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Como o Atentah atua no cérebro: entenda seus efeitos no tratamento do TDAH

Entenda como o Atentah age no cérebro para tratar o TDAH, seus mecanismos de ação e benefícios. Saiba mais sobre este medicamento.

Por Redação Sara
14/08/2025 Atualizado há 8 horas
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Como o Atentah atua no cérebro: entenda seus efeitos no tratamento do TDAH

O transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição multifatorial que necessita de um diagnóstico preciso e tratamento assertivo.  

Atualmente, entre as opções de tratamento disponíveis, destaca-se o Atentah: uma alternativa eficaz, especialmente para casos em que o paciente não responde bem ou apresenta contra indicações à psicoestimulantes.

Seu mecanismo de funcionamento o torna uma opção para casos especiais, conforme identificar a avaliação do médico responsável. Neste artigo, trazemos diversas informações sobre como o Atentah age no cérebro, seus benefícios, colaterais e indicações.

O que é Atentah (Atomoxetina)?

O Atentah é um medicamento que tem como princípio ativo o cloridrato de atomoxetina e é indicado especificamente para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). 

Diferente de medicamentos mais comuns, como a Ritalina e o Venvanse, ele pertence a uma classe de fármacos chamados “não estimulantes”, o que o torna uma opção importante para muitos pacientes.

Está disponível em cápsulas, nas dosagens: 10 mg, 18 mg, 25 mg, 40 mg, 60 mg, 80 mg e 100 mg. A indicação pode ser feita em crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos. 

Sua prescrição requer receita médica com retenção, assim como outros medicamentos de controle especial (os medicamentos de receita C1).

Leia também: TDAH em adultos: entenda os sintomas, diagnóstico e opções de tratamento 

Como o Atentah age no cérebro?

Para entender como o remédio age no nosso cérebro, precisamos focar no seu principal mecanismo de ação, que está relacionado à capacidade de inibir seletivamente a recaptação da noradrenalina. 

Quando a pessoa possui o TDAH, há um desequilíbrio nos níveis deste e de outros neurotransmissores, conforme indicam estudos. Assim, quando se administra a atomoxetina, acontece um bloqueio dos transportadores responsáveis pela recaptação da noradrenalina nas sinapses (espaços entre os neurônios). 

Na prática, isso significa que menos recaptação leva a mais disponibilidade da noradrenalina no espaço sináptico, aumentando a concentração e, assim, melhorando a comunicação neural, especialmente nas áreas do cérebro relacionadas à atenção e ao controle dos impulsos.

Este mecanismo ocorre principalmente no córtex pré-frontal, região do cérebro responsável por funções de execução como planejamento, organização e controle inibitório. 

Aumentando a disponibilidade de noradrenalina especificamente aí, temos uma melhora na capacidade de concentração, levando o paciente a reduzir a impulsividade e hiperatividade, algumas das principais características do TDAH.

Confira: Ritalina: Tudo o que você precisa saber 

Entendendo a relação da noradrenalina e TDAH

Uma pesquisa publicada pela revista Ciência & Cognição aponta que pessoas com TDAH frequentemente apresentam alterações no funcionamento do sistema noradrenérgico. 

A noradrenalina (também chamada de norepinefrina) é um neurotransmissor - uma substância química que envia sinais entre os neurônios. 

Ela desempenha um papel importante nas chamadas funções executivas do cérebro, incluindo:

  • atenção;
  • concentração;
  • motivação;
  • regulação do humor. 

O papel do Atentah nesse contexto é estratégico: como ele aumenta os níveis de noradrenalina no córtex pré-frontal, ajuda a normalizar a atividade cerebral, melhorando os sintomas associados ao transtorno. 

Isso explica por que muitos pacientes relatam grande melhora na capacidade de concentração e redução da impulsividade depois de pouco tempo tendo iniciado o tratamento.

Atentah vs. medicamentos estimulantes: quais as diferenças?

Um dos diferenciais mais importantes do Atentah é o fato de ser um medicamento não estimulante.

Seu mecanismo de funcionamento e a forma como age sobre a noradrenalina em especial tem tudo a ver com esse fato: outras opções com princípios-ativos como o metilfenidato (Ritalina) e a lisdexanfetamina (Venvanse), são psicoestimulantes por não serem seletivos em suas ações. Todo o cérebro é estimulado.

Esses medicamentos aumentam os níveis de dopamina e noradrenalina com maior potência, o que pode resultar em efeitos imediatos e mais perceptíveis. No caso do Atentah, a ação é mais gradual e focalizada.

A diferença tem implicações importantes:

  • Enquanto os estimulantes geralmente começam a fazer efeito em questão de horas, o Atentah pode levar algumas semanas para atingir sua eficácia plena;
  • Apresenta menor risco de dependência e abuso, sendo uma opção mais segura para pacientes com histórico de transtornos por uso de substâncias;
  • Por não ser um estimulante, não costuma causar insônia ou perda significativa de apetite, efeitos colaterais comuns dos medicamentos estimulantes;
  • O efeito tende a ser mais estável ao longo do dia, sem as “montanhas russas”, como chamam informalmente alguns usuários, características de alguns estimulantes.

5 benefícios do Atentah no tratamento do TDAH

O uso correto da medicação pode trazer inúmeros benefícios a curto prazo. A seguir, trouxemos 5 dos principais:

  1. Melhora da atenção: com o equilíbrio da ação no cérebro, a atenção dos pacientes tende a aumentar;
  2. Redução da impulsividade: com mais atenção e controle das emoções, vem à redução da impulsividade, favorecendo decisões mais bem planejadas;
  3. Diminuição da hiperatividade: os níveis de agitação e inquietação vão caindo significativamente conforme o tratamento segue;
  4. Estabilidade emocional: muitos pacientes experimentam melhora na forma como lidam com as emoções, podendo ter mais tranquilidade e menos irritabilidade;
  5. Melhora do desempenho acadêmico ou profissional: como resultado dos benefícios anteriores, dificuldades comuns tendem a cessar, fazendo com que a vida profissional ou acadêmica tenha um ganho.

Novamente reforçamos que esses benefícios geralmente ocorrem após algumas semanas de uso contínuo (no mínimo 2 semanas), com estabilidade total do potencial terapêutico entre 6 a 8 semanas. O uso, claro, deve ser contínuo e respeitar algumas considerações, como apontamos no próximo tópico.

Principais considerações sobre o uso do Atentah

Como todo medicamento, o Atentar possui alguns pontos para o paciente ficar atento. Em geral, esses pontos são trazidos pelo profissional de saúde, que irá personalizar o uso conforme o quadro de cada pessoa. 

As informações também se encontram na bula. Para facilitar o acesso, reunimos as principais:

Indicações e dosagem

A dosagem varia conforme o peso corporal e a resposta individual ao tratamento ou grau de elevação dos sintomas de cada um. A faixa etária também é importante. Para crianças e adolescentes de até 70kg, por exemplo, o início tende a ser gradual, com a menor dose (0,5mg por dia), podendo aumentar para até 1,2mg.

No caso de adultos e pessoas com peso acima dos 70kg, a indicação pode começar com 40mg por dia, podendo chegar até 100.

As formas de administração variam: pode ser indicado apenas uma vez ao dia, pela manhã, ou duas vezes, manhã e tarde. 

Efeitos colaterais comuns

Como todo medicamento, o Atentar colaterais comuns e mais raros, que tendem a aparecer nas primeiras semanas, quando o corpo está se adaptando à substância do remédio, para então cessar. Os mais relatados são:

  • Diminuição do apetite;
  • Náuseas e desconforto gastrointestinal;
  • Fadiga ou sonolência;
  • Boca seca;
  • Tontura;
  • Alterações no humor

Lembre-se sempre de ficar atento à reação que a medicação irá trazer nesses momentos iniciais, para adaptar a dosagem ou mesmo trocar de estratégia, se necessário, junto do médico.

Quem pode usar Atentah? Perfil dos pacientes mais comuns

O uso é exclusivamente para o TDAH. No entanto, o transtorno não é o mesmo para todas as pessoas, que possuem condições prévias importantes a serem consideradas.

Em geral, pessoas que possuem algum tipo de problema com estimulantes podem se beneficiar. Esses problemas podem ser ligados à ansiedade, histórico de abuso de substâncias ou até mesmo algumas comorbidades, como Síndrome de Tourette.  

Além disso, existem interações que podem ser perigosas ou mesmo anular o efeito terapêutico do medicamento. É o caso do álcool. Uma dúvida frequente é se pode ser feito o consumo de bebidas durante o tratamento. A resposta é: não é indicado.

Isso porque, enquanto depressor do sistema nervoso central, o álcool pode causar maior euforia e impulsividade, além de bagunçar o mecanismo de ação da noradrenalina.

Preciso de acompanhamento médico?

Sim. O tratamento com a medicação deve ser feito em um contexto de acompanhamento médico, principalmente porque esse profissional será capaz de monitorar, ajustar e aprimorar as estratégias ao longo do tempo.

O TDAH, por si só, é uma condição multifatorial, que exige um diagnóstico preciso. Além disso, existe a personalização da dosagem, conforme peso, idade, resposta ao tratamento e presença de comorbidades.

Além dos efeitos colaterais citados, é preciso também manter um acompanhamento mais focado na parte cardiovascular, com exames frequentes, bem como o peso e a rotina de sono. 

Além disso, vale ressaltar que o medicamento é um auxiliador do tratamento, que não se resume apenas a ele. O paciente deve investir em psicoterapia, estratégias educacionais, equilíbrio na alimentação e estilo de vida.

Conclusão

Neste conteúdo, vimos como o Atentah age no cérebro a partir de seu mecanismo inovador de aumento da presença de noradrenalina em regiões importantes do cérebro.

Além disso, trouxemos informações da bula, como efeitos colaterais e dosagens, reforçando a importância do tratamento médico ao longo do uso.

Para se manter informado de maneira simples e prática, acesse nossas bulas digitais. Nelas, você encontra dados atualizados e confiáveis a qualquer momento, totalmente online.

Referências

COUTO, Taciana de Souza; DE MELO-JUNIOR, Mario Ribeiro; DE ARAÚJO GOMES, Cláudia Roberta. Aspectos neurobiológicos do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): uma revisão. Ciências & Cognição, v. 15, n. 1, p. 241-251, 2010.

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