Saiba o que são espasmos, suas causas e como tratá-los corretamente para aliviar os sintomas e melhorar sua qualidade de vida.
Os espasmos são contrações musculares involuntárias e súbitas, que podem ocorrer em qualquer músculo do corpo. Eles variam em intensidade e duração, desde um leve tremor até uma contração dolorosa que dura segundos ou minutos.
Os tipos mais comuns incluem o muscular, que ocorre em músculos esqueléticos; o vascular, com a contração involuntária das paredes dos vasos sanguíneos; os viscerais, que afetam músculos lisos de órgãos internos e os neurológicos, relacionado a condições como epilepsia, esclerose múltipla ou paralisia cerebral.
A causa mais comum é a fadiga muscular, quando os músculos são exigidos além do normal, seja durante atividades físicas intensas ou após longos períodos em uma mesma posição.
Isso acontece porque as fibras musculares ficam sobrecarregadas e se contraem involuntariamente. Além disso, a condição pode ser desencadeada por:
A falta de água no corpo afeta diretamente o funcionamento dos músculos. Isso porque a água é essencial para manter o equilíbrio eletrolítico e a condução nervosa.
Quando o corpo está desidratado, os músculos ficam mais propensos a se contrair de forma involuntária.
Minerais como potássio, cálcio e magnésio são fundamentais para a contração e relaxamento muscular.
A deficiência desses nutrientes pode causar contrações e cãibras, o que é comum em pessoas que suam muito, seguem dietas restritivas ou usam diuréticos.
Se o sangue não circula adequadamente para os músculos, como em casos de problemas vasculares ou quando a pessoa permanece muito tempo sentada ou com as pernas cruzadas, pode haver estremecimentos devido à falta de oxigênio e nutrientes no tecido muscular.
O estresse libera hormônios como o cortisol e pode levar à tensão muscular constante, favorecendo as contrações, principalmente em regiões como pescoço, costas e olhos (tremores nas pálpebras são bem comuns nesses casos).
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Cafeína, nicotina e alguns medicamentos estimulantes afetam o sistema nervoso, deixando os músculos mais excitáveis e propensos a tremores.
Em casos menos comuns, essas contrações estão ligadas a doenças que afetam os nervos e músculos, como esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (ELA), distonias ou lesões na medula espinhal.
As contrações podem causar desconforto e até dor, variando de leves tremores a reações musculares intensas. Abaixo, veja os sintomas mais comuns:
Também conhecido como cãibras noturnas, são contrações involuntárias e dolorosas que ocorrem principalmente durante o sono, afetando as pernas, especialmente a panturrilha.
Esses espasmos nas pernas podem durar de alguns segundos a vários minutos e costumam acordar a pessoa no meio da noite.
Após o episódio, é comum sentir dor residual ou rigidez no músculo afetado. Embora sejam frequentes em pessoas acima dos 50 anos, podem ocorrer em qualquer idade.
As causas estão relacionadas à desidratação, falta de minerais como potássio, magnésio e cálcio, má circulação, permanecer muito tempo sentado ou com as pernas cruzadas, além de uso de certos medicamentos ou esforço físico intenso durante o dia.
O tratamento depende da causa, frequência e intensidade das contrações. Em muitos casos, medidas simples já ajudam a aliviar o problema, mas em situações persistentes ou associadas a doenças, é necessário tratamento médico específico.
Veja alguns dos principais tratamentos a seguir:
Para se prevenir, é importante manter uma rotina de alongamentos diários, especialmente antes e depois de atividades físicas ou ao acordar.
Hidratar-se bem ao longo do dia, ter uma alimentação rica em minerais como potássio, cálcio e magnésio, e evitar longos períodos na mesma posição também ajudam bastante.
Praticar exercícios regularmente, cuidar da postura e reduzir o estresse são atitudes essenciais para evitar que as contrações se tornem frequentes ou dolorosas.
É importante procurar um médico se as câimbras, tremores e contrações forem frequentes, muito dolorosas, durarem mais de alguns minutos ou vierem acompanhados de fraqueza, formigamento, perda de sensibilidade ou outros sintomas neurológicos.
Também é recomendável buscar ajuda caso os espasmos interfiram nas atividades diárias ou no sono.
Antes de tomar qualquer medicamento, leia a bula digital. Entender a forma correta de uso, possíveis efeitos colaterais e interações é essencial para sua segurança.