Ela representa alterações no ritmo dos batimentos cardíacos que nem sempre sinalizam algo grave — mas, dependendo do tipo e da frequência, podem indicar a necessidade de cuidados específicos.
Seja silenciosa ou acompanhada de sintomas como tontura e palpitações, essa condição chama a atenção por sua variedade de causas e formas de manifestação. Entender os sintomas, os possíveis fatores desencadeantes e as opções de tratamento é um passo importante para o cuidado com a saúde cardiovascular.
Além de ampliar o olhar para a prevenção, essa compreensão ajuda a reconhecer sinais de alerta, respeitar os limites do corpo e buscar apoio médico quando necessário.
A arritmia cardíaca é uma condição que ocorre quando as atividades elétricas do coração não funcionam corretamente, resultando em batimentos cardíacos irregulares.
Pode haver batimentos rápidos, lentos ou mesmo pulados. É importante notar que a maioria das arritmias são inofensivas, mas algumas podem ser sérias ou até mesmo ameaçar a vida.
O coração funciona com base em impulsos elétricos que coordenam o ritmo e a frequência dos batimentos. Esse sistema elétrico natural garante que o sangue seja bombeado de forma eficiente para todo o corpo. Quando esse processo é interrompido ou alterado, surgem os batimentos cardíacos irregulares, caracterizando uma arritmia.
Essas alterações podem se manifestar em repouso, durante o esforço físico ou em momentos de estresse. Em alguns casos, o paciente sente sintomas evidentes; em outros, a arritmia cardíaca é silenciosa e descoberta em exames de rotina. Por isso, manter a atenção à saúde do coração é fundamental para que a arritmia não cause transtornos em sua rotina.
São conhecidos 4 tipos de arritmia:
A taquicardia é caracterizada por batimentos acelerados, geralmente acima de 100 por minuto. Já a bradicardia é o oposto: batimentos lentos, abaixo de 60 por minuto.
Enquanto a fibrilação atrial é um tipo comum de arritmia, causada por contrações desorganizadas dos átrios, podendo aumentar o risco de AVC. Já as extrassístoles são batimentos antecipados que podem causar sensação de pausa ou "salto" no peito, geralmente benignas, mas merecem atenção se forem frequentes.
Cada tipo exige uma avaliação cuidadosa para definir se há risco à saúde e qual a melhor conduta.
São 5 os sintomas que levam a suspeita de arritmia cardíaca:
As palpitações são o sintoma mais comum da arritmia cardíaca, descritas como batimentos acelerados, irregulares ou sensação de "coração pulando".
Em casos de tontura, ela pode ocorrer pela redução do fluxo de sangue ao cérebro, e, em casos mais severos, leva ao desmaio.
Quando a falta de ar surge quando o coração não consegue bombear o sangue adequadamente, e a dor no peito pode indicar sobrecarga ou falta de oxigênio no músculo cardíaco.
Esses sintomas, isoladamente ou em conjunto, devem ser observados com atenção e levados a um profissional.
Vários fatores podem contribuir para a arritmia cardíaca. Algumas doenças cardíacas, como doença arterial coronária, insuficiência cardíaca ou doenças das válvulas cardíacas, podem causar arritmia.
Certos medicamentos, o uso de drogas recreativas, o consumo de álcool e o estresse também podem desencadear este problema. Em alguns casos, a causa da arritmia não é conhecida.
Além das condições cardíacas já mencionadas, há também fatores como histórico familiar, envelhecimento natural do sistema cardiovascular e alterações hormonais que podem desencadear tipos de arritmia cardíaca.
Olhando para a questão do uso inadequado de medicamentos, a preocupação surge quando em casos de descongestionantes ou remédios para pressão. Eles podem interferir na condução elétrica do coração e gerar arritmia.
Estimulantes como cafeína e energético, amplamente consumidos hoje em dia em excesso, assim como falta de sono provocada por eles, também devem ser monitorados.
O diagnóstico da arritmia cardíaca envolve uma combinação de exames e avaliação clínica.
No caso do eletrocardiograma (ECG) ele é o exame inicial mais comum, que registra a atividade elétrica do coração. Já o Holter é uma variação que monitora os batimentos por 24 horas, ideal para detectar arritmias intermitentes.
Também pode ser solicitado teste ergométrico, que analisa o ritmo cardíaco durante o esforço físico. Em alguns casos, o médico pode solicitar um ecocardiograma ou até mesmo um estudo eletrofisiológico, que avalia de forma invasiva o sistema elétrico do coração.
Embora muitas arritmias cardíacas sejam inofensivas, algumas podem ser sérias e potencialmente fatais. As arritmias graves podem causar complicações como AVC e insuficiência cardíaca.
Os sinais de alerta incluem desmaios frequentes, dor intensa no peito, falta de ar severa e palpitações prolongadas. Quando associados a tonturas e fraqueza extrema, esses sintomas exigem atenção médica imediata.
Casos graves podem comprometer o bombeamento de sangue e levar a consequências neurológicas e respiratórias importantes.
A arritmia tem 5 formas de tratamento comuns:
O tratamento depende do tipo e da gravidade da arritmia cardíaca. A medicação é a primeira linha, com antiarrítmicos como amiodarona, sotalol ou betabloqueadores (como atenolol).
No caso de tratamento para coração acelerado, ele pode envolver ainda bloqueadores de canal de cálcio.
A ablação cardíaca é um procedimento minimamente invasivo que interrompe os circuitos elétricos anormais. Já o marca-passo regula o ritmo em casos de bradicardia.
Quando indicada, a cardioversão elétrica usa um choque controlado para restaurar o ritmo normal, especialmente na fibrilação atrial. Por fim, a terapia de ressincronização é indicada para quem tem insuficiência cardíaca associada a arritmias complexas.
Pessoas com arritmia cardíaca podem manter uma rotina saudável e ativa, desde que com os devidos cuidados. A orientação médica individualizada é o ponto de partida, já que os cuidados variam conforme o tipo de arritmia e os fatores associados.
Manter uma alimentação equilibrada, rica em vegetais, frutas, grãos integrais e pobre em alimentos ultraprocessados e ricos em sódio, é essencial. O controle do estresse também pode ser benéfico, já que emoções intensas podem influenciar diretamente os batimentos cardíacos irregulares.
Evitar o consumo excessivo de cafeína, álcool e o uso de substâncias estimulantes sem prescrição médica também é recomendado. Praticar exercícios físicos com orientação profissional ajuda a fortalecer o sistema cardiovascular, mas deve ser feito com acompanhamento para evitar sobrecargas.
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Por fim, o uso correto dos medicamentos prescritos, com o apoio da bula digital de Sara, contribui para mais segurança e autonomia no cuidado diário.
A arritmia cardíaca pode mudar ao longo do tempo, por isso o monitoramento frequente com o cardiologista é indispensável.
Ajustes na medicação, novos exames ou procedimentos podem ser necessários. Além disso, o acompanhamento ajuda a prevenir complicações e identificar sinais precoces de agravamento.
O acesso a informações confiáveis sobre os medicamentos para arritmia é parte importante da adesão ao tratamento.
As bulas digitais, como as disponíveis na Sara, permitem que o paciente entenda melhor os efeitos, cuidados e formas corretas de uso de substâncias como amiodarona, atenolol, diltiazem e sotalol. Com isso, evitam-se erros de uso e melhora-se a relação com o cuidado.
A arritmia cardíaca é uma condição que pode se manifestar de formas distintas e com níveis variados de gravidade. Reconhecer os sintomas de arritmia, compreender os tipos de arritmia cardíaca e saber quais cuidados adotar no dia a dia são passos importantes para viver com mais qualidade e segurança.
Com diagnóstico adequado, tratamento contínuo e apoio profissional, muitas pessoas convivem bem com a condição, mantendo sua rotina normalmente. O acompanhamento médico e o uso correto das medicações são seus aliados nesse processo.