partes da Ásia, África e América do Sul.

2. Secundária

Ocorre quando há algum dano à mucosa do intestino delgado, que compromete temporariamente a produção de lactase. 

Esse tipo pode surgir em decorrência de infecções intestinais, doenças inflamatórias como a doença de Crohn ou a doença celíaca, uso prolongado de antibióticos ou mesmo após tratamentos como quimioterapia. 

Nesses casos, os sintomas tendem a desaparecer quando a condição subjacente é tratada e o intestino se recupera.

3. Congênita (ou deficiência congênita de lactase)

É extremamente rara e se manifesta desde os primeiros dias de vida. Trata-se de uma condição hereditária, causada por uma mutação genética que impede o organismo do bebê de produzir lactase desde o nascimento. 

Isso faz com que qualquer ingestão de lácteos seja comprometida, incluindo o aleitamento materno. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e a criança precisa ser alimentada com fórmulas especiais isentas de açúcar do leite desde os primeiros dias.

Sintomas de intolerância à lactose

Os sintomas costumam aparecer entre 30 minutos e 2 horas após o consumo de alimentos com açúcar lácteo e podem variar em intensidade, conforme a quantidade ingerida e o grau do distúrbio digestivo. Entre os principais, temos:

  • Inchaço abdominal;
  • Gases (flatulência);
  • Cólicas abdominais;
  • Diarreia;
  • Náuseas;
  • Desconforto ou dor abdominal;
  • Sensação de peso no estômago;
  • Borborigmos (ruídos intestinais);
  • Evacuações ácidas ou com odor forte;
  • Vômitos (mais comum em crianças).

Causas da intolerância

A condição pode surgir por diferentes motivos. Abaixo, você confere os principais:

  • Redução natural da lactase com a idade;
  • Fatores genéticos/hereditários;
  • Doenças intestinais (como doença celíaca, doença de Crohn, gastroenterite);
  • Lesões na mucosa intestinal;
  • Cirurgias intestinais que afetam o intestino delgado;
  • Uso prolongado de antibióticos;
  • Tratamentos agressivos, como quimioterapia ou radioterapia;
  • Condição congênita rara, no qual o bebê já nasce sem produção de lactase.

Diagnóstico de intolerância à lactose

O diagnóstico pode ser feito de diferentes formas, combinando avaliação clínica com exames específicos. Veja os principais métodos:

1. Avaliação clínica

O médico analisa os sintomas relatados pelo paciente, como inchaço, cólicas, diarreia e gases após o consumo de leite e derivados. 

Muitas vezes, recomenda-se uma dieta sem lactose (retirada temporária dos laticínios) para observar se há melhora dos sintomas.

2. Teste oral

O paciente consome uma quantidade controlada de lactose, e a glicose no sangue é monitorada em intervalos de tempo. Caso os níveis de glicose não aumentem, isso indica uma dificuldade na digestão do açúcar do leite.

3. Teste do hidrogênio expirado

É um dos exames mais usados. Após a ingestão de lactose, mede-se a quantidade de hidrogênio no ar expirado. Valores elevados indicam fermentação no intestino, um sinal claro de distúrbio digestivo.

4. Teste de acidez nas fezes

Mais comum em bebês e crianças pequenas, ocorre para identificar se o açúcar do leite não foi digerido, acidificando as fezes, o que pode ser medido em laboratório.

5. Biópsia do intestino delgado (raro)

É usada somente em casos específicos, geralmente para investigar a sensibilidade ao açúcar do leite secundária, relacionada a doenças intestinais. Ele avalia diretamente a presença ou ausência da enzima lactase na mucosa intestinal.

Tratamento e manejo da intolerância à lactose

O tratamento pretende aliviar os sintomas e permitir que a pessoa tenha uma alimentação equilibrada. 

O principal passo é reduzir ou eliminar o consumo de alimentos como leite, queijos e iogurtes tradicionais. Em muitos casos, é possível consumir pequenas quantidades desses alimentos sem causar sintomas, dependendo do grau do distúrbio.

Além disso, existem versões de muitos produtos lácteos, que passam por um processo enzimático que quebra a substância presente nos lácteos antes do consumo. 

Outra opção é o uso de enzimas lactase em cápsulas ou gotas, que podem ser ingeridas com os alimentos para auxiliar na digestão do açúcar.

É importante garantir o consumo adequado de cálcio e vitamina D, principalmente se os produtos lácteos forem eliminados da dieta, o que pode ser feito com outros alimentos ricos nesses nutrientes ou com suplementação, quando necessário.

Nos casos de intolerância secundária, o tratamento da condição intestinal de base costuma restaurar a produção de lactase e permitir o retorno gradual do consumo de produtos derivados do leite. 

Já nos casos de distúrbio congênito, a exclusão total da dieta é necessária por toda a vida.

Intolerância à lactose na criança vs. adulto

Em crianças, especialmente bebês, os problemas com a digestão dos laticínios são mais raros e associados a condições específicas, como infecções intestinais ou, em casos muito raros, à deficiência congênita de lactase. 

Essa última se manifesta logo nos primeiros dias de vida, com sintomas como diarreia intensa, desidratação e dificuldade para ganhar peso após o consumo do leite materno ou fórmulas. 

Já a reação secundária pode surgir após episódios de gastroenterite ou doenças inflamatórias intestinais, mas tende a ser temporária.

Em adultos, a forma mais comum é a primária, e costuma se manifestar a partir da adolescência ou fase adulta, sendo influenciada por fatores genéticos.

Em ambos os casos, o tratamento envolve a redução do consumo de lactose, a adoção de alimentos ou fórmulas livres desse componente, e o cuidado com a ingestão de nutrientes como cálcio e vitamina D. 

Porém, em crianças, é essencial o acompanhamento pediátrico para garantir o crescimento e desenvolvimento adequados.

Prevenção e dicas para lidar com intolerância à lactose e a saúde digestiva

Embora a intolerância não possa ser totalmente evitada, especialmente quando tem origem genética, é possível adotar hábitos que ajudam a reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Confira!

  • Conheça o seu nível de tolerância: algumas pessoas conseguem consumir pequenas quantidades de açúcar dos laticínios, sem apresentar sintomas. Testar alimentos gradualmente pode ajudar a entender o quanto seu corpo tolera.
  • Dê preferência a produtos sem lactose: hoje existem diversas opções no mercado, como leite, queijos e iogurtes livres do açúcar, digeridos com facilidade, que mantêm o valor nutricional.
  • Leia os rótulos com atenção: o açúcar dos laticínios pode estar presente em alimentos industrializados como pães, bolos, molhos prontos e embutidos. Verifique os ingredientes antes de consumir.
  • Use enzimas lactase: suplementos em gotas ou comprimidos auxiliam na digestão, quando ingeridos junto aos alimentos. Podem ser uma boa alternativa para quem não quer eliminar totalmente os derivados.
  • Inclua fontes alternativas de cálcio: verduras escuras (como couve), sementes (chia, gergelim), leguminosas, tofu e bebidas vegetais enriquecidas são boas opções para manter a saúde óssea.
  • Mantenha um diário alimentar: anotar o que você come e como se sente pode ajudar a identificar alimentos que causam desconforto.
  • Procure acompanhamento profissional: nutricionistas e médicos ajudam a montar uma dieta equilibrada e segura, além de orientar sobre suplementação.

A intolerância à lactose, embora possa causar desconfortos significativos, é uma condição que pode ser controlada com informação, adaptação alimentar e acompanhamento profissional. Com os cuidados certos, é possível viver bem e com saúde.

Como última dica, vale lembrar que muitos medicamentos e suplementos, como as enzimas lactase, possuem bulas online. A leitura atenta dessas informações no site da Sara te ajuda a entender melhor o modo de uso, contraindicações e recomendações. Confira!

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