Apesar da trombose parecer distante do cotidiano, ela é uma condição que pode surgir de forma silenciosa e inesperada. Seja após uma viagem longa, uma cirurgia recente ou mesmo durante o uso de medicamentos específicos, o risco de formação de coágulos é real e exige atenção. A falta de circulação adequada pode comprometer órgãos importantes e, em casos graves, levar a situações de emergência.
A boa notícia é que, com acompanhamento adequado e informações confiáveis, é possível prevenir complicações e preservar a qualidade de vida. Essa é uma conversa importante sobre cuidado e atenção com o corpo — e merece ser encarada com seriedade, mas sem medo.
Saber o que é trombose, como ela se forma, seus sinais iniciais e fatores de risco pode ajudar a evitar quadros mais graves e preservar a qualidade de vida.
A trombose é o processo de formação de um coágulo (trombo) em um vaso sanguíneo, que pode ser uma veia (trombose venosa) ou uma artéria (trombose arterial). Esse coágulo impede que o sangue circule corretamente, podendo causar dor, inchaço e complicações mais graves.
No organismo saudável, o sangue circula de maneira constante pelos vasos, sendo responsável por transportar oxigênio e nutrientes a todas as partes do corpo. Quando ocorre uma lesão, os coágulos surgem como um mecanismo de defesa para estancar sangramentos.
Porém, se esse processo se desenvolve de forma inadequada, pode provocar obstruções prejudiciais à circulação. A formação do trombo pode estar relacionada à lentidão do fluxo sanguíneo, alterações na coagulação e lesões na parede dos vasos.
Quando esse coágulo se desloca, há risco de complicações, como a embolia pulmonar, que compromete a oxigenação do corpo.
Existem 3 tipos de trombose: venosa profunda, arterial e pulmonar.
Cada uma tem características específicas.
A forma mais comum é a trombose venosa profunda (TVP), que geralmente afeta as pernas. A TVP pode ser silenciosa, mas seus sintomas, como dor e inchaço, devem ser levados a sério. Há também a trombose superficial, que ocorre em veias mais próximas da pele, normalmente com menor risco, mas que também exige atenção médica.
Nesse tipo, o coágulo se forma nas artérias, bloqueando o fluxo de sangue para órgãos vitais. Isso pode ocasionar quadros graves, como infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC). Embora menos comum, tem maior potencial de causar complicações severas.
Quando um coágulo se desprende e chega aos pulmões, ocorre a embolia pulmonar. Essa condição pode surgir de forma repentina, provocando falta de ar intensa, dor no peito e risco à vida, exigindo atendimento emergencial.
Mesmo com diversos tipos, os sintomas delas convergem e o diagnóstico irá constatar o tipo e, consequentemente, o melhor tratamento. Em caso de suspeitas, procure um médico da sua confiança.
Os sintomas de trombose variam conforme a localização do coágulo, mas os sinais mais frequentes envolvem a região das pernas:
Esses sinais podem ser confundidos com outras condições circulatórias ou musculares, mas é indispensável observar se eles surgem de maneira súbita, unilateral e persistente.
A dor na perna é um dos primeiros sinais de alerta, podendo ser leve no início e piorar com o passar das horas, principalmente quando há movimentação. Já o inchaço localizado, que muitas vezes acomete apenas uma perna, pode se manifestar com ou sem dor intensa, dificultando a mobilidade.
Também é importante observar a presença de vermelhidão e a sensação de calor na região afetada são respostas inflamatórias do corpo ao trombo, e devem ser levadas a sério, especialmente se acompanhadas de endurecimento ou veias aparentes.
Em alguns casos, a sensação de peso nas pernas aparece antes dos outros sintomas, sendo um indicativo precoce de que algo pode estar errado com a circulação. Ao notar um ou mais desses sinais, a recomendação é não ignorar e buscar uma avaliação médica o quanto antes.
Diversos fatores podem aumentar o risco de formação de coágulos no organismo, entre eles:
Esses fatores interferem na fluidez do sangue, no estado dos vasos e na capacidade de coagulação do organismo.
O uso de anticoncepcionais, por exemplo, pode alterar o equilíbrio hormonal e favorecer a formação de trombos, principalmente em pacientes predispostas. Da mesma forma, o sedentarismo reduz o retorno venoso e pode provocar estase sanguínea, especialmente nos membros inferiores.
É importante conversar com um médico sobre seu histórico familiar e seus hábitos de vida para avaliar o risco individual de trombose.
O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica dos sintomas, histórico do paciente e exames complementares. Os principais exames incluem:
A avaliação médica é a melhor forma de levantar hipóteses e direcionar os exames mais adequados.
O tratamento para trombose depende da localização e da gravidade do quadro. De modo geral, os medicamentos anticoagulantes são a base do tratamento, atuando na prevenção da formação de novos coágulos e evitando o crescimento dos já existentes.
Substâncias como heparina, varfarina, rivaroxabana e apixabana são frequentemente utilizadas, com acompanhamento rigoroso. Você pode conhecer detalhes sobre elas nas bulas digitais.
Em casos graves, como na embolia pulmonar, pode ser necessário o uso de trombolíticos, que dissolvem os coágulos de forma mais rápida. Quando há contraindicação aos anticoagulantes, uma opção é o implante de filtros de veia cava, que impedem que o trombo alcance os pulmões.
A cirurgia é reservada para situações muito específicas e, em geral, não é a primeira escolha. Em quadros periféricos, também podem ser indicadas meias de compressão, que auxiliam a circulação e reduzem o inchaço.
A prevenção da trombose envolve a combinação de hábitos saudáveis com acompanhamento médico. Praticar exercícios físicos regularmente, manter o peso adequado e abandonar o tabagismo são atitudes que fazem a diferença nos cuidados preventivos.
Além disso, é importante evitar a permanência em uma mesma posição por muito tempo. Em viagens longas, fazer pausas para caminhar ou movimentar os membros inferiores pode reduzir consideravelmente o risco. Em pacientes com maior risco, o uso de meias de compressão pode ser orientado por um especialista.
A hidratação constante, o controle de doenças crônicas como hipertensão e diabetes, e a avaliação criteriosa do uso de anticoncepcionais hormonais também fazem parte dos cuidados preventivos.
Manter a adesão ao tratamento prescrito é a melhor maneira de garantir a segurança e eficácia dos medicamentos utilizados no controle da trombose. Anticoagulantes, por exemplo, exigem uso correto e regular para evitar complicações como sangramentos ou formação de novos coágulos.
Nesse contexto, a bula digital para anticoagulantes é uma ferramenta valiosa. Ela permite ao paciente consultar informações atualizadas e acessíveis sobre o medicamento, inclusive interações, posologia, efeitos adversos e cuidados específicos, favorecendo um tratamento mais seguro.
Acompanhamento médico regular também é indispensável para ajustes de dose, solicitação de exames e reavaliação do risco de complicações, especialmente em pacientes com trombose recorrente ou com histórico de embolia pulmonar.
Saber o que é trombose é o primeiro passo para reconhecer sinais e adotar medidas de prevenção. A condição, embora comum, pode ser grave quando não identificada e tratada a tempo. Por isso, estar atento aos sintomas de trombose, como dor, inchaço e alterações de coloração pode fazer toda a diferença.
Com opções como anticoagulantes, trombolíticos, filtros e meias de compressão, o tratamento para trombose tem se mostrado eficaz. A adesão ao tratamento, aliada ao uso da bula digital para anticoagulantes, fortalece a segurança e a compreensão dos cuidados necessários.
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