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Mielodisplasia: quando o sangue revela sinais de alerta da medula óssea

A mielodisplasia é uma condição que afeta a medula óssea, comprometendo a produção normal das células sanguíneas e podendo causar anemia, infecções frequentes e sangramentos, exigindo acompanhamento médico para diagnóstico e tratamento adequados.

Por Redação Sara
23/10/2025 Atualizado há 4 horas
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Mielodisplasia: quando o sangue revela sinais de alerta da medula óssea

A mielodisplasia ocorre quando as células-tronco, responsáveis por gerar os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas, sofrem alterações que comprometem sua maturação. O resultado é a produção de células sanguíneas imaturas, que não conseguem exercer suas funções de forma adequada.

Embora seja uma das doenças da medula óssea mais conhecidas, a síndrome mielodisplásica não tem um padrão único — ela pode se manifestar de forma leve e estável por anos, ou avançar de modo mais rápido, exigindo intervenções médicas específicas.

A complexidade da mielodisplasia está na forma como ela interfere silenciosamente no equilíbrio do sangue. Em muitos casos, os sintomas começam discretos, confundindo-se com o cansaço do dia a dia. 

Com o tempo, o corpo dá sinais mais evidentes de que algo está errado — uma fadiga persistente, palidez que não melhora, infecções que se repetem. Reconhecer esses sinais é a melhor forma para que o diagnóstico da mielodisplasia seja feito precocemente, permitindo que o tratamento seja iniciado o quanto antes.

O que é mielodisplasia?

A mielodisplasia é um grupo de doenças que afetam a medula óssea, comprometendo a produção adequada das células do sangue.

Quando ela acontece, a medula, que normalmente funciona como uma fábrica equilibrada, começa a liberar células sanguíneas imaturas e defeituosas, que não desempenham suas funções adequadamente. Essa alteração reduz a quantidade e a qualidade dos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas circulantes, comprometendo a oxigenação, a imunidade e a coagulação.

Por se tratar de um distúrbio de origem celular, a síndrome mielodisplásica não apresenta um único padrão. Em algumas pessoas, o quadro evolui lentamente, exigindo apenas acompanhamento periódico; em outras, pode avançar rapidamente e aumentar o risco de leucemia mieloide aguda, uma forma mais agressiva de câncer no sangue. Por isso, é importante conhecer seus tipos.

Leia também: Como identificar e tratar sintomas de plaquetas baixas?

Tipos de mielodisplasia

Por não ser uma doença única, a mielodisplasia é classificada conforme o tipo de célula afetada e o grau de falha na produção sanguínea.

Entre as formas mais comuns estão aquelas em que apenas um tipo de célula sanguínea — geralmente os glóbulos vermelhos — é afetado. Nessas situações, surgem sintomas de anemia persistente, como cansaço excessivo, palidez e dificuldade de concentração.

Quando duas ou mais linhagens celulares são comprometidas, o quadro torna-se mais complexo. 

Além da anemia, há queda na produção de plaquetas e glóbulos brancos, resultando em maior risco de infecções e sangramentos. Ela, então, é chamada de mielodisplasia refratária com citopenias múltiplas – e exige monitoramento constante, pois tende a evoluir de maneira menos previsível e pode demandar transfusão de sangue com maior frequência.

Nos casos em que há acúmulo de células sanguíneas imaturas, chamadas de blastos, a medula passa a funcionar de forma ainda mais desorganizada. 

Esse quadro, conhecido como mielodisplasia com excesso de blastos, representa a forma mais avançada da doença e está ligado ao risco de leucemia mieloide aguda. A progressão não ocorre em todos os pacientes, mas o potencial de transformação torna o acompanhamento médico indispensável e contínuo.

Mielodisplasia e câncer

A mielodisplasia tem uma relação direta, mas nem sempre imediata, com o câncer hematológico. 

Em parte dos casos, a produção desordenada de células imaturas cria um ambiente propício para mutações adicionais, o que pode resultar na transformação da doença em leucemia mieloide aguda. Essa evolução ocorre quando os blastos — as células jovens da medula — passam a se multiplicar de forma acelerada e descontrolada, substituindo as células normais do sangue.

Causas da mielodisplasia

A causa exata da mielodisplasia não é totalmente compreendida, mas sabe-se que o envelhecimento natural das células da medula óssea contribui para o surgimento de mutações que afetam a formação do sangue. 

Alguns fatores externos também podem influenciar, como a exposição prolongada a produtos químicos, como benzeno, e o contato com radiação ionizante, que estão entre as causas mais conhecidas. 

Pacientes que passaram por tratamentos de terapia com quimioterapia ou radioterapia em função de outros tipos de câncer também podem desenvolver alterações tardias na medula, resultando em uma forma chamada mielodisplasia secundária.

Leia também: Prevenção ao Câncer: Tipos e exames

Sintomas que podem indicar mielodisplasia

Os sintomas da mielodisplasia estão diretamente ligados à queda na produção das células do sangue, o que gera manifestações variadas conforme o tipo celular afetado.

A seguir estão os 5 sinais mais comuns:

  1. Fadiga e fraqueza constantes;
  2. Palidez e falta de ar;
  3. Infecções frequentes;
  4. Sangramentos ou hematomas sem causa aparente;
  5. Febre baixa, perda de apetite e emagrecimento.

A fadiga persistente é um dos primeiros sintomas percebidos. Ela surge porque a medula óssea deixa de produzir glóbulos vermelhos saudáveis, provocando anemia persistente e reduzindo o transporte de oxigênio pelo corpo. 

Com o avanço da síndrome mielodisplásica, a palidez e a falta de ar passam a ser mais evidentes. A pele e os lábios perdem a cor habitual, e o cansaço surge mesmo em repouso. O organismo tenta compensar a baixa oxigenação com batimentos acelerados, o que pode gerar tontura e mal-estar. 

A queda dos glóbulos brancos explica as infecções recorrentes, que se tornam mais difíceis de tratar. Feridas que demoram a cicatrizar, febres prolongadas e inflamações constantes sinalizam que o sistema imunológico está fragilizado. 

Quando as plaquetas também diminuem, o sangue perde a capacidade de coagular, e surgem sangramentos nas gengivas, no nariz e manchas roxas espontâneas. Isso é alerta importante de que há algo errado na produção celular.

Nos casos em que a mielodisplasia evolui de forma mais agressiva, sintomas gerais como febre baixa, perda de apetite e emagrecimento involuntário refletem o esforço do organismo para compensar a falha na medula.

Diagnóstico da mielodisplasia

O primeiro passo do diagnóstico da mielodisplasia é o hemograma completo, que detecta as alterações sanguíneas típicas da doença, como anemia, leucopenia (baixa de glóbulos brancos) e trombocitopenia (baixa de plaquetas). Esses resultados levantam a suspeita de que a medula óssea não está funcionando adequadamente.

Para confirmar o diagnóstico, o hematologista solicita exames mais específicos, como a biópsia da medula óssea, que permite analisar a aparência, a quantidade e o grau de maturação das células produzidas. 

Em alguns casos, testes genéticos e moleculares complementares são indicados para investigar mutações associadas à progressão da síndrome mielodisplásica. 

Opções de tratamento para a mielodisplasia

O tratamento da mielodisplasia é individualizado e depende da gravidade da doença, da idade do paciente e do risco de progressão para leucemia mieloide aguda.

Nos quadros leves, o acompanhamento médico regular pode ser suficiente, com exames periódicos para monitorar a contagem de plaquetas e glóbulos.

Quando há queda acentuada das células sanguíneas, podem ser necessárias transfusões de sangue ou de plaquetas, que ajudam a controlar os sintomas de anemia persistente e os episódios de sangramentos. 

Em alguns casos, o médico pode indicar o uso de medicamentos que estimulam a medula óssea, chamados de fatores de crescimento hematopoiético, ou optar por um tratamento medicamentoso voltado à correção das alterações sanguíneas.

Nos quadros mais avançados, a terapia com quimioterapia e o transplante de medula óssea são opções consideradas. 

Importância do acompanhamento médico

A mielodisplasia é uma condição que exige atenção constante não só por parte do seu médico, mas também de um acompanhamento multidisciplinar.

Mesmo quando os sintomas parecem controlados, o acompanhamento regular com o hematologista é essencial para detectar precocemente qualquer mudança no quadro. Isso inclui ajustes no tratamento, monitoramento dos efeitos das medicações e prevenção de riscos e complicações, como infecções e sangramentos.

Além do controle clínico, o suporte emocional e nutricional tem papel importante na manutenção do bem-estar. Cuidar da alimentação, manter o corpo ativo dentro dos limites de segurança e seguir corretamente as orientações médicas ajudam em uma melhor resposta ao tratamento e mais qualidade de vida.

A mielodisplasia é uma condição complexa, mas pode ser controlada com informação de qualidade, acompanhamento médico contínuo e atenção aos sinais do corpo. O diagnóstico precoce e o tratamento individualizado são fundamentais para preservar a qualidade de vida. Conhecer a doença é o primeiro passo para cuidar melhor da saúde.

A Sara está ao seu lado nessa jornada, oferecendo bulas digitais atualizadas, conteúdos confiáveis e informações acessíveis sobre medicamentos, terapias e doenças hematológicas. Aqui, você encontra o apoio que precisa para compreender melhor seu tratamento, esclarecer dúvidas e se cuidar com segurança e confiança.

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