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Neuralgia do Trigêmeo: o que é, causas e tratamentos

A Neuralgia do Trigêmeo, também conhecida como tic douloureux, é um distúrbio de nervo que pode causar uma dor facial intensa repentina.

Por Redação Sara
03/11/2025 Atualizado há 6 dias
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Neuralgia do Trigêmeo: o que é, causas e tratamentos

Ela é uma condição neurológica rara, mas altamente incapacitante, caracterizada por episódios de dor súbita e debilitante no rosto. Embora a neuralgia do trigêmeo não represente risco imediato de vida, o impacto sobre a rotina e a qualidade de vida pode ser profundo, já que tarefas simples como mastigar, falar ou até escovar os dentes podem desencadear crises. 

Por isso, identificar corretamente os sinais e entender as opções de tratamento te ajudam a garantir alívio e prevenir o agravamento do quadro. 

O que é o nervo trigêmeo e qual a sua função?

O nervo trigêmeo é o quinto nervo craniano e tem como principal função transmitir sensações do rosto para o cérebro. Ele também participa dos movimentos da mastigação, integrando funções motoras e sensoriais.

Esse nervo é dividido em três ramos principais: oftálmico, maxilar e mandibular. Cada um deles é responsável por diferentes áreas da face, abrangendo desde a região dos olhos até a mandíbula. 

Quando há algum comprometimento ou inflamação do nervo trigêmeo, a comunicação entre o rosto e o cérebro se torna disfuncional, resultando em disparos de dor súbita. 

Tipos de neuralgia do trigêmeo

A neuralgia do trigêmeo pode ser classificada em três tipos principais: clássica, secundária e idiopática.

Neuralgia do trigêmeo clássica

Esse tipo é o mais comum e está geralmente associado à compressão do nervo trigêmeo por um vaso sanguíneo. A pressão constante leva à degeneração da bainha de mielina, estrutura que reveste o nervo e garante sua condução elétrica adequada.

Neuralgia do trigêmeo secundária

Está relacionada a condições subjacentes, como esclerose múltipla, tumores cerebrais ou sequelas de acidentes vasculares. Nesse caso, a neuralgia não é uma condição isolada, mas sim uma manifestação de outra doença neurológica ou estrutural.

Neuralgia do trigêmeo idiopática

O termo “idiopática” é usado quando não se encontra uma causa aparente para a neuralgia do trigêmeo. Apesar disso, os sintomas e o impacto na vida do paciente são semelhantes, exigindo a mesma atenção no diagnóstico e no tratamento.

Sintomas da neuralgia do trigêmeo e como identificá-los

Existem 5 sintomas que podem levar ao diagnóstico da neuralgia do trigêmeo:

  1. Dor intensa e repentina, semelhante a choques ou facadas;
  2. Duração curta, geralmente de segundos a poucos minutos, mas pode ocorrer repetidamente;
  3. Afeta um lado do rosto (quase sempre unilateral);
  4. Episódios podem se tornar mais frequentes com o tempo;
  5. Sensação de choques elétricos, que surgem de forma imprevisível.

A dor facial intensa é a marca registrada da condição e geralmente se manifesta de maneira unilateral, o que ajuda a diferenciá-la de outros problemas. Sua duração curta, mas repetida, faz com que o impacto seja contínuo, já que o medo de uma nova crise acompanha o paciente ao longo do dia.

Quais são os gatilhos da neuralgia do trigêmeo?

Os gatilhos da neuralgia do trigêmeo incluem estímulos leves, como mastigar, falar, sorrir ou até sentir o vento no rosto. Essa característica faz com que situações comuns se transformem em fontes de dor intensa.

Embora não seja possível prever com exatidão quando a dor surgirá, observar quais situações tendem a precipitar os episódios ajuda no manejo diário. 

Qual a característica mais comum da dor associada à neuralgia do trigêmeo?

A principal característica da dor da neuralgia do trigêmeo é a intensidade extrema, descrita como choques elétricos ou facadas no rosto.

Esse tipo de dor não se assemelha às dores musculares ou tensionais, sendo muito mais aguda e incapacitante. A imprevisibilidade dos episódios amplia o impacto, já que não há sinais claros de alerta que permitam ao paciente se preparar.

Principais causas e fatores de risco

As causas da neuralgia do trigêmeo podem incluir compressão do nervo por vasos sanguíneos, doenças neurológicas como a esclerose múltipla, tumores, traumas cranianos ou até malformações estruturais. Em muitos casos, a compressão vascular é a origem provável, mas nem sempre é possível identificar uma causa específica.

Idade acima dos 50 anos, histórico familiar, presença de doenças crônicas e condições que afetam a bainha de mielina, estrutura que protege os nervos – esses fatores não determinam que você terá a doença, mas aumentam a probabilidade de que ela apareça.

Diagnóstico da neuralgia do trigêmeo

O diagnóstico da neuralgia do trigêmeo é clínico, baseado na história do paciente e na descrição da dor. O padrão súbito, intenso e unilateral é altamente sugestivo.

Para descartar outras condições, exames como ressonância magnética podem ser solicitados. Eles ajudam a identificar compressões vasculares, tumores ou sinais de doenças neurológicas associadas. Essa etapa é importante, já que os sintomas podem ser confundidos com problemas dentários, sinusites ou outras dores neuropáticas faciais.

Fazer o diagnóstico precoce garante mais chances de controle eficaz da dor e possibilita a escolha do uso de medicamentos para neuralgia adequados. 

Quanto tempo dura uma crise de neuralgia do trigêmeo?

Uma crise de neuralgia do trigêmeo pode durar de alguns segundos a poucos minutos, mas tende a se repetir várias vezes ao longo do dia.

A intensidade da dor, mesmo em episódios curtos, é suficiente para comprometer atividades cotidianas. A frequência variável faz com que algumas pessoas tenham longos períodos sem dor, enquanto outras enfrentam crises diárias.

Compreender essa variação ajuda a diferenciar a condição de outros distúrbios e orienta o manejo clínico. Apesar da dor ser intensa, o acompanhamento médico adequado pode reduzir a frequência e a intensidade das crises, oferecendo mais qualidade de vida ao paciente.

Tratamento da neuralgia do trigêmeo

O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico, dependendo da gravidade da dor e da resposta do paciente aos remédios.

No tratamento com remédios, os anticonvulsivantes são geralmente a primeira escolha, já que ajudam a reduzir a transmissão dos sinais dolorosos no nervo. Substâncias como carbamazepina, oxcarbazepina e gabapentina são frequentemente utilizadas, sempre com ajuste de dose definido pelo neurologista. Em alguns casos, antidepressivos tricíclicos também podem ser indicados, especialmente quando a dor neuropática é persistente. 

Lembre-se que os efeitos colaterais precisam ser monitorados e que qualquer ajuste deve ser feito apenas sob supervisão médica. Se houver dúvidas sobre algum fármaco, a bula digital é um recurso seguro para você consultar.

Quando os medicamentos deixam de ser eficazes ou causam reações adversas importantes, os procedimentos cirúrgicos tornam-se alternativas viáveis. A descompressão microvascular, por exemplo, é indicada quando há compressão do nervo trigêmeo por um vaso sanguíneo, e costuma oferecer alívio duradouro. 

Já os procedimentos percutâneos, como a rizotomia por radiofrequência ou a injeção de glicerol, são menos invasivos e atuam lesionando seletivamente o nervo para interromper os impulsos dolorosos. Outra opção é a radiocirurgia estereotáxica, conhecida como Gamma Knife, que utiliza radiação direcionada para atingir o nervo de forma não invasiva.

Como aliviar a dor da neuralgia do trigêmeo?

O alívio imediato pode ser buscado com medidas simples, mas seu tratamento deve ser conduzido pelo médico. 

Aplicar compressas mornas no rosto, evitar exposição a vento frio e adotar técnicas de respiração profunda durante as crises são práticas que oferecem conforto em momentos de maior intensidade. 

Pequenas adaptações na rotina, como escovar os dentes com movimentos mais suaves e dar preferência a alimentos de fácil mastigação, também ajudam a reduzir o risco de desencadear episódios de dor. 

Em alguns casos, mudanças de estilo de vida, como evitar gatilhos que desencadeiam a dor — vento frio no rosto ou escovação vigorosa dos dentes, por exemplo —, também fazem parte do alívio da dor. 

Mesmo que esses cuidados ofereçam certo alívio, eles não substituem o tratamento clínico ou cirúrgico, mas podem ser aliados importantes para quem convive com dores neuropáticas faciais.

Cuidados complementares e manejo da dor

Viver com dores neuropáticas faciais exige que você tenha atenção, uma atenção para além do acompanhamento médico e do uso de medicamentos para neuralgia.

Terapias complementares como acupuntura, fisioterapia e técnicas de relaxamento podem contribuir para o controle da dor. A psicoterapia também pode ser uma aliada importante, já que crises recorrentes muitas vezes afetam o bem-estar emocional. 

Manter uma alimentação equilibrada, priorizar uma boa higiene do sono e praticar atividades leves fortalecem o organismo e ajudam na regulação da percepção da dor. 

O cuidado vai além de tratar sintomas: é sobre cuidar da pessoa de forma integral, garantindo mais segurança e equilíbrio na rotina. Apesar do impacto da neuralgia do trigêmeo, existem opções eficazes para controlar a doença, que variam entre medicamentos, cirurgias e cuidados complementares. 

O acompanhamento próximo com seu médico é a melhor forma para que cada tratamento seja adaptado à sua realidade, sempre priorizando a segurança e o equilíbrio entre eficácia e qualidade de vida.

Se você ou alguém próximo convive com crises de dor facial intensa, lembre-se de que a informação é uma grande aliada.

A Sara está disponível para oferecer conteúdos confiáveis e acesso facilitado às bulas digitais, conectando pacientes e médicos a informações seguras e atualizadas. Cuidar da sua saúde começa por compreender seu quadro e seguir de perto as orientações médicas.

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