A insulina é importante para todas as pessoas. Contudo, quando ela está desregulada, pode ser fonte de diversas comorbidades. Aqueles que têm histórico familiar de diabetes, sobrepeso, sedentarismo, hipertensão ou colesterol alto estão no grupo de risco para resistência insulínica e outros problemas.
A insulina é um hormônio essencial para o funcionamento do nosso organismo, especialmente quando se trata do controle do diabetes tipo 1 e 2.
Produzida pelo pâncreas, ela permite que a glicose dos alimentos entre nas células e seja usada como fonte de energia.
Para quem convive com o diabetes, compreender como esse hormônio regulador atua, quais são seus tipos e como aplicar corretamente pode fazer toda a diferença na qualidade de vida e no controle da doença.
A insulina age como uma “chave” que abre a “porta” das células para que a glicose, que vem dos alimentos, possa entrar e ser usada como energia.
Quando comemos, o nível de glicose no sangue sobe, e o pâncreas libera esse hormônio para equilibrar. Sem essa ação, o açúcar fica acumulado no sangue, causando vários problemas de saúde.
Em jejum, os níveis insulínicos normais no sangue variam entre 2 a 25 µU/mL, dependendo do laboratório. Valores muito altos ou baixos podem indicar distúrbios metabólicos.
Em pessoas saudáveis, a quantidade no sangue varia ao longo do dia, especialmente depois das refeições.
A insulina é um hormônio regulador, enquanto a glicose é o açúcar presente no sangue, usado como energia pelas células. Desse modo, o agente insulínico controla a quantidade de glicose circulante no organismo.
Para um exemplo mais claro, pense na ação insulínica como um "mensageiro" e na glicose como o "combustível".
A glicose é obtida principalmente dos carboidratos que comemos, como arroz, pão e frutas. Já o hormônio insulínico é o que ajuda esse combustível a chegar onde ele é necessário, nas células.
Uma não substitui a outra: elas trabalham juntas, mas têm papéis diferentes.
Existem algumas categorias insulínicas que se diferenciam pela velocidade com que começam a agir e pelo tempo que duram no corpo, como a insulina rápida e lenta. Veja os principais tipos a seguir:
Quando o corpo libera o hormônio insulínico em excesso, ou quando a pessoa toma mais do que precisa, o açúcar no sangue pode cair demais (hipoglicemia), provocando fraqueza, tontura, suor frio e até desmaios.
Com o tempo, a elevação constante também pode prejudicar o funcionamento do organismo, causando inflamações, aumento de gordura corporal e maior risco de doenças como obesidade, risco de diabetes tipo 2, hipertensão e até Alzheimer.
A aplicação deve seguir alguns passos importantes para garantir segurança e eficácia.
Antes de tudo, é fundamental cuidar da higiene: lave bem as mãos com água e sabão e higienize o local da aplicação com algodão e álcool 70%. Isso ajuda a evitar infecções ou irritações na pele.
Os principais locais indicados para a aplicação são aqueles com mais gordura sob a pele, como o abdômen (evitando a área muito próxima ao umbigo), a parte externa das coxas, a parte de trás dos braços e a parte superior das nádegas.
É importante variar os locais a cada aplicação, para evitar endurecimento da pele ou formação de caroços.
Você pode aplicar esse hormônio regulador usando uma seringa com agulha, uma caneta ou, em alguns casos, uma bomba de infusão.
No caso da seringa, se estiver usando o tipo turvo, como a NPH, é necessário agitar o frasco suavemente antes de aspirar a dose exata recomendada pelo médico.
Se estiver usando a caneta, basta girar para ajustar a dose e acoplar uma agulha descartável na ponta.
Para aplicar, segure a pele com uma das mãos, formando uma prega, e introduza a agulha em um ângulo de 90 graus (ou 45 graus em pessoas muito magras).
Injete o hormônio de forma lenta e contínua, ao terminar, aguarde cerca de 10 segundos antes de retirar a agulha, para garantir que todo o conteúdo foi absorvido corretamente.
Após a aplicação, não é necessário massagear o local. Retire a agulha com cuidado e descarte-a em um recipiente seguro, como uma garrafa PET, que deve ser levada a um posto de saúde para descarte apropriado.
Além da queda de açúcar no sangue, que pode ser perigosa, a ação insulínica pode causar reações na pele onde é aplicada, como vermelhidão, caroços ou manchas.
Por isso, o ideal é observar como o corpo reage e conversar com o médico sempre que notar algo diferente. Também é fundamental armazenar corretamente o dispositivo com o medicamento, geralmente na geladeira, para manter sua eficácia.
A resistência à insulina ocorre quando as células do organismo não respondem adequadamente à ação desse hormônio, dificultando a absorção da glicose.
Como consequência, o açúcar se acumula na corrente sanguínea e o corpo aumenta a produção de insulina na tentativa de equilibrar os níveis de glicose.
Com o tempo, essa produção extra pode sobrecarregar o pâncreas, aumentando o risco de pré-diabetes e diabetes tipo 2.
As principais causas são excesso de peso (especialmente na região abdominal), alimentação rica em açúcar e farinhas, sedentarismo e fatores genéticos.
A resistência melhora com perda de peso, prática regular de atividade física, alimentação equilibrada, sono adequado e controle do estresse.
Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário!
O uso da insulina medicamentosa mostra-se fundamental para pessoas com diabetes tipo 1 e, em alguns casos, tipo 2, quando o corpo não produz esse hormônio suficientemente ou não a utiliza corretamente.
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