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Como identificar a dislexia e seus sintomas

A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem que interfere na forma como o cérebro reconhece e processa a linguagem escrita.

Por Redação Sara
24/07/2025 Atualizado há um dia
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Como identificar a dislexia e seus sintomas

Embora afete a leitura, a escrita e a ortografia, não está relacionada à inteligência ou ao interesse nos estudos. A identificação precoce e o apoio adequado podem transformar a experiência de aprendizado e promover uma trajetória escolar e pessoal mais leve e acolhedora.

Muitas pessoas convivem com a dislexia sem saber. Por ser um transtorno delicado e, em alguns casos, neglicenciado, conhecer os sintomas de dislexia e entender como eles se manifestam em diferentes idades e contextos. 

A seguir, conheça os principais aspectos desse transtorno, com foco na informação clara e sem julgamentos.

O que é dislexia?

A dislexia é um transtorno de origem neurobiológica que afeta habilidades relacionadas à leitura, escrita e ortografia. 

Ela está ligada a uma diferença na forma como o cérebro processa os sons da linguagem (fonemas) e os associa às letras e palavras. O que pode acarretar diferentes dificuldades na fluência de leitura, na compreensão do que se lê e na escrita correta das palavras.

Um ponto importante no diagnóstico e nas correlações de comportamentos, é que pessoas com dislexia podem ter inteligência dentro ou acima da média e apresentar um desempenho escolar instável, que muitas vezes é mal interpretado. 

Esse transtorno não é causado por falta de esforço, má vontade ou negligência. Pelo contrário, quem tem dislexia pode se esforçar muito mais para acompanhar os colegas e mesmo assim encontrar barreiras recorrentes.

As manifestações variam de pessoa para pessoa, com graus diferentes de comprometimento. Com apoio multiprofissional, é possível desenvolver estratégias de aprendizagem adaptadas e promover o bem-estar emocional e social.

Quais são os 3 tipos de dislexia?

Os 3 tipos de dislexia são:

  1. Dislexia fonológica;
  2. Dislexia superficial;
  3. Dislexia mista.

Cada uma delas possui características próprias, exploradas a seguir:

Dislexia fonológica 

É a mais comum e está relacionada à dificuldade em associar os sons às letras. A pessoa pode ter problemas para decodificar palavras novas, rimar ou perceber sons semelhantes. Isso afeta a fluência na leitura e a escrita correta das palavras.

Dislexia superficial 

Envolve maior dificuldade em reconhecer palavras por sua forma global. Pessoas com esse tipo podem ler bem palavras foneticamente simples, mas erram palavras irregulares e cometem trocas visuais na leitura (como confundir "tarde" com "trade").

Dislexia mista 

Nesses casos, dois tipos anteriores estão presentes. Ela costuma ser mais desafiadora, pois combina dificuldades de decodificação fonológica com o reconhecimento visual de palavras. É comum que esse tipo exija maior adaptação pedagógica.

Diferença entre dislexia e outras dificuldades de aprendizagem

A dislexia é uma entre diversas condições que impactam o aprendizado. Ela se diferencia por afetar especificamente as habilidades linguísticas, como leitura, escrita e ortografia, apesar de não comprometer a inteligência geral.

Outras dificuldades de aprendizagem, como disortografia, discalculia ou transtorno de déficit de atenção (TDAH), podem afetar outras áreas, como a escrita de forma geral, o raciocínio matemático ou a capacidade de manter o foco. 

Em alguns casos, essas condições podem coexistir com a dislexia, mas são diagnósticos distintos.

A diferença está na forma como os sintomas se manifestam e no tipo de dificuldade relatada. A única forma de identificar corretamente e evitar rótulos e realizar uma avaliação com equipe especializada.

Quais são os principais sintomas da dislexia

Existem 10 sintomas que podem estar atrelados ao diagnóstico de dislexia:

  1. Dificuldade em aprender a ler;
  2. Trocas ou omissões de letras ao ler, ou escrever;
  3. Escrita com muitos erros ortográficos;
  4. Lentidão na leitura;
  5. Problemas de compreensão de textos;
  6. Dificuldade para copiar da lousa;
  7. Confusão com a ordem das letras nas palavras;
  8. Problemas de memória de curto prazo;
  9. Dificuldade para rimar ou segmentar palavras;
  10. Desorganização ao escrever frases ou textos.

Pessoas com dislexia podem demonstrar comportamentos variados, dependendo da idade, grau da condição e contexto. Em geral, apresentam dificuldades persistentes em ler e escrever, mesmo com ensino adequado.

Durante a leitura, pode haver troca ou omissão de letras, lentidão e necessidade de releitura. Na escrita, erros frequentes de ortografia, inversão de letras (como "b" e "d") e dificuldade em organizar ideias no papel são comuns. Além disso, é possível que se sintam frustradas, ansiosas ou evitem atividades que envolvam leitura em público.

Em crianças, os sintomas de dislexia são, muitas vezes, confundidos com preguiça ou desinteresse. Já para a dislexia em adultos pode impactar a vida profissional, mas também pode ser contornada com estratégias adaptadas.

No entanto, vale reforçar: cada pessoa com dislexia é única, e não há um padrão fixo de comportamento. O mais importante é oferecer acolhimento e apoio adequados, respeitando o ritmo e as potencialidades individuais.

Sinais emocionais e comportamentais associados à dislexia

Junto aos sintomas de dislexia, podem surgir emoções como frustração, insegurança e baixa autoestima. Isso ocorre, principalmente, quando a pessoa não compreende a razão das dificuldades ou se sente pressionada a acompanhar um ritmo de aprendizado que não respeita suas necessidades.

Crianças podem evitar ler em voz alta, demonstrar medo de errar ou apresentar agitação em momentos escolares. No caso de adultos, eles podem preferir tarefas visuais ou práticas, evitando locais nos quais o contexto é de leitura intensa. 

Esses sinais de dislexia podem ser confundidos com timidez ou desinteresse, por isso, é fundamental olhar para o comportamento com empatia.

Como é feito o diagnóstico de dislexia?

O diagnóstico de dislexia é clínico e envolve a análise detalhada de vários aspectos do desenvolvimento da pessoa. Não existe um exame laboratorial que identifique a dislexia, mas sim uma série de instrumentos de avaliação neuropsicológica e pedagógica.

A equipe multiprofissional realiza testes de leitura, escrita, memória, linguagem e habilidades cognitivas. Essa avaliação busca compreender o perfil de funcionamento da pessoa e diferenciar a dislexia de outras dificuldades de aprendizagem.

Para além da atuação dos profissionais, a colaboração faz toda a diferença nesse processo, permitindo um olhar mais completo e humano. Um transtorno de aprendizagem como a dislexia pode ser manejado com mais eficácia quando identificado com cuidado e responsabilidade.

A falta de um diagnóstico pode levar a interpretações equivocadas, punições injustas ou exclusão escolar. Ao reconhecer os sinais com empatia e encaminhar para avaliação especializada, é possível mudar trajetórias e fortalecer as potencialidades de cada um.

Importância do diagnóstico precoce

Quanto antes a dislexia for identificada, maiores são as chances de promover um aprendizado positivo e com menos sofrimento. O diagnóstico precoce permite intervenções adaptadas às necessidades da criança ou do jovem, facilitando a construção da autoestima e da autonomia.

Tratamento e acompanhamento: como lidar com a dislexia

O tratamento da dislexia não tem como objetivo "curar" o transtorno, mas sim oferecer suporte individualizado para desenvolver habilidades e compensar dificuldades. A abordagem é multidisciplinar, envolvendo pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e, em alguns casos, neurologistas.

As estratégias incluem o uso de métodos fonéticos para leitura e escrita, adaptações pedagógicas, uso de tecnologias assistivas, apoio emocional e fortalecimento das competências não afetadas pela dislexia. Em casos específicos, pode haver a indicação de terapias complementares, sempre com orientação profissional.

O acompanhamento deve ser constante e ajustado conforme a idade, os objetivos pessoais e o contexto escolar ou profissional. Família e escola também têm papel essencial nesse processo, criando um ambiente acolhedor e sem estigmas.

Mitos comuns sobre a dislexia

A dislexia é frequentemente cercada por equívocos, o que pode dificultar a compreensão e a empatia em relação ao transtorno. 

Um dos principais mitos é o de que a dislexia está ligada à baixa inteligência. Na realidade, trata-se de uma condição neurológica específica que afeta como o cérebro processa a linguagem escrita, sem qualquer relação direta com a capacidade cognitiva da pessoa.

Outro equívoco comum é pensar que a dislexia é causada por problemas visuais. Embora algumas pessoas disléxicas possam inverter letras ou números ao escrever, ou ler, a origem do transtorno está na forma como o cérebro interpreta sons e símbolos, e não na visão em si. 

Essa confusão pode levar a abordagens inadequadas de tratamento. Também é incorreto afirmar que a dislexia desaparece com o tempo ou que é superada apenas com força de vontade. 

Embora o acompanhamento adequado e estratégias de apoio permitam um desenvolvimento significativo, a dislexia acompanha o indivíduo ao longo da vida e requer adaptações contínuas, especialmente em contextos escolares e profissionais.

É importante desfazer o mito de que todos os disléxicos apresentam os mesmos sinais. Para isso, você precisa compreender os sintomas de dislexia para acolher, apoiar e promover o desenvolvimento de quem convive com esse transtorno de aprendizagem. Seja na infância ou na vida adulta, o reconhecimento e o tratamento adequado fazem toda a diferença.

A Sara oferece informações de qualidade e seguras sobre condições de saúde como a dislexia, além de facilitar o acesso às bulas digitais e conteúdos que podem funcionar ferramentas de apoio à saúde. 

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