
Desenvolvida inicialmente como uma alternativa para melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os níveis de glicose no sangue, ela mostrou um efeito adicional que despertou o interesse de médicos e pacientes: a perda gradual e consistente de peso.
Sua ação combina o estímulo de dois hormônios naturais do corpo — o GLP-1 e o GIP —, responsáveis por regular a glicemia e o apetite. Essa dupla atuação faz com que o organismo responda melhor à alimentação, prolongue a sensação de saciedade e reduza a ingestão calórica.
No entanto, o tratamento também pode gerar efeitos colaterais da tirzepatida que variam de pessoa para pessoa — alguns leves e transitórios, outros que exigem atenção médica.
Por isso, é importante que você entenda como ela age, quais são seus riscos e como reduzir eventuais desconfortos é o primeiro passo para garantir um uso mais seguro e consciente.
A tirzepatida é um medicamento injetável desenvolvido para o tratamento do diabetes tipo 2, que atua imitando a ação de dois hormônios naturais do corpo: o GLP-1 e o GIP.
Na prática, ela estimula o pâncreas a liberar insulina quando a glicemia está elevada e reduz a liberação de glucagon, hormônio que aumenta o açúcar no sangue. Esse duplo mecanismo ajuda a manter o equilíbrio glicêmico de maneira mais estável e prolongada, o que a torna um dos medicamentos para diabetes mais eficazes da atualidade.
Além do controle da glicose, a tirzepatida para emagrecimento tem mostrado resultados promissores em pesquisas clínicas. Ao retardar o esvaziamento do estômago e enviar sinais de saciedade ao cérebro, o remédio reduz a ingestão calórica e auxilia na perda gradual de peso.
Ainda assim, o uso com essa finalidade deve ser feito com cautela, já que o medicamento foi originalmente desenvolvido para tratar uma doença metabólica crônica.
Os efeitos adversos da tirzepatida costumam aparecer nas primeiras semanas de tratamento, especialmente durante o período de adaptação do organismo.
Em geral, são 6 efeitos mais frequentes:
Esses sintomas podem acontecer porque o medicamento desacelera o esvaziamento gástrico e altera temporariamente o funcionamento digestivo. Afinal, seu corpo precisa de tempo para se ajustar à nova rotina hormonal imposta pela tirzepatida, o que explica a presença de desconfortos iniciais.
Embora a maioria dos pacientes apresente apenas sintomas leves, há situações em que a tirzepatida pode causar reações mais sérias. Caso você apresente qualquer um dos sintomas a seguir, procure por atendimento médico imediatamente.
Entre elas, estão casos de pancreatite, identificados por dor intensa e persistente no abdômen, e reações alérgicas severas, que podem se manifestar por inchaço no rosto, falta de ar ou urticária generalizada.
Outro ponto de atenção é a hipoglicemia, especialmente quando o medicamento é usado junto a outros fármacos que reduzem a glicose, como insulina ou sulfonilureias. Tremores, sudorese e confusão mental são sinais que merecem avaliação imediata.
Alterações na visão e dores abdominais muito fortes também exigem atendimento médico rápido, pois podem indicar complicações associadas ao uso prolongado ou a interações com outros remédios análogos de GLP-1.
A adaptação ao tratamento tende a ser mais tranquila quando o uso é acompanhado de uma rotina equilibrada e hábitos saudáveis.
Optar por refeições leves, evitar alimentos gordurosos e manter uma boa hidratação ajuda a reduzir sintomas como náusea, constipação e desconforto gástrico.
O acompanhamento médico regular é seu maior aliado para minimizar os efeitos colaterais da tirzepatida. Além disso, a aplicação deve seguir rigorosamente as orientações do médico, respeitando o intervalo entre as doses e os locais recomendados para a injeção subcutânea.
O uso da tirzepatida é contraindicado em algumas situações específicas, especialmente para pessoas com histórico de câncer medular de tireoide ou pancreatite prévia. Nesses casos, o medicamento pode agravar condições já existentes ou gerar respostas metabólicas imprevisíveis.
Da mesma forma, a tirzepatida não é indicada para pessoas com diabetes tipo 1, já que seu mecanismo depende da produção de insulina pelo corpo, algo que não ocorre nesse tipo de diabetes.
Pacientes com insuficiência renal grave, doenças hepáticas descompensadas ou alergia conhecida à substância ativa também devem evitar o uso. Outro grupo são as mulheres grávidas ou em fase de amamentação, o uso deve ser avaliado com extremo cuidado.
Se você tiver mais dúvidas sobre o uso da tirzepatida, consulte a bula digital.
A tirzepatida atua em sistemas hormonais complexos, e por isso a automedicação pode representar riscos sérios.
Ajustar a dosagem por conta própria ou interromper o tratamento sem supervisão pode comprometer os resultados e causar desequilíbrios metabólicos, especialmente em pessoas com diabetes tipo 2.
O acompanhamento médico garante que a dose e a frequência de aplicação sejam compatíveis com as necessidades do organismo, reduzindo os riscos da tirzepatida e otimizando seus benefícios.
Na jornada de quem inicia o tratamento com tirzepatida, a informação é um ponto de segurança. Com a Sara, você encontra a bula digital sempre atualizada, com explicações claras sobre o que é tirzepatida, como ela funciona e quais cuidados merecem atenção.
Lembre-se: compreender o que você está usando é parte do cuidado com a saúde. A plataforma oferece um espaço confiável tanto para usuários quanto para profissionais de saúde, com dados verificados e linguagem acessível.
Ainda tem dúvidas sobre a tirzepatida? Confira algumas perguntas e respostas que podem te ajudar:
O preço da tirzepatida pode variar conforme a dosagem, o laboratório e o local de compra. Em média, uma caneta do medicamento custa entre R$900 e R$1.400, suficiente para cerca de um mês de tratamento. O valor pode ser diferente quando adquirido por planos de saúde ou programas de desconto farmacêutico.Quantos kg se perde com tirzepatida?
A perda de peso depende muito do metabolismo de cada pessoa, da alimentação e da prática de atividade física. O resultado, porém, só é sustentável quando o medicamento é associado a hábitos saudáveis e acompanhamento profissional.
Sim. A tirzepatida é um medicamento de prescrição médica, pertencente à classe dos análogos de GLP-1, e seu uso exige acompanhamento regular.
A venda sem receita é ilegal e pode representar sérios riscos à saúde, especialmente porque os efeitos adversos da tirzepatida variam conforme o histórico clínico e o uso combinado com outros fármacos.
A tirzepatida não elimina gordura diretamente, mas atua sobre os receptores GIP e GLP-1, hormônios relacionados ao controle da glicose e do apetite.
Essa dupla ação reduz a fome, melhora o metabolismo e torna o corpo mais eficiente no uso da energia, o que contribui para a redução gradual de gordura corporal.
Existem outros medicamentos análogos de GLP-1 que podem ser utilizados em substituição, sempre sob prescrição médica. Entre eles estão a semaglutida (presente em medicamentos como Ozempic e Wegovy) e a liraglutida (encontrada em Saxenda e Victoza).
Na prática, Mounjaro e tirzepatida são o mesmo medicamento, já que o Mounjaro é o nome comercial da tirzepatida.
Entre os efeitos colaterais da tirzepatida mais relatados estão enjoo, dor abdominal, constipação e diarreia leve, geralmente nas primeiras semanas de tratamento.
Os efeitos podem surgir porque o medicamento reduz a velocidade da digestão e modifica a resposta do corpo à glicose. Com o tempo e a adaptação do organismo, os desconfortos tendem a diminuir, principalmente quando há ajuste gradual da dose e acompanhamento profissional contínuo.
Os primeiros efeitos da tirzepatida no controle da glicemia podem ser observados após alguns dias, mas os resultados mais consistentes aparecem entre duas e quatro semanas de uso regular.
Já a resposta em relação ao peso corporal costuma ocorrer de forma mais lenta, dependendo da dose, da alimentação e da adesão ao tratamento.
Durante o tratamento, é importante evitar alimentos gordurosos, frituras e refeições muito pesadas, que podem potencializar o enjoo com tirzepatida. Bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados também devem ser reduzidos, pois podem prejudicar o controle glicêmico.