Está difícil regular a glicemia? Os remédios parecem não dar conta sozinhos? Quem convive com a diabetes sabe que o tratamento não se resume à medicação.
É preciso ter uma alimentação saudável, medir os níveis de glicose, praticar exercícios e seguir uma lista de recomendações médicas. Tudo isso em meio a um corpo que, muitas vezes, também lida com excesso de peso.
Hoje, o excesso de peso atinge mais da metade dos adultos no país. E, segundo dados do Congresso Internacional sobre Obesidade de 2024, essa proporção deve chegar a 75% até 2044. Diante desse cenário, o tratamento de diabetes exige atenção redobrada.
Neste texto, você vai ver as diferenças entre os tipos da doença, as terapias indicadas, o que é oferecido pelo SUS e quais cuidados afastam complicações.
Será que é só tomar o remédio e pronto? Saiba o que realmente muda quando você conhece a substância que está agindo no seu organismo!
A diferença está na causa do descontrole glicêmico. No tipo 1, o pâncreas praticamente para de produzir insulina. Enquanto no tipo 2, o corpo até produz, mas não consegue aproveitar esse hormônio direito.
O primeiro costuma aparecer cedo, muitas vezes na infância ou adolescência. É uma manifestação autoimune: o próprio organismo ataca as células que sintetizam a substância.
Por isso, quem tem esse tipo precisa administrar insulina todos os dias para manter a glicose controlada.
O tipo 2 é bem comum e está ligado ao estilo de vida. A obesidade, o sedentarismo e o estresse aumentam o risco. Ocorre, sobretudo, depois dos 40 anos. Nesse caso, o pâncreas secreta insulina, mas ela não funciona como deveria.
O tratamento de diabetes depende do diagnóstico. No Tipo 1, o paciente deve aplicar injeções diariamente para regular o açúcar no sangue.
Elas devem ser introduzidas na camada de gordura logo abaixo da pele. Barriga, coxa, braço, cintura e glúteo são as regiões mais indicadas.
O glicosímetro permite medir os níveis ao longo do dia, o que facilita o ajuste das doses. Em algumas situações, o médico recomenda a ingestão de comprimidos via oral, dependendo da resposta do organismo.
No Tipo 2, a abordagem varia conforme o quadro de saúde da pessoa. Os medicamentos usuais são: inibidores da alfaglicosidase, que reduzem a absorção de carboidratos; sulfonilureias e glinidas, que estimulam o pâncreas a liberar insulina.
Devido a sua origem, ele costuma vir acompanhado de condições como obesidade e hipertensão. Vale lembrar que é importante cuidar desses fatores em conjunto, já que fazem parte das possíveis complicações do diabetes.
Os medicamentos para diabetes variam conforme a manifestação da patologia. No tipo 1, o foco está na insulina. No 2, existem diferentes classes de remédios que controlam a taxa de glicemia. Na tabela, listamos os mais usados!
Diabetes tipo 1 |
Diabetes tipo 2 |
Insulina NPH |
|
Insulina Regular (Humulin R) |
Glibenclamida (sulfonilureia) |
Insulina Asparte (Novorapid) |
Glimepirida (sulfonilureia) |
Insulina Glulisina (Apidra) |
Glipizida (sulfonilureia) |
Humulin NPH |
Acarbose (inibidor da alfa-glicosidase) |
Insulina Lispro (Humalog, Mix) |
Semaglutida (Ozempic – agonista do GLP-1) |
Insulina Degludeca (Tresiba) |
Agonistas do GLP-1 em geral |
Afrezza (insulina inalável) |
O SUS fornece, gratuitamente, seis fármacos para o tratamento de diabetes, entre eles a insulina humana NPH e a regular. Também estão disponíveis glibenclamida, metformina e glicazida.
Desde 2017, dois recursos foram incluídos na rede pública: a caneta de aplicação de insulina e a insulina análoga de ação rápida.
A primeira facilita o uso diário e melhora a precisão da dose. A segunda controla os picos de glicose após as refeições.
Tratar a diabetes é fundamental para evitar complicações graves. Sem acompanhamento médico e mudanças na rotina, a doença pode comprometer órgãos e afetar a qualidade de vida.
No Brasil, cerca de 10,5% da população convive com a condição, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF). O país está entre os líderes em número de casos no mundo: 6º lugar no total e 3º em ocorrências somente do Tipo 1.
Quando não há controle, aumenta-se o risco de infarto, AVC e problemas na visão, rins, nervos e circulação.
Por isso, além da utilização correta dos remédios, é importante cuidar da alimentação, manter o peso adequado e respeitar as orientações médicas.
Ser diabético não significa ficar preso a uma dieta cheia de restrições ou sem graça. Veja abaixo algumas dicas para se alimentar bem e de forma prazerosa:
Saber como cada medicamento age no corpo é parte fundamental do tratamento de diabetes. Ter essas informações à mão evita erros no uso, melhora a adesão e ajuda a seguir firme na rotina de cuidados.
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