O impacto da artrose vai além do físico, alcançando também a vida emocional e social de quem convive com a doença, já que tarefas simples, como caminhar ou se levantar de uma cadeira, podem se tornar desafiadoras.
Essa limitação funcional não acontece de forma repentina, mas sim ao longo de um processo lento de desgaste articular, que tende a se intensificar quando não é tratado adequadamente.
Por isso, compreender essa condição significa reconhecer que dor nas articulações e rigidez não devem ser vistas como parte inevitável da vida, mas sim como sinais que merecem atenção.
A artrose é uma condição degenerativa que compromete a integridade da cartilagem que reveste as articulações, provocando dor, rigidez e limitação de movimento.
Esse desgaste progressivo ocorre quando a cartilagem, responsável por amortecer o atrito entre os ossos, passa a se desgastar de maneira acelerada. Quando há cartilagem desgastada, os ossos ficam em contato direto, gerando inflamação nas articulações e dificultando a realização de movimentos que antes eram simples, como caminhar ou subir escadas.
Apesar de frequentemente confundidas, artrite e artrose não são a mesma condição. A artrite tem como característica central a inflamação da articulação, geralmente de origem autoimune ou infecciosa, enquanto a artrose está relacionada ao desgaste mecânico da cartilagem.
Esse ponto de distinção é essencial, pois os tratamentos também são diferentes. Enquanto a artrite pode exigir imunossupressores ou outras terapias específicas para controlar a inflamação sistêmica, a artrose demanda uma abordagem mais voltada para o controle da dor, preservação da função articular e prevenção da progressão do desgaste.
Não é possível mensurar qual é mais grave. Tanto a artrite quanto a artrose podem comprometer severamente a qualidade de vida se não houver diagnóstico precoce e manejo adequado.
Na artrite, a inflamação crônica pode resultar em lesões irreversíveis e até atingir outros órgãos além das articulações. Já na artrose, a dor contínua e as limitações funcionais podem levar a deformidades ósseas e perda significativa da mobilidade. Em ambos os cenários, a ausência de acompanhamento médico é um fator decisivo para a piora do quadro.
Mais do que estabelecer qual é a mais grave, é importante saber que ambas exigem cuidados constantes e adesão ao tratamento. Somente assim é possível reduzir complicações e preservar o bem-estar do paciente.
A artrose pode ser causada por uma série de fatores, como o envelhecimento que reduz naturalmente a capacidade do corpo para regenerar a cartilagem, lesões anteriores nas articulações, excesso de peso, prática de esportes de alto impacto e até mesmo predisposição genética.
Além disso, muitas vezes, não há uma única causa, mas uma combinação de fatores que leva ao desenvolvimento da artrose.
Entre os principais fatores de risco estão o envelhecimento, que naturalmente reduz a capacidade de regeneração da cartilagem, e a predisposição genética, que pode tornar algumas pessoas mais suscetíveis ao desgaste. O excesso de peso é outro elemento determinante, pois sobrecarrega articulações como quadris e joelhos, acelerando o processo degenerativo.
Histórico de traumas e lesões articulares, mesmo antigos, também favorece o surgimento da doença, já que podem comprometer a estabilidade da articulação a longo prazo. Além disso, a prática de esportes de alto impacto, que gera sobrecarga repetida, e o sedentarismo, que enfraquece a musculatura de sustentação, são extremos igualmente prejudiciais para a saúde articular.
Esses fatores não atuam isoladamente, mas de forma combinada, reforçando a importância da prevenção e da atenção médica constante, especialmente para quem apresenta risco aumentado.
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Os principais sintomas da artrose incluem:
Além desses sinais, é comum o aparecimento de rigidez matinal, que tende a melhorar com o movimento ao longo do dia, estalos durante os movimentos e, em estágios avançados, deformidades visíveis nas articulações.
O diagnóstico da artrose é realizado por meio de avaliação clínica detalhada e exames complementares. O médico investiga sintomas como dor, rigidez e perda de movimento, além de analisar histórico de saúde e fatores de risco associados.
Entre os exames que podem ser solicitados para você, estão as radiografias, que permitem visualizar alterações típicas da doença, como redução do espaço articular e presença de osteófitos.
Em casos específicos, pode ser necessário fazer uma ressonância magnética e alguns exames laboratoriais podem ser solicitados para descartar outras condições, como o PCR, teste de velocidade de hemossedimentação (VHS) e fator reumatoide.
Somente seu médico pode fechar o diagnóstico de forma correta – o autodiagnóstico é perigoso e pode levar a tratamentos inadequados. Por isso, se você notar sintomas persistentes, procure por uma orientação especializada.
A artrose pode afetar diferentes articulações, mas é mais comum em joelhos, quadris, mãos e coluna. Essas regiões suportam maior carga ou realizam movimentos repetitivos, o que favorece o desgaste da cartilagem.
Ainda que qualquer articulação possa ser afetada, a distribuição da doença geralmente acompanha os pontos de maior esforço mecânico.
Atualmente não existe cura para a artrose. No entanto, existem muitas formas de gerenciar a condição e de manter a qualidade de vida. O tratamento adequado pode aliviar a dor, melhorar a função e retardar a progressão da doença.
A ausência de cura definitiva não significa ausência de esperança. Pelo contrário, com estratégias adequadas é possível viver bem e de forma ativa, mesmo convivendo com a doença.
Então, agora é hora de conhecer os tratamentos disponíveis e as diferentes abordagens que podem ser combinadas de acordo com cada caso.
O tratamento para artrose é individualizado e pode incluir medicamentos, fisioterapia e mudanças de hábitos.
Entre os recursos farmacológicos, estão os medicamentos para artrose, como analgésicos e anti-inflamatórios, que ajudam a controlar a dor e a inflamação. Em alguns casos, condroprotetores e infiltrações podem ser utilizados para melhorar os sintomas.
Sempre que houver dúvidas, é importante consultar as bulas digitais para entender a indicação e os possíveis efeitos adversos.
A fisioterapia para artrose é uma das principais formas de tratamento não farmacológico, auxiliando no fortalecimento muscular, melhora da mobilidade e redução da dor. Além disso, mudanças no estilo de vida, como controle do peso e prática de exercícios para artrose, como atividades de baixo impacto, contribuem para preservar sua função articular.
O alívio dos sintomas depende da combinação de medidas médicas e de autocuidado.
Além dos medicamentos prescritos, manter uma rotina de alongamentos, atividade física supervisionada e fisioterapia regular ajuda a controlar a dor. Recursos como compressas mornas podem ser utilizados em momentos de crise, sempre respeitando a orientação profissional.
Quando a artrose não recebe tratamento adequado, pode levar a complicações importantes, como deformidades articulares, limitação funcional grave e dor persistente.
A progressão do desgaste sem acompanhamento favorece a perda de mobilidade, o que impacta diretamente a independência do paciente. O quadro de dor crônica pode gerar repercussões emocionais, como ansiedade e depressão.
Essas complicações reforçam a importância do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento, já que o controle da doença evita prejuízos maiores à saúde e preserva a autonomia do paciente.
Alguns cuidados são fundamentais para prevenir a progressão da artrose e manter a saúde das articulações. Entre eles estão:
Essas medidas ajudam a proteger as articulações e reduzem o risco de evolução da doença. A prevenção, quando possível, é sempre o melhor caminho para preservar a função articular e garantir maior qualidade de vida.
Afinal, a artrose é uma condição complexa que envolve fatores genéticos, mecânicos e de estilo de vida. Ela não possui uma cura, mas existe uma ampla variedade de estratégias eficazes para controle dos sintomas, desde o uso de medicamentos para artrose até fisioterapia para artrose, além de cuidados diários e mudanças de hábitos que preservam a função articular.
O acompanhamento médico contínuo é a melhor forma de ajustar o tratamento da artrose no joelho e de outras regiões mais afetadas, garantindo equilíbrio entre alívio dos sintomas e preservação da mobilidade.
Prevenção e autocuidado caminham lado a lado nesse processo, reforçando que qualidade de vida e artrose podem coexistir quando há cuidado e atenção.
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