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O que é icterícia e por que ela causa o amarelamento da pele?

A icterícia é um dos sinais mais visíveis de que algo não está bem com o funcionamento do corpo, especialmente com o fígado e as vias biliares.

Por Redação Sara
22/10/2025 Atualizado há 4 horas
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O que é icterícia e por que ela causa o amarelamento da pele?

A icterícia se manifesta pelo amarelamento da pele e dos olhos, resultado do acúmulo de bilirrubina no sangue — uma substância produzida naturalmente durante a degradação das hemácias. Embora seja um sintoma comum em recém-nascidos, também pode afetar adultos e idosos, podendo sinalizar desde condições leves até doenças hepáticas mais graves.

O corpo humano depende de um equilíbrio delicado entre a produção e a eliminação da bilirrubina. Quando o fígado ou as vias biliares não conseguem processar essa substância de forma adequada, ocorre seu acúmulo no organismo, resultando na coloração amarelada característica da icterícia.

Essa alteração pode ser temporária e inofensiva, como na icterícia neonatal fisiológica, ou representar um indício de inflamação hepática, obstrução biliar ou doenças do sangue. Por isso, entender suas causas, sintomas e formas de tratamento é essencial para agir com segurança e garantir um diagnóstico precoce.

O que é icterícia e como ela se manifesta?

A icterícia é um sinal visível de que algo pode não estar funcionando bem no organismo, especialmente no que diz respeito ao fígado e ao equilíbrio da bilirrubina no sangue. É facilmente reconhecida pelo amarelamento da pele, dos olhos e, em alguns casos, das mucosas.

Essa coloração amarelada surge pelo acúmulo de bilirrubina, uma substância produzida naturalmente durante a degradação das hemácias. Em condições normais, o fígado processa e elimina essa substância por meio da bile. No entanto, quando há algum desequilíbrio — seja por produção excessiva, falha na metabolização ou obstrução das vias biliares — ocorre o acúmulo no sangue, dando origem à icterícia.

A intensidade e a causa dessa manifestação podem variar bastante. Em alguns casos, trata-se de uma condição temporária e inofensiva, como na icterícia neonatal fisiológica. Já em outros, pode estar associada a inflamações hepáticas, obstruções ou doenças sanguíneas.

Tipos de icterícia

A icterícia é classificada em três grandes tipos, de acordo com a origem do acúmulo de bilirrubina: pré-hepática, hepática e pós-hepática. Essa distinção é essencial para entender o que está acontecendo no organismo e orientar o tratamento adequado.

Na icterícia pré-hepática, o problema ocorre antes de a bilirrubina chegar ao fígado. Isso acontece quando há destruição excessiva das hemácias, como em anemias hemolíticas ou reações transfusionais, gerando uma produção de bilirrubina além da capacidade de processamento do fígado. 

No caso da icterícia hepática, a falha está no próprio fígado, que perde sua função de metabolizar e eliminar a substância — como ocorre em hepatites virais, inflamação hepática e cirrose. Por fim, a icterícia pós-hepática ou icterícia obstrutiva surge quando há bloqueios nas vias biliares, muitas vezes causados por cálculos, tumores ou inflamações que impedem a passagem da bile para o intestino.

Entre os recém-nascidos, há uma classificação própria: a icterícia neonatal, que pode ser fisiológica — natural e transitória — ou patológica, quando há bilirrubina elevada por infecções, incompatibilidade sanguínea ou problemas metabólicos. Em adultos e idosos, as formas hepática e obstrutiva são as mais comuns, refletindo alterações crônicas e degenerativas do fígado. 

Leia também: Hepatite em Crianças: Sintomas, Riscos e Cuidados

Causas da icterícia em diferentes faixas etárias

As causas da icterícia variam conforme a idade e o estado de saúde:

  1. Aumento da produção de bilirrubina;
  2. Redução da capacidade do fígado de processar a bilirrubina;
  3. Obstrução nas vias biliares;
  4. Doenças hereditárias ou metabólicas;
  5. Infecções ou uso de medicamentos hepatotóxicos.

Em geral, elas se dividem entre fatores que afetam a produção, o metabolismo ou a eliminação da bilirrubina.

Nos adultos, as causas mais comuns estão relacionadas a doenças hepáticas e à icterícia colestática, em que a bile não flui adequadamente para o intestino. Isso pode acontecer por inflamações nas vias biliares ou pela presença de cálculos e tumores. 

Já nos recém-nascidos, o acúmulo de bilirrubina alta se deve à imaturidade do fígado, que ainda não consegue processar totalmente a substância. Embora o quadro costume se resolver sozinho, alguns bebês desenvolvem icterícia patológica, que requer atenção médica imediata.

Cada faixa etária apresenta mecanismos distintos que explicam o surgimento da icterícia, mas todas têm em comum a necessidade de diagnóstico preciso e cuidados médicos adequados para evitar complicações. Por isso, é importante ter um olhar especial para idosos e pessoas com condições crônicas:

Icterícia em idosos e pessoas com condições crônicas

A icterícia em pessoas idosas costuma ter causas diferentes da observada em bebês e jovens adultos. 

Com o envelhecimento, o metabolismo se torna mais lento e o fígado pode apresentar menor capacidade de filtrar substâncias e eliminar a bilirrubina alta. Isso faz com que o amarelamento da pele e dos olhos seja um sintoma comum em quadros relacionados a doenças hepáticas, icterícia obstrutiva e até distúrbios hematológicos.

Entre as causas mais frequentes estão a colelitíase (presença de cálculos biliares), hepatites crônicas, cirrose, neoplasias hepáticas e o uso prolongado de medicamentos que sobrecarregam o fígado. 

Em pessoas com doenças autoimunes ou condições metabólicas como o diabetes, o risco de desenvolver inflamação hepática também é maior, o que pode agravar o quadro. 

Sinais e sintomas que indicam icterícia

O sintoma mais comum da icterícia é o amarelamento da pele e da parte branca dos olhos. Essa mudança de coloração aparece de forma gradual, primeiro nas mucosas e, em seguida, no rosto e no restante do corpo. 

Entre os sintomas de fígado mais associados à icterícia estão a urina escura, fezes esbranquiçadas, coceira intensa e sensação de cansaço sem causa aparente. Em alguns casos, há dor na parte superior do abdômen, náuseas e perda de apetite. 

Nos idosos, os sintomas podem ser mais discretos ou confundidos com outras condições, o que torna o diagnóstico mais desafiador. Por isso, qualquer mudança no tom da pele ou nos olhos deve ser avaliada rapidamente. 

Como a icterícia é diagnosticada?

O diagnóstico de icterícia começa pela observação clínica: o médico avalia a coloração da pele, mucosas e olhos, e coleta o histórico do paciente para identificar possíveis causas, como uso de medicamentos, infecções ou doenças pré-existentes. 

Em seguida, são solicitados exames laboratoriais para medir os níveis de bilirrubina total e frações, o que ajuda a determinar se a origem é hepática, hemolítica ou obstrutiva.

Entre os principais exames estão o hemograma, que avalia a saúde geral do sangue; as enzimas hepáticas (TGO, TGP, GGT e fosfatase alcalina), que indicam o funcionamento do fígado; e testes de função biliar. 

Seu médico também poderá solicitar exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia, que são fundamentais para visualizar obstruções, inflamações ou lesões hepáticas.

Tratamentos disponíveis para a icterícia

O tratamento da icterícia depende diretamente da causa que provocou o aumento da bilirrubina. 

Em bebês, a icterícia neonatal leve costuma ser tratada com fototerapia, uma técnica que utiliza luz especial para quebrar o excesso de bilirrubina e facilitar sua eliminação. Nos casos mais severos, pode ser necessária a exsanguinotransfusão — procedimento em que parte do sangue do bebê é substituída para normalizar os níveis.

Para os adultos e idosos, o tratamento é voltado à causa subjacente. Quando a icterícia obstrutiva é provocada por cálculos biliares, por exemplo, pode ser indicada cirurgia ou endoscopia para desobstruir as vias biliares. 

Nas doenças hepáticas como hepatite ou cirrose, o foco é controlar a inflamação e proteger o fígado, com suporte medicamentoso e mudanças no estilo de vida. 

Medicamentos hepatoprotetores e antivirais podem ser prescritos, sempre com orientação médica e acompanhamento regular. Você pode consultar informações sobre eles nas bulas digitais de Sara.

Riscos e complicações da icterícia sem tratamento

Quando não tratada, a bilirrubina alta pode alcançar níveis tóxicos, comprometendo não apenas o fígado, mas também o sistema nervoso e outros órgãos.

Em recém-nascidos, o risco maior é a encefalopatia bilirrubínica — também chamada de kernicterus —, uma condição rara, mas grave, que pode causar danos cerebrais permanentes.

Nos adultos e idosos, o atraso no diagnóstico pode resultar em complicações como insuficiência hepática, infecções secundárias e agravamento de doenças hepáticas pré-existentes, como hepatites e cirrose. 

Casos de icterícia colestática ou icterícia obstrutiva prolongadas podem evoluir com coceira intensa, perda de peso, acúmulo de toxinas no sangue e até falência do fígado.

Como prevenir a icterícia e reconhecer sinais de alerta

Prevenir a icterícia envolve cuidar da saúde do fígado, órgão fundamental responsável por metabolizar a bilirrubina e diversas outras substâncias no organismo.

Mantenha uma alimentação equilibrada, com baixo consumo de gorduras saturadas e álcool, o que é uma das medidas mais eficazes. Evite o uso de medicamentos sem orientação médica, afinal, muitos deles sobrecarregam o fígado e podem causar inflamação hepática.

Nos recém-nascidos, o aleitamento materno adequado ajuda a reduzir o risco de icterícia neonatal, pois estimula o funcionamento do fígado e a eliminação da bilirrubina pelas fezes. 

Em adultos e idosos, é importante realizar check-ups regulares, monitorar exames de contagem de plaquetas e enzimas hepáticas, além de manter o controle de condições como diabetes, hipertensão e doenças autoimunes, que afetam o metabolismo hepático.

Observar os sinais de alerta, como pele e olhos amarelados, urina escura, fezes claras, cansaço extremo, náusea e dor no abdômen superior direito, é fundamental para identificar quando o fígado pode estar sobrecarregado. Procurar avaliação médica rapidamente pode fazer toda a diferença no diagnóstico e no cuidado adequado.

Na Sara, você encontra informações confiáveis sobre saúde do fígado, diagnóstico de icterícia e cuidados médicos, ajudando a entender melhor os sinais do seu corpo e a tomar decisões mais seguras para o seu bem-estar.

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