Falar sobre TPM x TDPM é mais do que somente comparar dois nomes parecidos, trata-se de compreender a diferença entre sintomas comuns do ciclo menstrual e um transtorno que compromete a saúde emocional e o cotidiano das mulheres.
Embora muitas convivam com a TPM e sigam a rotina, mesmo com certo desconforto, quem enfrenta o TDPM lida com emoções tão intensas que afetam relacionamentos, trabalho e bem-estar. Entenda!
A TPM é uma sigla para Tensão Pré-Menstrual, e representa um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais que afetam mulheres alguns dias antes da menstruação.
A tensão pré-menstrual é causada por variações hormonais no ciclo menstrual, especialmente pela queda dos níveis de estrogênio e progesterona na fase lútea, período entre a ovulação e o início da menstruação.
Entre os sintomas de TPM mais comuns, podemos citar:
Saiba mais: Sindrome de Fadiga Cronica: O que é, sintomas e tratamentos
O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual é uma forma mais grave e debilitante da TPM que também ocorre na fase lútea do ciclo menstrual, ou seja, dias antes da menstruação.
Contudo, seus sinais são muito mais intensos, afetando significativamente o bem-estar emocional, os relacionamentos e o desempenho no trabalho ou nos estudos.
O que diferencia o TDPM da TPM comum é, principalmente, a intensidade das manifestações emocionais, pois as mulheres com TDPM apresentam crises de irritabilidade extrema, tristeza profunda, ansiedade intensa e pensamentos negativos sobre si mesmas.
Os sintomas de TDPM podem levar a um sofrimento psicológico considerável e, em alguns casos, a quadros depressivos temporários durante esse período do mês.
Por ser um transtorno que impacta significativamente a qualidade de vida, ele merece atenção médica especializada.
Você pode comparar as diferenças entre as duas condições no nosso quadro comparativo, a seguir!
Aspecto |
TPM |
TDPM |
Intensidade dos sintomas |
Leve a moderada; raramente incapacitante. |
Grave; interfere significativamente na rotina diária. |
Sintomas emocionais |
Irritação, sensibilidade, ansiedade leves. |
Irritabilidade intensa, depressão, ansiedade grave, até pensamentos negativos. |
Impacto na vida |
Pode causar desconforto, mas normalmente permite seguir as atividades do dia a dia. |
Prejudica relações pessoais, trabalho, estudos e qualidade de vida. |
Frequência |
É comum; afeta a maioria das mulheres em idade fértil. |
É menos comum; afeta cerca de 3% a 8% das mulheres. |
Diagnóstico |
Baseado nas manifestações relatadas, sem critérios rígidos. |
Precisa de avaliação médica criteriosa, acompanhando sintomas por ciclos. |
Tratamento |
Mudanças de hábitos, atividade física, alimentação equilibrada. |
Pode incluir acompanhamento psicológico, medicamentos antidepressivos ou hormonais. |
Tanto a TPM quanto o TDPM começam na fase lútea do ciclo menstrual, normalmente cerca de 7 a 10 dias antes da menstruação descer.
Os sinais de ambas as condições geralmente desaparecem logo após o início do fluxo menstrual ou até poucos dias depois.
Algumas condições aumentam a chance de contrair o transtorno, entre elas:
O diagnóstico dos transtornos pré-menstruais é clínico, feito por um ginecologista ou psiquiatra.
Nele, o profissional avalia o histórico da paciente e solicita que ela registre, durante pelo menos dois a três ciclos menstruais, os sintomas apresentados, sua intensidade e em que fase do ciclo eles ocorrem.
Esse registro ajuda a identificar se os sintomas estão sempre ligados ao período pré-menstrual e desaparecem após o início da menstruação, característica fundamental para diferenciar o TDPM de outros transtornos emocionais.
Além do ginecologista e do psiquiatra, também é indicado o acompanhamento com um psicólogo, que ajuda a lidar com os impactos emocionais e comportamentais do transtorno.
Em alguns casos, o trabalho integrado entre esses profissionais garante um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz, combinando orientações de saúde, intervenções medicamentosas e apoio psicoterapêutico.
Existem muitas estratégias capazes de melhorar a vida das mulheres que precisam lidar com esses transtornos. Você pode conferir as principais nos tópicos seguintes!
Manter hábitos saudáveis faz diferença no controle dos sintomas. Nesse sentido, praticar atividade física reduz regularmente a ansiedade e melhora o humor.
Bem como uma alimentação equilibrada, com redução de cafeína, álcool, sal e açúcar, contribui para diminuir o inchaço e as oscilações emocionais.
Além disso, investir em técnicas de relaxamento, como meditação, yoga ou respiração profunda, alivia a tensão típica do período pré-menstrual.
O acompanhamento psicológico, por meio da terapia cognitivo-comportamental (TCC), identifica pensamentos e comportamentos que pioram os sintomas emocionais.
A psicoterapia também ensina estratégias para lidar melhor com a irritabilidade, ansiedade e tristeza que aparecem nesse período, trazendo maior equilíbrio emocional.
Em casos graves, o médico pode indicar o uso de antidepressivos, que ajudam a equilibrar os neurotransmissores relacionados ao humor, ou contraceptivos hormonais para reduzir as variações hormonais do ciclo menstrual.
Dependendo da queixa principal, podem ser prescritos analgésicos para dores físicas ou ansiolíticos em situações específicas, sempre de forma personalizada e profissional.
O acesso à informação tem um papel fundamental no bem-estar feminino, especialmente quando se refere a como tratar TPM ou como tratar TDPM.
Conhecer o próprio corpo, entender como funciona o ciclo menstrual e identificar sinais de que algo não está bem auxilia a mulher a buscar ajuda mais cedo e a evitar que os sintomas afetem tanto sua qualidade de vida.
Além disso, a informação correta combate mitos, reduz a culpa e normaliza o diálogo sobre saúde mental e saúde da mulher, temas cercados de tabus.
O autocuidado complementa esse processo, por envolver escolhas conscientes para proteger e promover o bem-estar físico e emocional. Neste sentido, incluir momentos de descanso, cuidar da alimentação, praticar atividade física e permitir-se dizer não quando necessário são atitudes que fortalecem a saúde de forma geral.
Ao unir informação e autocuidado, a mulher se torna protagonista da própria saúde, identificando necessidades, prevenindo desequilíbrios e buscando apoio quando percebe sinais de que algo não está bem.
Ao comparar a TPM x TDPM, entendemos que elas podem ser controladas, embora de maneiras diferentes e com intensidade distinta. Mesmo sendo condições ligadas ao ciclo menstrual, elas não precisam ser enfrentadas sozinhas, buscar informação, apoio profissional e investir no autocuidado faz toda a diferença.
Para quem usa ou pretende usar medicamentos, como antidepressivos, é fundamental consultar sempre a bula oficial online. Consulte a Sara para acessar bulas digitais completas que apresentam indicações, posologia, contraindicações e efeitos colaterais.