Terapias alternativas: meditação, reiki e aromaterapia funcionam?
Reiki funciona mesmo? Aromaterapia é eficaz? As dúvidas mostram como o anseio por uma vida saudável vai além da medicina convencional. A busca por terapias alternativas envolve fé, cultura e experiência pessoal e desafia a ciência a lidar com saberes que, nem sempre, cabem em seus critérios.

Nos últimos anos, grande parte da população mundial têm recorrido às terapias alternativas para cuidar da saúde. Meditação, reiki, acupuntura e aromaterapia são algumas das mais famosas.
Enquanto uma parcela busca nelas uma forma de bem-estar, outra questiona sua eficácia. O debate gira em torno da confiança, dos resultados e da forma como essas abordagens se relacionam com a medicina tradicional.
Neste artigo, apresentamos as práticas reconhecidas pelo SUS. Você vai descobrir o que a ciência revela sobre seus efeitos e como elas podem ser integradas ao atendimento médico. Acompanhe a Sara e saiba todos os detalhes!
O que são terapias alternativas e como se diferenciam das convencionais?
Terapias alternativas são abordagens que fogem do padrão da medicina ocidental. Em vez de remédios ou consultas clínicas, elas usam recursos naturais e técnicas ligadas ao corpo, mente e energia para preservar a vitalidade.
Enquanto os tratamentos convencionais seguem métodos validados por pesquisas científicas, as terapias alternativas se pautam em saberes antigos, vindos de culturas orientais e indígenas.
Exemplos populares: meditação, reiki, aromaterapia, acupuntura, cromoterapia
Entre os tipos de terapias alternativas mais conhecidos, estão: meditação, reiki, aromaterapia, acupuntura e cromoterapia.
Meditação
A meditação para saúde mental é uma tradição milenar que treina a atenção e o silêncio interno. Ajuda a reduzir o ritmo dos pensamentos repetitivos e melhora humor, memória e concentração. Também fortalece o autocuidado e a percepção do corpo e das emoções.
Reik
E o reiki, funciona mesmo? Muitos profissionais e pacientes relatam benefícios. A técnica se baseia na imposição das mãos para desbloquear e reorganizar o fluxo de energia vital. É usada para tratar dores, estresse e cansaço físico ou mental.
Aromaterapia
Na aromaterapia, os óleos essenciais são aplicados para estimular o equilíbrio físico e emocional. Enfermeiros, psicólogos e terapeutas aproveitam os aromas para enriquecer o ambiente e promover sensações agradáveis aos indivíduos assistidos.
Acupuntura
A acupuntura utiliza agulhas finas para atuar em pontos estratégicos do corpo. É uma técnica chinesa que foca em restaurar o fluxo de energia e aliviar sintomas como dor, insônia e tensão muscular.
Cromoterapia
A cromoterapia recorre às cores para estimular ou acalmar. Cores quentes ativam, enquanto as frias relaxam. Seu objetivo é alinhar os estados emocionais ao ritmo corporal, contribuindo para o equilíbrio na totalidade.
Quais são as terapias reconhecidas pelo SUS?
O SUS reconhece e disponibiliza 29 terapias integrativas gratuitamente. Elas fazem parte de uma política pública criada para ampliar os cuidados com o bem-estar da população e oferecer alternativas aos medicamentos alopáticos.
Chamadas de PICS — Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, elas estão presentes na Atenção Primária e podem ser aplicadas em diferentes contextos da rede pública.
Os tipos de terapias alternativas oferecidas pelo SUS são:
- acupuntura
- fitoterapia
- reiki
- meditação
- yoga
- arteterapia
- homeopatia
- aromaterapia
- biodança
- constelação familiar
- cromoterapia
- musicoterapia
- terapia comunitária, entre outros.
Todos são validados oficialmente pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares.
Para que servem as terapias alternativas?
As terapias alternativas servem para zelar pelo bem-estar físico, mental e emocional. Elas contribuem tanto na prevenção quanto no apoio ao tratamento de doenças crônicas. Por isso, são consideradas parte da MCA (Medicina Complementar e Alternativa).
Benefícios e limitações dessas práticas
As terapias não medicamentosas respondem a um desejo crescente da população mundial em preservar a saúde. Indivíduos com dores crônicas, alergias, insônia, ansiedade ou problemas digestivos relatam melhora com o uso da MCA.
No entanto, ainda há limitações importantes. Grande parte dessas técnicas não foi testada em estudos clínicos rigorosos. Isso gera um certo ceticismo, principalmente na área médica. Falta consenso sobre como medir seus efeitos e qual o uso correto em cada caso.
O que diz a ciência: evidências e cuidados ao escolher a terapia
Pesquisas recentes identificaram uma tendência perigosa: o uso de terapias alternativas pode levar à recusa de intervenções comprovadas cientificamente.
Pesquisas feitas na França apontam uma possível associação entre a valorização das PICs e uma menor adesão às vacinas ou maior desconfiança em relação à medicina convencional.
Um dos relatórios indicou que, entre os franceses com grande simpatia pelas PICs, 76% afirmaram rejeitar pelo menos uma vacina obrigatória.
A maioria desse grupo acredita que produtos naturais substituem imunizantes ou medicamentos, o que vai na contramão das evidências científicas.
Outro estudo realizado no país identificou que, quanto maior for o interesse por medicina alternativa em determinada região, menor o engajamento com o calendário vacinal infantil.
Levantamentos adicionais reforçam a preocupação. Pacientes com câncer que recorrem apenas aos tratamentos naturais apresentam risco aumentado de morte. Casos assim foram identificados nos Estados Unidos, Tailândia e Brasil.
No contexto brasileiro, em que as terapias integrativas do SUS têm ganhado espaço, os dados alertam para o perigo de confundir alternativas com substitutos. Os efeitos dessa mentalidade podem ter implicações graves para a saúde pública.
Como conciliar terapias alternativas com tratamentos convencionais?
Para a conciliação funcionar, o primeiro passo é conversar abertamente com os profissionais de saúde.
O paciente precisa se sentir à vontade para falar a respeito do uso de tratamentos naturais. Por outro lado, o médico deve acolher esse desejo com respeito e responsabilidade, avaliando riscos, vantagens e restrições.
A colaboração entre médicos e terapeutas também é um ponto importante. Quando os especialistas trocam informações e respeitam seus diferentes campos de atuação, o acompanhamento se torna mais completo.
Essa troca favorece decisões adequadas e alinhadas aos valores e vontades do paciente.
Quando buscar orientação profissional e acessar informações seguras?
Sempre que surgir alguma dúvida antes de iniciar um tratamento alternativo ou combiná-lo com medicamentos prescritos, procure um profissional de saúde. Ele vai te ajudar a avaliar os riscos e a escolher o caminho ideal para aproveitar as duas possibilidades.
Hoje, circula muita coisa sem comprovação na internet. Por isso, a recomendação é priorizar fontes confiáveis, como os sites do Ministério da Saúde, da Anvisa e outras plataformas públicas voltadas ao interesse coletivo.
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Na Sara, entendemos que cada pessoa tem um jeito próprio de cuidar de si. Por isso, acreditamos que informação de qualidade é o ponto de partida para qualquer decisão, seja ela ligada à medicina complementar ou tradicional.
Nosso compromisso é tornar o acesso à informação simples, claro e acessível para todos. Afinal, queremos que você se sinta seguro ao entender o que está tomando e por quê.
Se você já utiliza abordagens integrativas ou está pensando em combiná-las com outros métodos, tire todas as suas dúvidas com a Sara!