Sintomas de febre maculosa e tratamento
Saiba quais são os sintomas da febre maculosa, como ocorre a transmissão, diagnóstico, tratamento e como a bula digital da Sara pode te ajudar.

A febre maculosa e seus sintomas são desencadeados por uma infecção febril aguda, causada pela bactéria do gênero Rickettsia, transmitida por carrapatos. Caso o paciente não procure tratamento médico, a condição se agrava, causando a morte, tornando a conscientização e o diagnóstico precoce fundamentais.
Considerada uma doença infecciosa grave, a febre maculosa e seus sintomas advêm da picada do carrapato-estrela. Segundo o Ministério da Saúde, ela é considerada uma zoonose, ao ser transmitida de animais para seres humanos.
Os principais hospedeiros desses carrapatos são animais silvestres, como capivaras e cavalos, que contribuem para a manutenção do ciclo da doença na natureza.
Considerada uma emergência médica, sua taxa de letalidade é alta, especialmente no diagnóstico tardio.
Qual é o primeiro sinal da febre maculosa?
O primeiro sinal da febre maculosa é a elevação da temperatura corporal de início súbito, que pode vir acompanhada de dor de cabeça intensa e mal-estar geral.
Essas manifestações iniciais são inespecíficas e podem ser confundidas com outras infecções comuns, dificultando o diagnóstico precoce.
No entanto, em regiões onde há ocorrência da doença, o estado febril repentino após exposição a áreas com carrapatos deve acender um alerta para a possibilidade da infecção.
Quais são os sintomas mais graves?
As manifestações mais graves surgem quando a infecção não é tratada a tempo e a bactéria se espalha pelo organismo, afetando diversos órgãos, e inclui:
- Insuficiência respiratória;
- Falência renal;
- Alterações neurológicas (confusão mental, convulsões, coma);
- Hemorragias;
- Problemas cardíacos;
- Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite);
- Necrose de extremidades (dedos das mãos, pés e orelhas);
- Queda acentuada da pressão arterial (choque).
Quanto tempo duram os sintomas da febre maculosa?
A doença do carrapato e seus sintomas costumam durar entre 7 e 14 dias, dependendo de quão cedo o tratamento é iniciado.
Sem o devido tratamento, a doença pode evoluir rapidamente, levando à morte em cerca de 7 a 10 dias após o surgimento dos primeiros sinais.
Na maioria dos casos graves da doença transmitida por carrapato, o agravamento começa por volta do quinto dia, com o aparecimento de complicações sérias, como a falência múltipla de órgãos.
A febre maculosa tem cura?
Sim, a doença do carrapato e seus sintomas tem cura, se o diagnóstico for feito precocemente. Com o tratamento correto, a maioria dos pacientes se recupera completamente, sem sequelas.
No entanto, se o tratamento for atrasado ou inexistente, a doença pode evoluir para formas graves, com complicações sérias.
Como se pega febre maculosa?
Para contrair essa infecção, é preciso estar exposto a certas situações, como:
- Picada do carrapato-estrela infectado (Amblyomma sculptum);
- Contato com áreas de mata, pastagens ou vegetação densa onde há carrapatos;
- Presença de animais hospedeiros (capivaras, cavalos, cães) que carregam carrapatos infectados;
- Atividades ao ar livre em regiões endêmicas, como trilhas, acampamentos e trabalho rural;
- Falta de uso de roupas protetoras ou repelentes em áreas de risco.
Existe tratamento eficaz?
Sim, existe tratamento eficaz, e ele deve ser iniciado o mais rápido possível.
Abaixo estão os principais recursos usados para cuidar dos pacientes infectados:
1. Antibiótico específico: doxiciclina
A doxiciclina é o antibiótico para febre maculosa com ação mais eficaz, e deve ser iniciado ainda nos primeiros dias de sinais, mesmo antes da confirmação laboratorial.
O tratamento precoce com doxiciclina reduz significativamente o risco de complicações e morte. É o medicamento de escolha tanto para adultos quanto para crianças, e seu uso precoce está diretamente relacionado à cura da doença.
2. Início rápido do tratamento
Idealmente, a medicação deve ser administrada até o quinto dia após o aparecimento dos sintomas. Após esse período, o risco de complicações graves aumenta consideravelmente, e a resposta ao antibiótico pode ser menor.
3. Cuidados de suporte hospitalar
Nos casos graves, além dos antibióticos, pode ser necessário internamento para suporte clínico intensivo, como hidratação intravenosa, controle do estado febril, suporte respiratório ou renal, e monitoramento em unidades de terapia intensiva (UTI).
Esses cuidados ajudam a controlar os danos causados pela infecção até que o antibiótico faça efeito e o organismo se recupere.
Quais remédios costumam ser utilizados?
Os especialistas indicam medicamentos diferentes, conforme a progressão da doença e outras condições de saúde informadas pelo paciente. De modo geral, os fármacos mais aplicados são:
-
Doxiciclina
A doxiciclina é o medicamento mais indicado e eficaz no tratamento da febre maculosa. Pertencente à classe dos antibióticos tetraciclinas, ela age combatendo diretamente a bactéria Rickettsia rickettsii.
Deve ser administrada o quanto antes, preferencialmente nos primeiros cinco dias após o início das manifestações, para evitar complicações graves.
É recomendada para adultos e também para crianças, inclusive menores de 8 anos, em casos de febre maculosa, por ser uma doença potencialmente fatal.
- Cloranfenicol (alternativa em casos específicos)
O cloranfenicol é um antibiótico que pode ser usado como alternativa à doxiciclina em alguns casos específicos, como em pessoas com alergia severa às tetraciclinas ou em contextos onde a doxiciclina não está disponível.
No entanto, seu uso é menos comum devido aos possíveis efeitos colaterais graves, como supressão da medula óssea. Por isso, ele é reservado somente para situações bem específicas e sob orientação médica rigorosa.
- Medicamentos de suporte (sintomáticos)
Além dos antibióticos, os cuidados podem incluir medicamentos para controle dos sintomas, como antitérmicos (para elevação da temperatura corporal) e analgésicos (para dor). Paracetamol ou dipirona são os mais usados nesses casos.
Eles não tratam a causa da enfermidade, mas ajudam a aliviar o desconforto enquanto o antibiótico age no organismo.
Anti-inflamatórios como o ibuprofeno devem ser evitados, pois agravam algumas complicações da febre do carrapato em humanos.
Como identificar sintomas precocemente?
Se você esteve em contato com mato, rios, trilhas, capivaras e cavalos, fique atento! Nos primeiros dias, observe se ocorre:
- Estado febril repentino (acima de 38,5 °C);
- Dor de cabeça forte, que não melhora fácil;
- Dores no corpo, especialmente nas costas e pernas;
- Cansaço fora do normal, fraqueza;
- Náusea ou vômito, mesmo sem motivo claro;
- Olhos vermelhos ou sensíveis à luz;
- A partir do 3º ao 5º dia, manchas vermelhas na pele (principalmente nas mãos e pés).
O que fazer ao suspeitar de febre maculosa?
Procure atendimento médico imediatamente, sem esperar o resultado de exames ou o agravamento dos sintomas.
Informe ao profissional de saúde se você esteve recentemente em áreas de mata, trilhas, fazendas, beira de rios ou teve contato com animais como capivaras ou cavalos, pois isso ajuda no diagnóstico rápido.
Quais são os perigos da automedicação na febre maculosa?
Tomar remédios por conta própria, como analgésicos ou anti-inflamatórios, pode mascarar os sintomas, atrasando o diagnóstico e o início do tratamento correto com antibióticos, essencial nos primeiros dias da infecção.
Além disso, alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (ex.: ibuprofeno ou diclofenaco), podem piorar o quadro clínico, aumentar o risco de sangramentos e sobrecarregar órgãos como fígado e rins.
Por isso, ao suspeitar da doença, a melhor atitude é procurar atendimento médico imediato e nunca tentar se tratar sozinho.
Se você está se identificando com a febre maculosa e seus sintomas, não ignore. Mesmo que pareça só uma gripe forte, se existe qualquer chance de contágio, o melhor que você faz por você agora é ir ao médico. Neste caso, pode ser melhor pecar pelo cuidado do que pelo atraso.
Para aqueles que estão em tratamento, uma boa dica para evitar riscos é sempre consultar as bulas digitais dos medicamentos. Elas contêm informações importantes sobre indicações, contraindicações, efeitos colaterais e interações medicamentosas.