
A diarreia é uma condição comum que resulta em fezes soltas ou líquidas, acompanhadas de cólicas, náuseas, vômitos e às vezes febre.
Sua principal causa é a ingestão de alimentos e água contaminados com bactérias, parasitas ou vírus, como o Rotavírus ou a Escherichia coli (E. coli).
Além disso, alguns medicamentos podem provocá-la. Antibióticos, em especial, têm esse efeito por alterar o equilíbrio natural das bactérias no intestino.
Condições médicas como a doença celíaca, a doença de Crohn, a colite ulcerativa e a síndrome do intestino irritável (SII) também são comumente associadas ao quadro.
Neste texto, você aprenderá sobre:
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A diarreia acontece quando o intestino perde a capacidade de reter água e sais minerais. Com isso, as fezes ficam fluidas e as evacuações tornam-se frequentes.
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Esse distúrbio gastrointestinal pode ter motivos e apresentações diferentes. A seguir, confira os tipos e suas características!
A diarreia infecciosa (gastroenterite) surge por vírus, bactérias ou parasitas. Um exemplo é a diarreia do viajante, frequente em regiões com saneamento precário.
Ela ocorre após o consumo de alimentos ou bebidas contaminadas, ou mediante o contato com pessoas infectadas, ou com animais transmissores da doença.
A diarreia osmótica acontece quando o trato intestinal não absorve certas substâncias corretamente. Isso faz com que a água se acumule, tornando as fezes líquidas.
Indivíduos com intolerância à lactose ou frutose costumam apresentá-la. O uso de laxantes osmóticos também pode provocá-la.
A diarreia gordurosa (esteatorreia) é resultante da má absorção de gorduras. Trata-se de uma ocorrência habitual em quem tem doença celíaca ou pancreatite crônica. Nesse caso, os nutrientes que não são digeridos saem junto às fezes.
A diarreia funcional ocorre sem motivo claro. É comum em pessoas com SII, e pode se manifestar de várias formas: predominância de constipação, predominância de evacuações soltas, mista ou não especificada.
A diarreia crônica é caracterizada por um quadro persistente, que dura mais de quatro semanas.
Esse tipo está relacionado a problemas de absorção, intolerâncias alimentares, distúrbios funcionais ou o uso de medicamentos. O foco aqui é o tempo de duração, e não o que motivou sua ocorrência.
A diarreia aguda dura menos de duas semanas e surge, geralmente, de forma repentina. É usual em quadros infecciosos e condições de saúde de curta duração e baixa gravidade. Nessa manifestação, os sintomas são autolimitados e tendem a desaparecer sozinhos.
Na maioria das vezes, as causas da diarreia estão relacionadas às infecções virais, bacterianas ou parasitárias.
Outros fatores que provocam esse quadro são o uso de certos medicamentos, como os antibióticos, além das intolerâncias alimentares e doenças intestinais crônicas.
A diarreia costuma vir acompanhada de desconfortos que indicam um desequilíbrio no intestino. Entre eles estão os gases e as cólicas, que surgem pela movimentação acelerada das alças intestinais.
Além disso, é comum sentir urgência para evacuar, já que o organismo tenta eliminar o conteúdo que está gerando desconforto intestinal rapidamente.
Em casos provocados por infecções ou intoxicações, pode haver náusea e vômito, sinais de que o corpo está reagindo à presença de agentes nocivos.
Esses sintomas da diarreia variam conforme o quadro e o estado de hidratação da pessoa. Contudo, se forem intensos ou persistirem por pelo menos dois dias, eles devem ser avaliados por um médico.
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A desidratação acontece quando o corpo perde mais líquidos do que ingere. Ela não leva embora apenas água, mas também eletrólitos importantes, como sódio, potássio, magnésio e cloretos.
Sem esses elementos, os músculos, nervos e órgãos não funcionam direito.
Nos casos leves, a desidratação causa sede intensa, boca seca e cansaço. Em situações graves, pode haver fraqueza extrema, confusão mental e queda da pressão arterial.
Se não tratada, a perda de fluidos pode evoluir para choque hipovolêmico e insuficiência renal, exigindo atendimento médico imediato.
Os cuidados com a alimentação envolvem priorizar comidas de fácil digestão e pouco gordurosas. O ideal é fazer pequenas refeições ao longo do dia, mantendo a hidratação constante.
Entre as opções recomendadas, estão aquelas que ajudam a firmar as fezes e repor nutrientes, tais como:
Já os alimentos que causam diarreia devem ser evitados, pois irritam o tubo digestivo ou aumentam o trânsito intestinal, sendo eles:
Após o episódio, o uso de probióticos ajuda a restaurar a flora intestinal, reequilibrando as bactérias benéficas e fortalecendo o sistema digestivo.
Esses microrganismos podem ser encontrados em suplementos ou alimentos fermentados, como o kefir ou o iogurte natural, que devem ser introduzidos somente depois da melhora completa.
O tratamento da diarreia começa com a reposição de líquidos. Água, soro caseiro e soluções de reidratação oral ajudam a compensar as perdas provenientes das evacuações frequentes.
Em termos de alimentação, opte por sopas, frutas, arroz e torradas. Chás de camomila, hortelã ou erva-doce também promovem alívio do desconforto abdominal. Já as frituras e bebidas com cafeína precisam ser cortadas até que o trânsito intestinal normalize.
Em casos persistentes, o médico pode indicar medicamentos para controlar as evacuações ou tratar uma infecção intestinal associada.
Mas atenção: o uso desses remédios para diarreia requer orientação de um profissional de saúde. Evite a automedicação!
Quando os sintomas fogem do padrão e a desidratação é intensa, a avaliação médica se torna indispensável para evitar complicações.
Os sinais de alerta incluem:
Um intestino irritado precisa de cuidado e paciência. Alimentos leves, descanso e o acompanhamento médico são etapas essenciais para restaurar o conforto intestinal e permitir que a digestão retome o ritmo saudável.
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