Asma sintomas: como identificar os sinais e controlar a doença

A asma não tem cura, por ser uma doença crônica que causa inflamação e obstrução das vias respiratórias recorrentemente. Porém, os sintomas da asma podem ser controlados eficazmente com o tratamento correto, evitando crises e permitindo que a pessoa leve uma vida normal e ativa.

A asma e seus sintomas caracterizam uma doença respiratória crônica, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando inflamação e estreitamento das vias aéreas. 

Suas manifestações, como falta de ar, chiado no peito e tosse, variam de leve a grave, impactando significativamente a qualidade de vida de quem convive com a condição. 

Entender os sinais, o diagnóstico, o tratamento e as formas de prevenção é fundamental para controlar a doença e evitar crises que podem ser perigosas.

Principais sintomas de asma

Os pacientes que sofrem com a doença apresentam:

• Dificuldade para respirar, especialmente ao fazer esforço físico ou à noite;
• Chiado no peito (sibilância), com um som semelhante a um assobio ao expirar;
• Tosse persistente, pior à noite ou nas primeiras horas da manhã, que pode ser seca ou com catarro;
• Sensação de aperto no peito, como se ele estivesse sendo comprimido;
• Dificuldade para dormir causada pelos sintomas respiratórios, especialmente tosse e falta de ar noturna;
• Fadiga, devido à má qualidade do sono ou esforço para respirar.

Como reconhecer uma crise asmática?

As crises acontecem quando os sintomas se intensificam repentinamente, tornando a respiração difícil e cansativa. A pessoa pode ter tosse contínua, chiado forte no peito, sensação de aperto e dificuldade até para falar ou se movimentar. 

Nesses momentos, é essencial usar a bombinha de alívio rápido, manter a calma e procurar ajuda médica, se não houver melhora em poucos minutos, pois a falta de oxigênio pode colocar a vida em risco.

Diferenças de sintomas de asma em crianças e adultos

As manifestações da doença são semelhantes em crianças e adultos, mas podem se manifestar de formas diferentes e, muitas vezes, são mais difíceis de identificar nos pequenos. Veja as principais diferenças:

Em crianças:

• Tosse frequente, especialmente à noite, ao rir, correr ou após choro;
• Chiado no peito e respiração rápida são comuns;
• Fadiga incomum ao brincar ou praticar atividades físicas;
• Irritabilidade e dificuldade para dormir, devido à tosse ou falta de ar;
• Às vezes, suas manifestações são confundidas com gripes e bronquites repetidas.

Em adultos:

• Falta de ar aos esforços, tosse seca e chiado no peito;
• Desempenho físico reduzido, com cansaço em atividades do dia a dia;
• Desencadeadores claros, como poeira, fumaça, ar frio, cheiros fortes ou exercícios.
• Em casos leves, os sinais podem ser intermitentes e passar despercebidos por anos.

Diagnóstico da asma

O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica, histórico médico e exames específicos. 

O médico considera sinais como falta de ar, chiado no peito, tosse frequente e sensação de aperto no peito, especialmente se essas manifestações pioram à noite, durante exercícios ou em contato com alérgenos. 

Para confirmar, são realizados exames como a espirometria, que mede a capacidade pulmonar e o fluxo de ar, além de testes de broncoprovocação e avaliação da resposta a broncodilatadores. 

Em crianças pequenas, onde a espirometria nem sempre é possível, o diagnóstico é baseado principalmente na observação dos sinais ao longo do tempo e na exclusão de outras doenças respiratórias.

Tratamento e medicamentos para asma

O tratamento visa controlar as manifestações, prevenir crises e manter uma boa qualidade de vida. Ele é dividido em medicação de controle (uso contínuo) e medicação de alívio (uso em crises).

Medicamentos de controle (uso diário)

São usados para prevenir inflamações e reduzir a sensibilidade das vias aéreas, sendo os principais:

• Corticoides inalatórios (ex: budesonida, beclometasona): principais remédios de manutenção;
• Broncodilatadores de longa duração (ex: salmeterol, formoterol): geralmente combinados com corticoides;
• Antileucotrienos (ex: montelucaste): especialmente úteis em pacientes alérgicos;
• Biológicos (ex: omalizumabe, mepolizumabe): indicados em casos graves e refratários ao tratamento comum.

Medicamentos de alívio (uso em crises)

São usados para aliviar rapidamente os sintomas durante uma crise asmática:

• Broncodilatadores de curta duração (ex: salbutamol – conhecido como "bombinha de resgate");
• Anticolinérgicos (ex: ipratrópio) – usados em emergências, geralmente em conjunto com o salbutamol.

Prevenção e controle

A prevenção e o controle da doença envolvem cuidados diários para evitar crises e manter os sintomas sob controle. Isso inclui o uso correto dos medicamentos prescritos, especialmente os de controle contínuo, mesmo na ausência de sintomas. 

É fundamental identificar e evitar os fatores que desencadeiam as crises, como poeira, ácaros, mofo, fumaça, cheiros fortes, ar frio, pelos de animais e infecções respiratórias. 

Manter o ambiente limpo e arejado, usar capas antiácaros em colchões e travesseiros e evitar o tabagismo (ativo e passivo) também são medidas importantes. 

A prática regular de exercícios físicos pode ser benéfica, desde que orientada por um profissional de saúde. Além disso, o acompanhamento médico regular permite ajustar o tratamento conforme a necessidade e garantir o controle adequado da doença.

Dicas para melhorar a qualidade de vida

Aqui estão algumas dicas importantes para melhorar a qualidade de vida de quem tem asma e seus sintomas:

• Siga o tratamento corretamente: use os medicamentos para asma conforme prescrição médica;

• Evite os desencadeadores: identifique o que piora sua condição (como poeira, mofo, fumaça, perfumes fortes, pelos de animais) e tente evitar o contato;

• Mantenha a casa limpa e arejada: use pano úmido para limpar, evite tapetes, cortinas pesadas e bichos de pelúcia;

• Não fume e evite ambientes com fumaça: o tabagismo é um dos maiores agravantes das doenças respiratórias crônicas;

• Pratique atividade física com orientação médica: exercícios podem melhorar a função pulmonar, desde que bem acompanhados;

• Vacine-se regularmente: vacinas contra gripe e pneumonia previnem infecções que podem desencadear crises;

• Monitore as manifestações: anote quando e como eles aparecem para auxiliar no ajuste do tratamento;

• Tenha um plano de ação para crises: saber o que fazer diante de uma crise pode salvar vidas;

• Cuide da saúde emocional: ansiedade e estresse podem agravar a condição, então o equilíbrio emocional é essencial;

• Mantenha acompanhamento médico, com avaliações regulares para ajustar a medicação e prevenir complicações.

De modo geral, a asma e seus sintomas podem ser bem controlados com tratamento adequado, mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico contínuo. 

Quando o paciente entende a doença, evita os fatores que desencadeiam as crises, segue corretamente o uso dos medicamentos e adota hábitos saudáveis, é possível ter uma vida ativa, segura e com qualidade. 

Tanto a informação e a prevenção da asma, quanto os cuidados diários, são ferramentas poderosas para manter a condição sob controle e evitar complicações graves.

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